quinta-feira, 30 de julho de 2009

Escândalos nos Senado: As denúncias protocoladas contra José Sarney


Muito se ouve falar acerca das denúncias contra José Sarney (PMDB-AP), o presidente do Senado e estas não são poucas...

Como a política é uma área de pouco afinidade entre a grande maioria dos estudantes, achei oportuno postar as acusações que pairam sobre a sua atitude e ética enquanto membro ativo do governo, eleito pelo povo e presidente do Senado.

Os escândalos que envolvem o senador José Sarney iniciaram no mês passado e, desde então, a pressão vem aumentando, com pedidos para que o mesmo tire licença ou renuncie ao cargo.

Os pedidos, encaminhados ao Conselho de Ética, deverão ser analisados agora, em agosto, após o recesso parlamentar.

As principais denúncias protocoladas no Conselho de Ética contra o Senador José Sarney são, em ordem cronológica (
Revista Época):
 
. 29 de junho: O neto e o crédito consignadoO senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) entregou um documento com 18 acusações contra José Sarney, todas divulgadas na imprensa. Entre estas há denúncias de que vários atos secretos beneficiaram parentes do senador e de alguns de seus aliados.

A mais grave de todas, publicada no jornal Estadão, se refere ao esquema do crédito consignado para os funcionários do Senado, o qual incluía entre os seus operadores José Adriano Cordeiro Sarney, neto do senador José Sarney.

Dono da empresa Sarcris Consultoria, Serviços e Participações Ltda, José Adriano intermediava – desde 2007 - a concessão de empréstimos - de seis bancos - aos servidores, com desconto na folha de pagamento.
 
. 30 de junho: Atos secretos
O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) protocolou representação, na qual solicita investigação sobre a suposta quebra de decoro parlamentar cometida pelo presidente do senado José Sarney: atos secretos tiveram “suspeição relevante”.
 
. 10 de julho: Suposto desvio de dinheiro da Petrobras
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) entregou pedido solicitando investigação acerca do suposto desvio de R$ 500 mil realizado pela Fundação José Sarney – entidade privada instituída pelo presidente do Senado.
 
Segundo reportagem do Estadão, a entidade recebeu R$ 1,3 milhão da Petrobras para digitalizar todo seu arquivo, mas o trabalho nunca saiu do papel.
 
. 14 de julho: Acusação de mentir no PlenárioO senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) protocolou ação contra Sarney declarando que ele mentiu ao Plenário, no dia 9 de julho, quando este afirmou não ter “responsabilidade administrativa” sobre a Fundação José Sarney, que teria desviado dinheiro da Petrobras.

Uma reportagem do jornal Estadão, publicada no dia 10 de julho, já havia divulgado que o senador era o presidente vitalício e fundador da referida entidade, tendo – por isso - como uma de suas prerrogativas “assumir responsabilidades financeiras”.
 
. 23 de julho: O namorado da netaO senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) denunciou Sarney por sua suposta participação em uma negociação para dar emprego ao namorado de sua neta, Maria Beatriz, no Senado.

O senador Arthur Virgílio se baseou na reportagem publicada pelo Estadão, do dia 22 de julho, com áudios da operação Boi Barrica, da Polícia Federal.

Nas gravações, seu filho Fernando Sarney diz à filha que precisa falar com o ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, e com José Sarney, para tentar arrumar emprego para o namorado da mesma.
 
. 28 de julho: PSDB entra com três ações contra SarneyO presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Sérgio Guerra (PE), protocolou três denúncias contra José Sarney, baseadas nas quatro ações que Arthur Virgílio (PSDB-AM) havia proposto sozinho.

As três ações dizem respeito às acusações nos casos da Petrobras, dos atos secretos e do crédito consignado aos funcionários do Senado.
 
. 29 de julho:Psol denuncia quebra de decoro
O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) entregou uma representação, acusando José Sarney de quebrar o decoro parlamentar por vários motivos: omissão de um imóvel em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral; o uso de recursos públicos de forma irregular por meio da Fundação José Sarney e pelas mentiras ao prestar informações sobre a relação de com a entidade.
 
. 29 de julho: Sarney teria vendido terras sem pagar imposto
Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF), também, protocolaram denúncia contra José Sarney baseados em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, no qual o senador é acusado de vender terras na divisa de Goiás com o Distrito Federal (Fazenda São José do Pericumã), as quais nunca foram registradas em seu nome. Utilizando deste artifício, este deixou de pagar impostos.

José Sarney comprou a Fazenda São José do Pericumã no início dos anos 80 e a vendeu em setembro de 2002.
 
. 29 de julho: Informações privilegiadas da Polícia FederalArthur Virgílio (PSDB-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF) formalizam denúncia contra Sarney, acusando o agente da Polícia Federal Aluizio Guimarães Filho – cedido pelo Palácio do Planalto ao senador José Sarney, na cota de funcionários de ex-presidentes – de passar informações privilegiadas da Polícia Federal ao grupo comandado pelo filho do senador, Fernando Sarney. A denúncia foi feita pelo jornal Correio Braziliense.

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