sábado, 28 de junho de 2008

Tautologia

Vocês sabem o que é TAUTOLOGIA?

Tautologia é o termo usado para definir um dos vícios de linguagem.

Consiste na repetição de uma idéia, com palavras diferentes, na mesma frase, mas com o mesmo sentido. Ou seja, corresponde ao sinônimo de pleonasmo ou redundância.

Segundo fontes bibliográficas, a origem do termo vem de do grego tautó, que significa "o mesmo", mais logos, que significa "assunto". Portanto, tautologia é dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes.

Os exemplos mais conhecidos são: "subir para cima" ou o "descer para baixo" ou, ainda, "entrar para dentro" ou "sair para fora". Mas, há outros, vejamos:

- A razão é porque;
- A seu critério pessoal;
- A última versão definitiva;
- Abertura inaugural;
- Acabamento final;
- Amanhecer o dia;
- Anexo junto;
- Atrás da retaguarda;
- A partir de agora;
- Abusar demais;
- Almirante da Marinha (Só existem almirantes na Marinha);
- Brigadeiro da Aeronáutica (Só existem brigadeiros na Aeronáutica);
- Certeza absoluta
- Como prêmio extra;
- Comprovadamente certo;
- Criar novos empregos;
- Compartilhar conosco;
- Completamente vazio;
- Comparecer em pessoa;
- Continua a permanecer;
- Conviver junto;
- Criação nova;
- Colaborar com uma ajuda / auxílio;
- Com absoluta correção/ exatidão;
- Destaque excepcional;
- Descer para baixo;
- De sua livre escolha;
- De comum acordo;
- Demasiadamente excessivo;
- Despesas com gastos;
- Detalhes minuciosos;
- Em caráter esporádico;
- Empréstimo temporário;
- Escolha opcional;
- Em duas metades iguais
- Encarar de frente;
- Exceder em muito;
- Expressamente proibido;
- Elo de ligação;
- Fato real;
- Freqüentar constantemente;
- Ganhar grátis;
- Goteira no teto;
- Gritar bem alto;
- General do Exército (Só existem generais no Exército);
- Há anos atrás;
- Habitat natural;
- Interromper de uma vez;
- Inovação recente;
- Juntamente com;
- Medidas extremas de último caso;
- Monopólio exclusivo;
- Multidão de pessoas;
- Murmurou bem baixo;
- Outra alternativa;
- Passatempo passageiro;
- Pescar peixe;
- Planejar antecipadamente;
- Possivelmente poderá ocorrer;
- Preconceito intolerante;
- Prefeitura Municipal;
- Propriedade característica;
- Retornar de novo;
- Repetir outra vez / de novo;
- Sentido significativo;
- Sair para fora;
- Sintomas indicativos;
- Sorriso nos lábios;
- Subir para cima;
- Superávit positivo;
- Surpresa inesperada;
- Todos foram unânimes;
- Terminantemente proibido;
- Última versão definitiva;
- Vandalismo criminoso;
- Velha tradição;
- Vereador da cidade.
- Viúva do falecido;
- Voltar atrás.

Todas essas repetições não são necessárias, portanto, devemos evitá-las. Pensem nisso!


sexta-feira, 27 de junho de 2008

Google Earth do nosso cada dia

Localização da E. E. Assis Chateaubriand,
bairro Cidade dos Meninos, Duque de Caxias, RJ
(da esquerda para a direita, no lado oposto das residências, próximo à encosta:
Ciep Cora Coralina, a quadra esportiva do CIEP e a minha escola).
 


Localização da outra escola, onde trabalho, E. M. Dilermando Cruz,
bairro Bonsucesso, Rio de Janeiro, RJ.,
tendo a sua frente a garagem da empresa de ônibus Breda.

 

Dica: Google Earth

Maravilha!! O Google Earth é uma ferramenta de localização, ou seja, uma tecnologia a serviço da informação e localização geográfica, disponibilizando imagens aéreas e de satélites em alta resolução. Bastam apenas alguns movimentos e clicks no mouse para vocês alcançarem qualquer ponto da Terra.

Façam o download, gratuito, através http://baixaki.ig.com.br/download/Google-Earth.htm e instale o Google Earth em seu PC.

Sistema: Windows XP/Vista/2000
Requerimentos: CPU 500 MHz , 128MB de memória RAM, 400MB de espaço livre em disco, Placa de vídeo 3D com 16MB, Resolução de tela de 1024 por 768 pixels, Conexão com a Internet.



Mensagem: Nosso cérebro é fantástico


Nosso Cérebro é Fantástico
Sogueira


De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso,a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasmno lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoêanida pdoe ler sem pobrlmea.Itso é poqrue nós não lmeoscdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa.Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito


35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5

Achei ótimo!

(Imagem capturada na rede)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dica de Site: Mapa Interativo do IBGE




De uma maneira geral, as dificuldades que muitos alunos apresentam, por ocasião de pesquisa escolar acerca de indicadores sociais e econômicos dos países, residem na falta de informações mais recentes, atualizadas.

Este ano, então, que temos a explorar os Jogos Olímpicos em Projetos e/ou Atividades Pedagógicas, principalmente, na área de Geografia, estas informações se fazem necessárias.

