segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Mensagem de Ano Novo



Imagem capturada na Internet (Fonte: Alienado.net)


Faltam poucos dias para o início de 2011 e as expectativas são grandes. Sem falar das promessas de mudanças...

E é justamente, neste período, que refletimos sobre o ano que se acaba e no nosso projeto de vida para o próximo. Fazemos uma faxina geral em casa e em nossa cabeça. Muitos conseguem dispor cada coisa no seu lugar e realizar uma limpeza geral, mas alguns amontoam e escondem a sujeira por debaixo do tapete. Outro grupo se limitam a adiar a limpeza, mantendo-se procrastinador como sempre.

A reflexão se faz necessária, quando a prática é a certeza da nossa mudança. Pensemos nisso!

E, sob este contexto, escolhi uma mensagem especial... Feliz Ano Novo a todos os meus seguidores, amigos e familiares.



Reverência ao Destino
Carlos Drummond de Andrade



Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.


Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.

Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.


Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.


Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.

Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.


Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.


Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.

Difícil é mentir para o nosso coração.


Fácil é ver o que queremos enxergar.

Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.


Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"

Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...


Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.

Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.


Fácil é querer ser amado.

Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.


Fácil é ouvir a música que toca.

Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.


Fácil é ditar regras.

Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.


Fácil é perguntar o que deseja saber.

Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.


Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.

Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.


Fácil é dar um beijo.

Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.


Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.

Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.


Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.

Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.


Fácil é sonhar todas as noites.

Difícil é lutar por um sonho.


Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

25 de Dezembro: Natal




Imagem do meu acervo particular
 (parte do presépio exposto na Basílica de Nossa Senhora da Aparecida, Aparecida do Norte, São Paulo/2010)



Véspera de Natal (24 de dezembro)...

Reunião mais familiar, troca de presentes, ceia natalina, comida farta.

Dia de Natal (25 de dezembro)...

Grande expectativa das crianças quanto aos presentes do Papai Noel, almoço em família, comida farta.


Seria mais original, se tudo isso fosse movido pelo verdadeiro espírito natalino, onde o acolhimento, a confraternização, o amor, a união, o perdão e a solidariedade se manifestassem não só em pensamento, mas – sobretudo - nas atitudes humanas.

E, mais ainda, que estes valores humanos permanecessem ativos, dia após dia, até a chegada do próximo Natal. Só assim, poderíamos afirmar que o nascimento de Jesus de Nazaré faz sentido em nossas vidas e, principalmente, o que isto significa em termos de crença cristã.

Diferentemente do poder do markenting que induz o consumo, neste período, são os sentimentos que deveriam renovar as nossas relações interpessoais e energias.

Diferentemente do poder do consumo, neste período, que enchem as lojas e levam multidões de pessoas aos shopping centers, o Natal é o momento de reflexão, de perdoar e de ser solidário.

E.E.E.S. Clóvis Beviláqua: Fim do ano letivo de 2010 - Parte II

Estou há tempo para postar as imagens da última festa de confraternização dos alunos da E.E.E.S. Clóvis Beviláqua.

Apesar de todos os problemas que tivemos, neste ano, como a falta de um Diretor, o fim de uma turma (o que acabou nos obrigando a complementar a carga horária em outra unidade escolar) e a evasão de alguns alunos, os que permaneceram - até o fim do ano - se empenharam e venceram mais uma etapa da vida.

Algumas turmas resolveram promover um encontro festivo a fim de reunir e confraternizar com o grupo todo e os profissionais da escola, tal como fez a Turma 801 no dia 10 deste mês.

No dia 13 de dezembro (2ª feira) foi a vez da turma 701 realizar a festa de confraternização. Alguns alunos das turmas 901 e 902, também, participaram.

Houve até o chamado Amigo Oculto entre os alunos da turma 701, no qual eu também participei. A minha amiga oculta foi a aluna Núbia Regina do Nascimento Oliveira e quem me tirou foi a aluna Damiana Maria da Conceição. Outros professores também participaram.

Vejamos alguns momentos da festa de confraternização...