A riqueza de abordagem que este tipo de atividade pode proporcionar como fonte de conhecimentos não só em Geografia, mas nas diversas áreas disciplinares é bastante ampla e, inclusive, sob uma perspectiva de pesquisa multidisciplinar ou interdisciplinar.

De uma maneira geral, eventos esportivos sempre despertaram o interesse dos estudantes (Copa do Mundo, Jogos Pan americanos, Olimpíadas etc.).

O importante é que para efeito de levantamento de dados geográficos (indicadores sócio-econômicos e outros), seja para qualquer tipo de atividade dirigida, os alunos podem contar – agora - com o link Países@, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é um mapa-múndi interativo que oferece essas informações e outras (atualizadas) de todos os países reconhecidos pela ONU.


Acesse, clique em cima de qualquer país no mapa e verifique...

O endereço é:
http://www.ibge.gov.br/paisesat/

terça-feira, 24 de junho de 2008

Novos horários para o Acre, parte do Amazonas e Pará


Hoje, entrou em vigor, a medida sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em abril deste ano, a qual altera o quadro de fusos horários do Brasil.

Ao invés de quatro, o país passa a ter três horários diferentes. A medida acaba com o quarto horário (Acre e parte do Amazonas ocidental), alterando ainda o fuso horário do Pará, que passará a ter, em todo o estado, horário igual ao de Brasília, ou seja, ele passa a pertencer ao segundo fuso do país (3 horas atrasado em relação a Londres).

Observem as mudanças realizadas na ilustração abaixo (imagens capturadas na rede).



Imagem capturada na Internet

Até então, a divisão do Brasil em 4 fusos horários obedeciam a seguinte ordem, no sentido leste-oeste:

. O primeiro deles, localizado no oceano Atlântico, apresenta a hora mais adiantada. Este não foi alterado, abrangendo as ilhas de Fernando de Noronha, Trindade, Martim Vaz e Penedos de São Pedro e São Paulo. Esse fuso está 2 horas atrasados em relação ao horário de Londres (por onde passa o meridiano de Greenwich).

. O segundo fuso horário é o mais importante, pois representa a hora oficial do país (a hora de Brasília). Abrange o maior número de estados, todos os litorâneos, além de Goiás, Tocantins, Minas Gerais e parte do estado do Pará. Em relação à hora de Londres, este fuso está atrasado 3 horas.

A alteração neste fuso horário se deu com a incorporação de todo o estado do Pará, que anteriormente só era uma porção.

.O terceiro fuso horário abrange parte do estado do Pará, os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia e a maior parte do estado do Amazonas. Encontra-se a 4 horas atrasados em relação ao meridiano de Greenwich e 1 h hora de Brasília.

Este fuso horário passou a abranger o Acre e a parte ocidental do estado Amazonas, que integravam o quarto horário do Brasil e perdeu, a porção ocidental do Pará, que passou a integrar - por completo a sua área territorial - no segundo fuso horário.

. O quarto fuso horário que compreendia a parte ocidental do Amazonas e o Acre, estando a 5 horas atrasados em relação a Londres e 2 horas em relação à Brasília, foi extinto.
Sendo assim, o Brasil de 4 horários diferentes, passou a ter 3 fusos horários.
Enquanto os livros didáticos de Geografia não providenciam a devida mudança, os alunos precisam estar a par da nova medida e do quadro atual do país em relação à questão dos fusos horários.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

100 anos de Imigração Japonesa



JAPÃO
Da Revolução MEIJI ao Século XXI
Por Ederson Santos Lima e César Munhoz -
02/06/2008

A partir de 1868, o Japão enfrentou uma das mais radicais mudanças sociais e políticas de sua história: a Restauração Meiji. Para entender melhor essa “revolução” é importante lembrar que a sociedade japonesa na metade do século XIX ainda se organizava de uma forma muito próxima ao sistema feudal, semelhante ao medieval europeu, com feudos, nobreza guerreira e reis fracos.

Havia a figura do imperador, mas o poder estava, na realidade, nas mãos do xogum, que era o chefe militar supremo. Enquanto isso, o imperador tinha um poder apenas simbólico (ou quase imaginário) sobre o arquipélago. Além do imperador e do xogum, existiam na sociedade japonesa os daimios — os grandes proprietários de terras, detentores de grande parte da riqueza — e os samurais — vassalos dos daimios que representavam a força militar do reino.

Mas, afinal, o que levou o tradicional Japão a realizar tantas alterações na sua estrutura militar, política e social?

Em primeiro lugar, a decadência do regime de poder dos xoguns, que enfrentava uma crise financeira e fiscal dificultando sua manutenção; em segundo, a pressão norte-americana para que o país se abrisse ao comércio e à cultura ocidental; e uma terceira questão refere-se à insatisfação de alguns daimios da região sudoeste do país, que não concordavam com a supremacia de alguns feudos sobre as decisões políticas.

A reunião dessas questões fez com que os daimios dos feudos de Satsuma e Choshu passassem a apoiar a idéia de reforçar o poder do imperador, num processo de centralização administrativa, política e militar. Era o Japão superando seu período feudal e voltando a ter um imperador realmente forte, controlador e presente nas questões da vida japonesa. Esse processo foi denominado de Restauração Meiji.

O sucesso da Restauração Meiji é considerado fundamental para transformações que viriam a colocar o Japão na situação de primeira potência econômica e militar não-ocidental e também a primeira nação fora do eixo Europa—EUA a derrotar um exército ocidental, no caso o russo, em 1905, na Guerra Russo-Japonesa.

As principais medidas consideradas fundamentais para essa revolução foram: fim da separação da sociedade em castas (samurais e daimios); liberdade religiosa, educação para toda a sociedade e uma combinação equilibrada entre capitalismo e penetração das idéias de industrialização ocidentais.

Além dessas questões, o sucesso da Restauração Meiji contou com a permanência da estrutura autoritária do Período Feudal, nas modernas indústrias japonesas. Os antigos clãs de fazendeiros se reorganizaram e estruturaram os novos conglomerados industriais, chamados de zaibatsu, e grande parte dos funcionários eram ex-trabalhadores rurais dos daimios. Estes implantaram um sistema tão rígido na nova fábrica quanto havia sido no tempo da agricultura.
Os japoneses se espalham pelo mundo

Com tamanha mudança na estrutura econômica e política no Japão, o que teria acontecido para que milhares de japoneses abandonassem seu país de origem e migrassem para os mais distantes locais, como Estados Unidos, Argentina, Peru e Brasil?

A rápida industrialização e modernização de máquinas e técnicas produtivas incentivada pelo imperador Mutsuito acabou por expulsar das áreas rurais milhares de pessoas que não tinham mais ocupação e espaço nos “novos tempos”. Para tentar resolver o problema demográfico e de trabalho, o governo fechou acordos com países em que era necessária mão-de-obra, como o Brasil.

O primeiro acordo entre Brasil e Japão foi em 5 de novembro de 1895, denominado de Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, e previa a vinda de três mil imigrantes japoneses para as nossas lavouras de café. Mas, apesar do acordo ter sido assinado em 1895, o primeiro navio chegou apenas em 18 de junho de 1908, o famoso Kasato-Maru, trazendo os primeiros 781 japoneses ao Porto de Santos. Havia na embarcação mais 12 tripulantes.

Não houve uma continuidade no fluxo de imigrantes japoneses, em especial durante a Segunda Guerra Mundial, época em que eles eram vistos com desconfiança pelas autoridades brasileiras, pois o governo japonês era aliado da Alemanha de Hitler e da Itália de Mussolini. O último grupo de imigrantes japoneses chegaria no ano de 1973, a bordo do navio Nippon Maru. ~
(Imagem capturada na rede)
Continuação do Texto
Saiba mais...

domingo, 22 de junho de 2008

Conceitos Demográficos


Texto elaborado e complementar às explicações em sala de aula para as turmas do sexto ano e, como revisão, para os demais alunos dos anos subsequentes do Ciclo de Formação.

DEMOGRAFIACorresponde à área da ciência geográfica que estuda a dinâmica da população humana.

. POPULAÇÃO→ Conjunto de pessoas que vive em um determinado espaço, seja este sob a dimensão mundial, de um continente, de um país, de uma região, um estado ou uma outra área específica.


Em geral, em uma análise demográfica, são utilizadas as seguintes variáveis básicas: tamanho, estrutura e crescimento da população.

1. TAMANHO DA POPULAÇÃO: Subtende-se, como tamanho de uma população, o número de pessoas que residem em um determinado espaço.

. POPULAÇÃO ABSOLUTA → Trata-se do número total de habitantes de um determinado lugar.

Utilizamos o adjetivo populoso, quando nos referimos à população absoluta.

. POPULAÇÃO RELATIVA → Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado (Km2), ou seja, ela consiste na distribuição da população em relação à área. A população relativa é também denominada de Densidade Demográfica.
Sendo assim, a população relativa ou densidade demográfica de um determinado lugar é obtida através da divisão do número da população absoluta pela área territorial do espaço:

População Relativa = População Absoluta /Área Territorial
Utilizamos o adjetivo povoado, quando nos referimos à população relativa ou à densidade demográfica.

O recenseamento ou censo demográfico consiste na coleta periódica de dados estatísticos da população de um determinado lugar.

O primeiro censo oficial do Brasil foi efetuado em 1872. Antes deste, o levantamento da população contava, também, com os dados fornecidos pela Igreja. Os registros paroquiais auxiliavam para a contagem da população através do número de nascimentos, batismos e óbitos (mortes).

O levantamento demográfico do Brasil passou a ser realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (http://www.ibge.gov.br/), em 1936, ano em que a Instituição foi criada.

Os censos do IBGE são realizados com periodicidade decenal, isto é, são feitos de 10 em 10 anos, tendo o último ocorrido em 2000. Além destes levantamentos, entre o intervalo de dois recenseamentos é realizada uma contagem da população.

No entanto, por razões orçamentárias e financeiras, a contagem da população, planejada para o ano de 2005, foi transferida para o ano de 2007.

Quando falamos em população devemos ter em mente que os dados levantados são, na verdade, estimativas, tendo em vista os seguintes aspectos: o número elevado de crianças não registradas no país e as dificuldades de acessibilidade dos agentes recenseadores às casas localizadas em áreas de risco (violência) etc.

. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO: A distribuição geográfica da população na superfície terrestre não se caracteriza de maneira uniforme, tendo em vista a ocorrência de diferentes fatores que se apresentam como fatores de favoráveis e/ou de desfavoráveis à ocupação humana. Fatores estes, que podem ser de origem natural e/ou antrópicas.
 
Entre aqueles que se apresentam como fatores favoráveis destacam-se: os vales fluviais, a região litorânea, as áreas próximas aos grandes centros urbanos etc.

Em contrapartida, outros elementos se configuram como obstáculos, isto é, desfavoráveis à ocupação e fixação do homem e, entre estes, se destacam principalmente os de origem natural (áreas pantanosas, de condições climáticas rigorosas, áreas áridas ou desérticas, florestas, áreas montanhosas etc.).

Em função dos fatores favoráveis, podemos observar Áreas Ecúmenas, que consistem em espaços de fácil fixação e ocupação humana, isto é, áreas de condições habitáveis.

Em contrapartida, temos as chamadas Áreas Anecúmenas, que correspondem às áreas de difícil fixação do homem, as quais se configuram como vazios demográficos.

O fato de o Brasil ser o quinto país mais populoso do mundo, mas apresentar uma densidade demográfica baixa, com cerca de 22 hab/Km2 (2007), é justificada em razão da ocorrência de áreas anecúmenas em território brasileiro, como a Floresta Amazônica, o sertão nordestino, o pantanal, entre outros.

2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO: O crescimento populacional corresponde às mudanças que, ao longo do tempo, são verificados no quadro da população sob a influência das entradas e de saídas de pessoas no respectivo espaço.

Neste contexto as entradas significam os nascimentos e as imigrações registradas, enquanto as saídas correspondem ao número de óbitos e emigrações.
Sendo assim, para efeito do crescimento da população, devemos levar em consideração duas variáveis: o crescimento natural ou vegetativo da população (diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade) e o saldo migratório (a diferença entre imigrantes e emigrantes).
 
. TAXA DE NATALIDADE → Corresponde à relação entre o número de nascimentos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso, em geral, por mil.

Taxa de Natalidade = número de nascimentos/População Absoluta x 1000
 
Obs.: Multiplica-se o resultado, em geral, por mil (1.000) para facilitar a leitura e admitir a comparação internacional. Exemplo, um determinado espaço que apresente uma taxa de natalidade equivalente a 25%o (por mil) significa que em um ano, para um grupo de mil habitantes, nasceram vinte e cinco crianças vivas.

. TAXA DE MORTALIDADE → Corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso por mil.

Taxa de Mortalidade = número de óbitos/População Absoluta x 1000
 
. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL → Trata-se da relação do número de crianças, de até 1 (um) ano de idade, que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas.

. TAXA DE FECUNDIDADE → Corresponde à média de filhos, por mulher, na idade de reprodução.

Essa faixa de idade se inicia, em geral, aos 15 anos. Todavia, em muitos países como o Brasil, por exemplo, onde é comum meninas, abaixo dessa idade, terem filhos, esta taxa pode ficar um pouco distorcida.

. EXPECTATIVA DE VIDA → Consiste no índice que expressa a quantidade de anos que vive, em média, a população.

Este é um índice muito utilizado para análise do nível de desenvolvimento dos países.

3. ESTRUTURA DA POPULAÇÃO: Trata da composição da população em relação a fatores como etnia (estrutura étnica), idade e sexo (estrutura etária) e ocupação profissional (população ativa e inativa).

. ESTRUTURA ÉTNICA: A distinção dos indivíduos pela cor através da classificação geral de raças branca, negra, amarela e mestiça é, ainda, um fato muito controverso.

Hoje, em dia, emprega-se muito mais o termo etnia do que raça, uma vez que a primeira expressa não expressa só a cor, mas, sobretudo, a cultura de um determinado grupo étnico.

O Brasil é um país caracterizado pela grande miscigenação de grupos étnicos, seja esta advinda dos amarelos nativos (indígenas), dos brancos europeus, dos negros africanos e, ainda, dos mestiços.

Até hoje, a determinação do grupo étnico a qual pertence ou da cor, simplesmente, da pessoa é tarefa nada fácil a ser tratada, principalmente, quando a população apresenta uma grande miscigenação.

E, embora, a Legislação máxima do nosso país garanta que todos os grupos étnicos sejam iguais perante a lei, sabemos que nem sempre o mesmo princípio corresponde na prática.

. ESTRUTURA ETÁRIA: A composição da população, em termos de idade e sexo, é representada através de gráficos sob a forma de pirâmides etárias.
 
Os principais elementos de uma pirâmide etária são:
- Base (parte inferior, representando a população jovem);
- Corpo (parte intermediária/representando a população adulta);
- Cume ou ápice (parte superior/ representando a população idosa);

- Ordenada (grupos ou faixas de idade);
- Abcissa (quantidade de pessoas em valor absoluto ou porcentagem).
 
Considera-se para efeito de faixas etárias, os seguintes segmentos:
. 0 a 19 anos: população jovem;
. 20 a 59 anos: população adulta;
. acima de 60 anos: população idosa.
Daí a origem da expressão “terceira idade” voltada para a população idosa.
 