 As alunas da Turma 701 e a professora Renata (Língua Portuguesa)





Eu com o grupo das alunas




 A minha amiga oculta (aluna Núbia Regina)




 Professor André (Artes) e o grupo de alunas




 Alguns alunos presentes (da esquerda para direita: Eduardo e André da turma 701; Antonio, Gilso e Erivalter da turma 901 e Frederico da turma 601)




Alunos da turma 901 (da esquerda para direita, Antonio, Gilson e Erivalter)



 Os alunos Bruna e Dennis (Turma 902)




Da esquerda para direita, os alunos Lúcia, Erivalter e Priscila (Turma 901)



A troca de presentes (alguns registros)

A aluna Cristiane Quelis



A minha amiga oculta, aluna Núbia Regina



O aluno André recebeu da colega Valéria




A aluna Damiana recebeu da colega Núbia







Profº André recebeu do aluno Eduardo





Profª Renata recebeu do aluno André

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E.E.E.S. Clóvis Beviláqua: Fim do ano letivo de 2010 - Parte I

Prometi a alguns alunos da turma 601 da E.E.E.S. Clóvis Beviláqua que iria postar algo sobre a festa de confraternização deles, realizada na última 6ª feira (10/12).

Eu não pude participar, embora tivesse dois tempos de aula com eles, porque tive que aplicar a Segunda chamada da última prova para os alunos da mesma turma, que faltaram. E, depois, eu tive aula com a turma 601.

Eu fiquei na sala da turma 601, cujos alunos também realizaram Atividade Dirigida no tempo de aula. Só no final da festa é que eu pude registrar algumas imagens dos alunos e, assim mesmo, na porta da sala da turma 601.o poderia deixar de registrar, aqui, o quanto este semestre foi mais "tranquilo" na E.E.E.S. Clóvis Beviláqua, tendo em vista que no primeiro tivemos alguns problemas indisciplinares com muitos adolescentes.

Tivemos algumas ocorrências, mas não resta dúvida, que o semestre foi bem mais calmo que o anterior.

Hoje, 13/12, os alunos que faltaram no dia de alguma prova e/ou atividade dirigida irão fazer a segunda chamada, enquanto os demais receberão os trabalhos e atividades.














II Arrecadação da Campanha de Solidariedade 2010: Resultado Final

Alunos responsáveis pela nova triagem e contagem final 
Da esquerda para direita, Lucas Melo e sua irmã Eduarda, Thaynara, Raquel e Mateus



Na semana retrasada, no dia 02/12 (5ª feira), eu, os alunos Lucas Melo, Thaynara e Raquel da turma 1901 e, Matheus, um aluno voluntário da turma 1703, fizemos o levantamento final (ou quase final) da II arrecadação da Campanha de Solidariedade.  

Foram realizadas duas contagens, uma antes do Dia D da Campanha (12/11) e esta, no final da Campanha (02/12). Eu usei a expressão "ou quase final", porque após o encerramento, nós continuamos a receber doações. 

Recebemos, inclusive, de um aluno da minha escola noturna (E.E.E.S. Clóvis Beviláqua), Marsuel Pedro Ribeiro, que ficou sensibilizado com as atitudes da turma 1901 e, nesta última 6ª feira (10/12), entregou-me 20 gelatinas. Achei super legal da parte dele, compartilhar ações solidárias com a outra Unidade Escolar. 

Pois bem, vejamos os totais arrecadados:


. PERÍODO: 13 de outubro a 10 de novembro


. GELATINAS EM PÓ

. 633 unidades (cor vermelha);

. 07 unidades de diversos sabores.



LEITE EM PÓ INTEGRAL

. 43 unidades



. PERÍODO: 12 de novembro (Dia D da Campanha de Solidariedade).


. GELATINAS EM PÓ


. 633 unidades + 315 =  948 gelatinas (cor vermelha);

. 07 unidades de diversos sabores.


. LEITE EM PÓ INTEGRAL

. 43 unidades + 109 = 152 unidades de leite em pó 






. PERÍODO02 de dezembro



. GELATINAS EM PÓ

. 1.289 unidades (cor vermelha)

. 07 unidades de diversos sabores.


Além destes produtos foram doados:

. 11 unidades de gelatina de diversos sabores;

. 02 caixas de pudim (sendo 1 diet);

. 1 gelatina Zero Açúcar 


. LEITE EM PÓ INTEGRAL


170 unidades (400 gr/ sendo 07 latas);

. 7 unidades (200 gr).