As pirâmides de “países jovens”, ou seja, onde há elevada proporção de jovens em relação aos demais segmentos, apresentam uma base larga e o cume estreito, demonstrando baixo número de idosos. Este formato de pirâmide caracteriza a estrutura da população da maior parte dos países subdesenvolvidos.

Por sua vez, os chamados “países velhos” são aqueles, cuja estrutura etária configura uma pirâmide de base mais estreita, configurando a baixa porcentagem de jovens e o cume mais largo, tendo em vista a grande proporção de idosos.

O formato da pirâmide etária vai sofrer modificações estruturais em função da evolução demográfica dos países, a qual se encontra interligada
ao estágio sócio-econômico vigente.

Notadamente, quando ocorre o desenvolvimento do país, verifica-se um gradativo estreitamento da base da pirâmide e um alargamento tanto do corpo quanto do ápice. Isso decorre em razão da redução da taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida da população.

Em termos de sexo, na pirâmide etária, os homens são representados à esquerda e mulheres à direita. O eixo vertical representa as idades e o eixo horizontal pode representar o número de habitantes.




Fonte: Ciência Hoje on line

. ESTRUTURA POR OCUPAÇÃO PROFISSIONAL: O levantamento da estrutura da população, neste aspecto, classifica o indivíduo em dois grupos, levando em consideração a sua situação em termos de ocupação profissional e, também, de idade (no que se refere aos menores de idade).
Vale ressaltar aqui que o termo ocupação subentende-se em atividade no mercado de trabalho formal (com carteira assinada e todos os direitos trabalhistas assegurados) como o informal (sem registro e direitos trabalhistas).
Sendo assim, a população pode ser classificada em:

. População Economicamente Ativa (PEA): é considerada deste grupo, toda e qualquer pessoa que esteja empregada ou à procura de emprego.

A idade base considerada para o cálculo da PEA, nos países desenvolvidos, é a de 15 anos. No caso do Brasil, a idade é de 16 anos, tendo em vista que a Constituição Brasileira estabelece esta faixa etária como idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho.

. População Economicamente Inativa (PEI):faz parte deste grupo, os indivíduos que não estão empregados, como os aposentados, as donas de casa que não exercem atividade econômica remunerada, as crianças e adolescentes que ainda não atingiram a idade mínima para ingressar no mercado e os estudantes.

É importante frisar a importância direta e indiretamente da População Economicamente Ativa sobre a População Economicamente Inativa, pois a mesma é que contribui e assegura condições para a viabilização de investimento sociais, tanto na área de educação, saúde e segurança pública, bem como à aposentadoria.
 
Marli Vieira
(Imagem capturada na rede)

domingo, 15 de junho de 2008

Mensagem: Amor em Gotas

AMOR EM GOTAS
Autor desconhecido e texto adaptado

Era uma vez, um rapaz que nasceu com uma doença incurável. Ele vivia na casa de seus pais, sob o cuidado constante de sua mãe. Ele tinha apenas 18 anos e podia morrer a qualquer momento.
Um dia, ele decidiu sair sozinho e, com a permissão de sua mãe, foi até o comércio mais próximo de sua casa, olhando as vitrines e as pessoas. Ao passar por um loja de discos, ele notou a presença de uma moça que atendia no balcão. Ela deveria ter mais ou menos a sua idade e era muito bonita. Ele nunca havia tido aquela sensação antes; foi amor à primeira vista.

O rapaz tomou coragem, abriu a porta e entrou. Sem olhar para mais nada, aproximou-se do balcão, timidamente. A moça quando o viu, dirigiu-lhe um sorriso e perguntou se podia ajudá-lo em alguma coisa. Era o sorriso mais lindo que ele tinha visto e a emoção foi tão forte, que ele mal conseguiu dizer que queria comprar um CD. Rapidamente, ele pegou o primeiro que encontrou e sem olhar de quem era, respondeu-lhe: “Eu quero esse aqui!”
“Quer que eu o embrulhe para presente?” Perguntou a moça, sorrindo ainda mais. Ele respondeu com a cabeça que sim. Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado. Ele pegou o CD e saiu ligeiro, embora a sua vontade fosse permanecer ali, admirando-a o dia inteiro.

Daquele dia em diante, todas as tardes, o rapaz voltava à loja de discos e comprava um CD qualquer. Só para ver a bela moça, por quem se apaixonara. Todas as vezes, a vendedora deixava o balcão e voltava com o CD embrulhado com papel de presente, cada vez mais bem feito. Chegando em casa, ele guardava os CDs dentro do armário, sem ao menos abri-los.

Ele estava muito apaixonado, mas tinha medo de tomar a iniciativa de se declarar a moça. Ele tinha receio de sua reação e, assim, por mais que ela sempre o recebesse com um belo sorriso, ele não tomava coragem de convidá-la para sair.

Certa vez, ele perdeu o medo e foi até a loja, decidido. Como todos os dias, comprou um CD e, como sempre, ela foi embrulhá-lo. Quando ela não estava vendo, o rapaz escondeu um papel com o seu nome e telefone no balcão e saiu da loja tão logo ela lhe entregou o embrulho. Passaram três dias e o rapaz ainda não havia voltado à loja, como era de seu costume diário. A moça, preocupada, decidiu procurá-lo.

No dia seguinte, o telefone tocou na casa dele e sua mãe o atendeu. Era a vendedora da loja de discos, perguntando por ele. A mãe desconsolada e, ainda sob forte emoção, começou a chorar e perguntou-lhe: “Então, você não sabe? Ele faleceu, há dois dias, pela manhã.” A moça, ao ouvir aquelas palavras, desligou o telefone, em estado de choque.

Dias depois, a mãe do rapaz entrou em seu quarto para olhar as suas roupas e ficou admirada com a grande quantidade de CDs no armário, todos embrulhados para presente. Ela ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Ao fazê-lo, viu cair um pequeno papel, onde estava escrito: “Você é muito simpático. Não quer me convidar para sair? Eu adoraria.” Emocionada, a mãe dele começou a abrir todos os CDs e de todos caiu um papel com palavras doces de carinho e de esperança em conhecê-lo.

Assim é a vida... Por isso, não espere demais para dizer a alguém, aquilo que você sente ou, fazer por ela, o que gostaria de fazer. Diga ou faça-o agora, pois amanhã pode ser muito tarde. E lembre-se, você é uma pessoa especial e muito importante. Aproveite melhor o seu tempo e não perca as oportunidades: fale, escreva, telefone e diga o que ainda não foi dito. Não deixe para amanhã... Quem sabe, amanhã, não dá mais tempo?!
(Imagem capturada na rede)

Concurso de Desenho para a Campanha de Solidariedade




CONCURSO DO LOGOTIPO DA CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE

2008


E.M. DILERMANDO CRUZ: UMA ESCOLA SOLIDÁRIA


Período: 13 a 27/06/2008
Eleição: 01/07/08
Apuração e Resultado: 01/07/2008

 
NORMAS

1. As inscrições são livres para toda a Comunidade Escolar e deverão ser confirmadas até o dia 20 de junho (com a Professora Marli Vieira, nos horários de atendimento);

2. O tema da Campanha é Solidariedade;

3. Cada pessoa deverá apresentar somente um desenho, em folha A4, na versão preto-branco;

4. O desenho do logotipo deverá ser de criação livre, individual, devendo estar associado ou não ao nome da Escola Municipal Dilermando Cruz;

5. É expressamente proibido o uso de computação gráfica e/ou de imagem já existente na rede;

6. Cada desenho deverá estar devidamente identificado, no verso da folha, da seguinte forma:
. Aluno (nome completo e turma);
. Professor (nome completo e disciplina);
. Funcionário (nome completo e função);
. Responsáveis ou irmãos (nome completo e grau de parentesco com o aluno).

7. A seleção do logotipo será feita através de exposição dos desenhos, na Unidade Escolar, a ser realizada no dia 24 de junho e por intermédio de voto, exclusivo, dos alunos;

8. Para o sufrágio será utilizado urna e controle em lista nominal, a qual deverá ser assinada por cada aluno-eleitor;

9. A apuração e a divulgação do resultado do sufrágio será feita no próprio dia 24 de junho, após o encerramento da apuração dos votos;

10. O participante ou responsável (se menor), cujo desenho for o vencedor, deverá assinar um termo de autorização para uso e divulgação de imagem;

11. Todos os autores dos desenhos receberão um Certificado de Participação do Concurso;

12. O vencedor receberá, além do Certificado de Participação, uma menção na página (home page) da Escola.
(Imagem capturada na rede)

Encontro para a organização da Campanha de Solidariedade



Na quinta-feira passada, dia 12 de junho, eu e as alunas Bruna Kely Barbosa Godoi, Sarah Alessandra Mello de Andrade, Tamiris Neves Ferreira, Victória da Silva Oliveira e Vitória Moraes de Andrade, da turma 1701, nos reunimos a fim de tratarmos de assuntos referentes à Campanha de Solidariedade.

Elas me apresentaram os nomes dos grupos que irão atuar nos dois turnos. Discutimos sobre a transferência da data da entrega (fixada para o dia 19/07), acerca dos ofícios destinados aos estabelecimentos comerciais e traçamos outras estratégias para divulgação da Campanha. Ficou determinado que ninguém poderá se ausentar da sala durante as aulas. As alunas estavam bem animadas.


Em casa fiquei pensando nos cartazes, que elas iriam aprontar para divulgação na escola e pensei na imagem. Qual imagem a associar? De onde, nós poderíamos obter? Na Internet? Com algum aluno com habilidade artística?

Não demorei muito para encontrar a resposta... Concurso de Desenho. E por que, não?


No dia seguinte, conversei com as alunas e elas gostaram da idéia. Passamos em algumas salas para divulgar o Concurso e, durante o recreio, alguns alunos se inscreveram.

No mesmo dia, comuniquei a nossa Coordenadora Pedagógica Profa Márcia Ruggi acerca do mesmo e da Campanha.

Amanhã, dia 16/06 (segunda-feira), vai ser lançado, oficialmente, o Concurso, com cartazes espalhados na escola e avisos de sala em sala.

Ah, já ia me esquecendo, a profa Eliane de Castro Santos, precursora desta Campanha de Solidariedade, em nossa escola, vai ser convidada a participar da Comissão Organizadora. Será um privilégio tê-la junto a mais uma atitude solidária dos alunos.

domingo, 8 de junho de 2008

Turma 1701: Esta faz a Diferença!