Além destes produtos foram doados:

. 04 Compostos Lácteo (400 gr);

. 02 Composto Lácteo (200 gr);

. 01 lata de Soymilke - Alimento com soja (230 gr);

. 01 Mingau de arroz com banana e maçã (230 gr). 



Este quantitativo corresponde a apuração realizada no dia 02 de dezembro. Com as doações posteriores a esta data, as quais contabilizaram 41 gelatinas, o total de gelatinas passa a ser na ordem de:

1.330 unidades de gelatinas vermelhas.

Superamos a meta de 1.000 gelatinas e de 100 unidades de leite em pó. Temos consciência que a nossa meta poderia ser bem maior, tendo em vista que são duas Instituições, mas o pouco que conseguimos já faz uma grande diferença.

A nossa missão não está concluída, pois a entrega está na dependência da disponibilidade de carros e, como muitos sabem, semana passada e esta, agora, demanda atividades ligadas ao encerramento do ano letivo, com a divulgação dos resultados finais da Recuperação e da Segunda Época, a formatura do nono ano, o segundo Conselho de Classe, entre outros.

Espero finalizar tudo até 4ª feira que vem (15/12). Amanhã, vou levar o documento de autorizações aos responsáveis para ser entregue aos alunos.


Imagens tiradas no refeitório da escola:
























quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dica de Site: Desenhos para Colorir




Apesar de estarmos praticamente encerrando o ano letivo de 2010 (só faltam alguns dias para o recesso escolar), não poderia deixar de dar esta dica de site para colorir.

Eu adoro imagem em preto e branco, não com a intenção de colorir, mas eu acho muito bonita até a fotografia em BP.

Na postagem anterior, eu utilizei uma imagem capturada de um site interessante, voltado para colorir. Encontrei durante a minha busca de imagens para ilustrar o referido post e, com certeza, este merece ser mencionado como dica

Ele é muito interessante e tem imagens diversas, todas ricas em detalhes. E, como eu destaco, há também na área de Geografia (bandeiras, paisagens, povos etc.).

Vale a pena conferir. Acesse-o AQUI!





Final de Ano: Momento de reflexão quanto aos erros e acertos



Imagem capturada na Internet (Fonte: Coloriages_Educol)



Como já havia comentado com algumas pessoas, inclusive, neste espaço, estive ocupada com as últimas correções de provas e trabalhos, com os lançamentos das médias e da frequência nas planilhas da escola, bem como a atualização dos diários.

Tive também Conselho de Classe na última quarta feira (o1/12) e, nas outras duas escolas estaduais ainda terei, uma será amanhã (Ensino Médio) e a outra, noturno, na semana que vem.

Os alunos da rede municipal souberam do resultado final na quinta feira passada e, mais uma vez, um fato me chamou a atenção: muitos alunos não acompanham a evolução (ou retrocesso) do seu desempenho escolar. 

É evidente que não são todos, mas um grupo significativo demonstra total descaso com o seu processo educativo e, em razão disso, o resultado final - já previsível - parece ser algo inesperado para ele.

Pode até ser que muitos utilizem a arte de interpretação para passar uma imagem de "desfavorecido de causas desconhecidas", mas todos já sabiam das consequências quanto à manutenção de uma postura descomprissada com a educação e, pior, com o seu processo de ensino-aprendizagem.

Não quero entrar em discussão sobre os fatores que implicam no sucesso e/ou insucesso escolar. Alguns consideram que os fatores internos são os únicos responsáveis, outros acreditam que são os externos e há, ainda, um terceiro grupo que avalia e credita em ambos a responsabilidade por tais processos.

Eu concordo com o terceiro grupo.

Tanto aluno com desempenho baixo quanto o outro, classificado como um dos melhores da sala de aula, não souberam dar uma resposta coerente quanto ao seu respectivo desempenho escolar. Ambos, após serem indagados, responderam que “achavam” que iriam passar de ano.

A maioria, no entanto, tem noção e observa atenta sua própria evolução. Eu já avisei às turmas, que no próximo ano, cada aluno vai confeccionar um gráfico de colunas para acompanhar o seu desempenho bimestral na minha matéria, sendo possível visualizar ao final do primeiro semestre se este evoluiu ou regrediu.