De acordo com as palavras do nosso saudoso Herbert de Souza, o Betinho, Solidariedade amigos, não se agradece, comemora-se!”. Com certeza! Ainda mais se levarmos em consideração que vivemos numa sociedade caracterizada, em sua grande maioria, pela competição sem limites e pelo individualismo.

Esta prática, no entanto, deveria ser incentivada por todos nós, profissionais da Educação ou simples cidadãos, por meio de projetos e/ou atividades sociais, bem como pela sensibilização através de exemplos, capazes de despertar, nos alunos, o espírito solidário e a importância de ajudar o próximo.

Tal como aconteceu no ano passado, os alunos da atual turma 1701 da E. M. Dilermando Cruz (Bonsucesso, RJ) retomaram a Campanha de Solidariedade e provaram, contrariamente às palavras de Rubem Alves, a solidariedade não é uma entidade do mundo de fora, ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, contratos. Se ela fosse uma entidade do mundo de fora ela poderia ser ensinada. A solidariedade é uma entidade do mundo interior. Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem se produz. A solidariedade, semente, tem de nascer”, que a solidariedade foi ensinada, tendo tido sua semente lançada e semeada em corações diversos: desde o solidário de nascença até aqueles que assim passaram a ser... Uma vez, que o grupo participantes aumentou em relação ao do ano passado.

Este papel de semeador e distribuidor de sementes de solidariedade para com os referidos alunos não coube a mim, mas sim a uma professora do segundo Ciclo de Formação (antigo primário) da referida escola municipal, na qual trabalho. Os fatos ocorreram da seguinte forma...

Há três anos atrás, a professora Eliane de Castro Santos iniciou uma campanha para arrecadação de latas ou sacos de leite em pó, caixas de gelatina vermelha e brinquedos usados para o Hospital Mário Kroeff, localizado no bairro da Penha, no mesmo município. A campanha foi um sucesso, tendo continuidade no ano retrasado (2006) e, mais uma vez, a arrecadação alcançou elevado número de donativos.

Em 2007, os alunos ingressaram no 6º ano do 2º Ciclo (antiga 5ª série) e, sem a influência direta da antiga professora do primário, algumas alunas da turma tomaram a iniciativa de engendrar uma nova Campanha para arrecadação de alimentos e brinquedos, com os mesmos objetivos.

Como eu era professora representante (eleita pela turma), as alunas solicitaram o meu apoio. Convite este, prontamente, aceito, pois achei linda e nobre a iniciativa delas e a traduzi como o próprio desenvolvimento da semente, plantada, pela antiga professora do primário.

Realizamos duas Campanhas no ano passado, contudo, o período de arrecadação em ambas foi curto. A primeira coincidiu com o período dos Jogos Internos da Escola e, devido a isso, a divulgação e o comprometimento maior da Comunidade Escolar ficaram prejudicados. E, além disso, a Campanha pegou à alta dos preços do leite em pó, o que acabou afetando as doações deste gênero alimentício.

A segunda, realizada no fim do ano, foi também prejudicada por ser período final do ano letivo, das provas, da formatura das turmas do último ano, entre outros problemas.
Embora o total arrecadado estivesse abaixo de nossa expectativa, o número de doações - mediante os respectivos períodos curtos das Campanhas - foi satisfatório.

Por sugestão minha, as doações passaram a ser distribuídas para duas Instituições:
. Hospital Mário Kroeff - Penha (RJ) (http://www.mariokroeff.org.br/) e
. Casa de Apoio à Criança com Câncer - São Vicente de Paulo - Irajá (RJ) (http://www.casaapoiocancer.org.br/).

Foram formados dois grupos, com diferentes segmentos da Comunidade Escolar (alunos, professores, funcionários e responsáveis) e cada qual se dirigiu a uma das Instituições.

A primeira Campanha deste ano (2008) terá início semana que vem. O número de alunos participantes, diretamente da Campanha, aumentou e grupos já foram formados. Para a próxima semana marcaremos um Encontro para definir as estratégias de divulgação (cartazes, divulgação nas salas de aula etc), os grupos de cada turno (manhã e tarde), os documentos a serem encaminhados a Supermercados e outros estabelecimentos comerciais (ofícios) etc.

Este ano, a Campanha vai ser bem mais organizada e com prazo longo para a arrecadação. O seu encerramento será em julho, tendo a data da entrega das doações fixada em 19 de julho (sábado).
Inicialmente, optou-se pelo dia 20 de julho por ser o Dia do Amigo, mas além deste ser um domingo, no dia 19 se comemora o Dia da Caridade. Por isso, a data foi antecipada. Nada mais pertinente com a ação dos alunos... Sendo assim, a entrega das doações será realizada neste dia, 19 de julho.

Tudo isso me faz refletir na importância do papel da ex-professora primária que, além de se envolver – por questões pessoais - em campanhas para ajudar os mais necessitados, despertou e desenvolveu o sentimento de fraternidade, o espírito solidário para com os próprios alunos. Esta professora fez a diferença!