A partir desta análise, ele percebe a necessidade eminente de ter de se empenhar mais e projetar estratégias capazes de assegurar sua ascendência na disciplina (participação mais ativa, evitar conversas paralelas, tirar as dúvidas com o professor, a realização das atividades, estudos em grupo, leituras complementares, entre outros).

Exemplo do uso de gráfico. As cores podem ser variadas ou de acordo com o azul (nota igual e superior a média) e vermelha (abaixo da média).
 



sábado, 27 de novembro de 2010

27 de Novembro: Dia Nacional de Combate ao Câncer




Imagem capturada na Internet (Fonte: Jornal Extra)


Texto modificado no dia 27/11/2010 - Introduzida a imagem

Hoje é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer e, como muitos sabem, nós (E.M. Dilermando Cruz) promovemos uma Campanha de Solidariedade voltada para duas Instituições ligadas ao tratamento desta doença e, sobretudo, à faixa de idade infantil.

Duas vezes ao ano fazemos campanhas de arrecadação de gelatinas e leite em pó integral, além de brinquedos.

O projeto teve início em 2007 e não é de minha autoria. Ele, na verdade, foi uma proposta de projeto apresentado a mim por três alunas do 6º ano, na época e que, hoje, se encontram separadas – cada qual em uma turma – tendo apenas uma sido reprovada ao longo deste tempo (hoje, ela cursa o 8º ano).

Pois bem, o projeto inicial era para atender – exclusivamente – o Hospital Mário Kroeff, localizado na rua Magé, 326, na Penha Circular, no município do Rio de Janeiro.

A ideia de incluir mais uma Instituição foi minha, após ter conhecido em um restaurante “Self Service”, na Penha, a presidente da Casa de Apoio à Criança com Câncer São Vicente de Paulo, localizado na Estrada do Colégio, 1.185, em Irajá, no mesmo município.

E foi devido a este encontro casual com a presidente e fundadora da referida Institiuição, Maria Leonor, que eu quero tratar a presente postagem, neste dia dedicado ao combate ao Câncer.

Não posso precisar o dia exato que nos encontramos, mas ela se sentou a mesma mesa que eu já me encontrava almoçando (o restaurante estava cheio) e à partir do detalhe de sua blusa (com o nome da Instituição) começamos a conversar.

Eu falei da iniciativa dos alunos e ela comentou sobre as atividades da casa e do seu “filho adotivo” (paciente da casa) que havia falecido. As lembranças do menino e a perda não conseguiram conter suas lágrimas no ambiente.

Ela me convidou a conhecer à Casa de Apoio e eu guardei o endereço comigo.

Pois bem, ainda durante a nossa conversa, a Maria Leonor comentou a respeito de um detalhe, bastante visível, nas fotografias que pode ser um indicativo de câncer.

Muitas das vezes, os olhos (pupilas) das pessoas saem vermelhos - nas fotos - quando tiradas com flash. E ela comentou que quando as mesmas saem brancas, pode ser um sinal de câncer, devendo as pessoas procurar um médico.

Eu cheguei a comentar com os alunos e alguns professores, amigos e familiares acerca desta informação, mas não postei nada a respeito no Blog, porque não tinha nada de concreto que confirmasse tal suposição.

Quero deixar claro, aqui, que em nenhum momento eu duvidei das palavras da Maria Leonor, mas eu precisava de algo mais concreto que confirmasse tal hipótese, com vistas a postar como “utilidade pública” neste espaço.

Pois bem, em outubro passado, saiu uma reportagem sobre a descoberta de câncer em uma criança de 2 anos, na Inglaterra, identificado à partir de uma foto da mesma publicada no “facebook”.

Na referida foto, uma das pupilas da criança aparece branca ao invés da coloração vermelha, tal como acontece sob o efeito do flash.

Com esta publicação, me sinto mais segura em comentar o primeiro momento – do encontro com a presidente e fundadora da Casa de Apoio à Criança com Câncer – São Vicente de Paulo e indicar o link da reportagem.

E eu só agora estou publicando, pois como já mencionei anteriormente, estive com sérios problemas que me fizeram ausente – um tempo – deste meu espaço. Acabei optando por aguardar a data de hoje para compartilhar o mesmo no Blog.