A todos nós, professores e profissionais de Educação, que nossas palavras não transmitam só conteúdos do currículo, mas também palavras de amor, de solidariedade e de igualdade. Que nossas mãos não alcem apenas livros didáticos, cadernos, avaliações escritas, apagador etc., mas que se façam instrumentos de paz, de carinho e de união.

Parabéns, alunos da Turma 1701 da E. M. Dilermando Cruz! Vocês também fazem a diferença!
(Imagem capturada na rede)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A Cidade dos Meninos e o problema da contaminação


O bairro onde está localizada a minha escola da rede estadual (E. E. Assis Chateaubriand) é conhecido como Cidade dos Meninos e está situado no 2º Distrito do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ).

Esta denominação se deu em razão da existência de um abrigo (Internato e Externato), com o nome de Fundação Cidade dos Meninos, que abrigava mais de mil menores (crianças e adolescentes).
A referida Fundação era mantida pelo Ministério da Previdência e ficava numa área próxima à Unidade Escolar e sua desativação se deu no ano de 1996, por determinação da Justiça.

Como muitos lugares, espalhados pelo nosso país, o nosso bairro apresenta um problema ambiental muito sério, mais precisamente, de contaminação do solo, subsolo e da água subterrânea.

A área onde funcionava a Fundação Cidade dos Meninos é caracterizada, até hoje, como espaço rural. No início da década de 50, o Instituto de Malariologia do Ministério da Saúde construiu uma fábrica de pesticida a base de hexaclorofeno (HCH²), vulgarmente conhecido como pó de broca, o qual era destinado não só às campanhas nacionais para erradicação de doenças, no combate ao mosquito transmissor da febre amarela, como também à exportação. A produção foi interrompida, anos depois, devido a proibição estabelecida pelo Governo Federal.

Em 1962, a fábrica de pesticida foi desativada, sem que nenhuma providência correta fosse tomada com relação à destinação dos produtos armazenados, bem como os seus rejeitos. Em conseqüência disso, cerca de 400 toneladas do produto tóxico e rejeitos foram abandonados no local, sem nenhuma proteção.

Com o passar dos anos e a exposição dos mesmos às intempéries (chuvas e ventos) houve a contaminação do solo, do subsolo e, conseqüentemente, do lençol freático. Esse material acabou ficando disperso, sendo posteriormente utilizado pela comunidade local e invasores através de sua comercialização.

Mesmo com a proibição do uso do pesticida hexaclorofeno no país, em 1985, através da Portaria n° 329 (Ministério da Agricultura) e de seu emprego restrito a campanhas de saúde pública, a venda clandestina do mesmo continuou, sem que as autoridades responsáveis tomassem conhecimento.

O seu comércio ilegal só foi descoberto, no final da década de 80, durante repressão ao tráfico de animais em uma feira livre, no centro do município de Caxias, onde foi constatado a venda clandestina do mesmo. E, a partir disso, descobriu-se que ainda existiam toneladas do produto tóxico na localidade da Fundação, que é próxima a minha Unidade Escolar.

Sendo assim, durante esse período compreendido de 1962 ao final dos anos 80, a comunidade local composta por moradores rurais, menores internos, funcionários ativos e aposentados da Fundação, bem como a população flutuante, ficaram expostos aos produtos tóxicos.

Ademais, atividades econômicas primárias ligadas diretamente ao solo e a água subterrânea, como agricultura de subsistência (hortaliças, frutas, legumes) e criações de animais (gado bovino de corte e leiteiro) foram desenvolvidas, inclusive na área de contaminação elevada. Segundo, ainda, denúncia dos moradores da área, a estrada que atravessa a região teria sido aterrada inclusive com rejeito do pó de broca.

A partir disso, em 1990, o Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou que o Ministério da Saúde providenciasse a remoção dos rejeitos do HCH e a desocupação da área.

Em 1991, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) divulgou, publicamente, os resultados de estudos clínico-laboratoriais que haviam realizados em moradores da Fundação, onde ficou a constatado a contaminação.
Em 1993, o juízo da Infância e da Adolescência do município de Duque de Caxias determinou a interdição das atividades da Fundação Abrigo Cristo Redentor e a imediata remoção dos menores. Contudo, somente em 1996, a Fundação teve suas atividades encerradas.

Todas estas medidas tomadas tardiamente, entretanto, não significaram a total retirada de pessoas da área, pois até hoje, há população residente e práticas primárias (agrícolas e pecuária) na localidade da antiga Fundação.

Embora pesquisas realizadas pela FIOCRUZ e pela COPPE/UFRJ confirmem a contaminação do solo, do lençol freático e dos moradores, com registro de vítimas fatais e não fatais com câncer nas vias respiratórias, famílias inteiras vivem ainda, na localidade e no entorno da área da fábrica. Inclusive, de alunos matriculados regularmente em nossa Unidade Escolar.

Hoje, pouco de se ouve falar do problema, nem sobre a área da fábrica do pesticida, ainda interditada e isolada pela Defesa Civil. O pior é que muitas pessoas, inclusive, os atuais e antigos moradores ainda duvidam da gravidade do problema.

Marli Vieira
(baseado no Projeto Político Pedagógico: "Ser Cidadão, é uma Questão de Educação",
E.E. Assis Chateaubriand, 2004-2007)