Vejam a reportagem AQUI!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desabafo: A geografia que amo está me tirando o sossego da alma

Imagem capturada da Internet (Fonte: O Dia On Line)



Não sei se a tristeza que me aperta o peito é um reflexo e consequência apenas dos atos criminosos que se espalharam pela cidade do Rio de Janeiro ou das lembranças da impotência diante da perda do meu pai pela própria violência urbana, a mesma e mais intensa, hoje, a qual nos coloca como vítimas permanentes.

Vivemos numa Cidade Maravilhosa, cujo povo é feliz, mas que aos poucos estão sendo sucumbidos seja pela geografia da criminalidade seja pela sandice e barbárie humana movida pelos efeitos e comércio rentável de drogas ilícitas.

Estamos vivendo e assistindo uma verdadeira guerra civil. Na verdade há tempo ela já havia sido anunciada, só nós que não queríamos ter que admitir.

Alguns alegam que este discurso é sensacionalista, com o intuito de produzir o medo na sociedade; outros - por sua vez – reagem de forma bastante passiva, pois o seu dia a dia sob o fogo cruzado no embate entre policiais e criminosos já elevou a situação a um grau de banalidade rotineira.

Mas, um grande percentual da população tem consciência da gravidade e teme pela situação vigente e pelas possíveis consequências.

Moro na Penha e, da minha janela, tenho a vista da  Igreja de Nossa Senhora da Penha de França, mais conhecida como Igreja da Penha, com seus 365 degraus.

É triste ter a fé sem poder chegar perto da janela, pois os tiros disparados do outro lado da linha férrea, na Vila Cruzeiro (favela integrante do Complexo do Alemão) chega a fazer efeito dentro de casa. O barulho das balas e dos helicópteros sobrevoando ratificam a situação de guerra em que estamos vivemos.

Este pode significar o "fim" da violência na cidade do Rio de Janeiro, com a incursão efetiva da polícia e de outras forças militares, com a instalação de mais uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) ou o começo de uma onda maior de violência por parte do crime organizado, dos traficantes de drogas.

Esperamos que seja a primeira, mesmo sabendo que o fim é uma utopia. Mas, de qualquer maneira, a população está em risco permanente, até mesmo dentro de casa.

Fico imaginando o quanto deve ser angustiante para quem mora nestas comunidades, sem opção concreta de sair e vivenciando lado a lado com o perigo... Talvez a minha imaginação não consiga retrata e avaliar no mesmo patamar da sensação.

Estamos em guerra! Guerra não só ligada à geografia dos conflitos urbanos, do narcotráfico, do crime organizado, mas também de valores humanos, onde a vida de um inocente não vale nada.

Eu amo a minha cidade e a sua geografia, seja esta física ou humana, mas com os conflitos urbanos e a violência crescente, tenho que admitir as palavras do meu marido... Não dá mais para viver no Rio de Janeiro.

Espero poder mudar de opinião e achar graça da ideia desmedida...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mensagem: Encontrei Minhas Origens



Ontem, eu sai com a minha filha às 11 h e só retornei às 16h. À noite (19 h) fui para a casa da minha mãe e só retornei, hoje, às 17 h. Queria postar mais sobre a data de ontem, Dia da Consciência Negra, mas não tive como.

Pensei em algo diferente, ainda mais, que já postei sobre a origem da data no ano passado (vide matéria). Daí, veio-me a ideia de procurar o poema da propaganda da Caixa, o qual achei muito bonito. Seu autor é o professor de Língua Portuguesa, poeta e pesquisador gaúcho, Oliveira Ferreira da Silveira, que justamente foi um dos idealizadores da data em homenagem aos povos afrodescendentes e toda a sua cultura.

Pesquisei e achei não só o poema como o vídeo, os quais estou compartilhando neste espaço a fim de que todos o conheça.




ENCONTREI MINHAS ORIGENS
Oliveira Ferreira da Silveira


Encontrei minhas origens
Em velhos arquivos
Livros

Encontrei
Em malditos objetos
Troncos e grilhetas
Encontrei minhas origens
No leste
No mar em imundos tumbeiros

Encontrei
Em doces palavras
Cantos

Em furiosos tambores
Ritos

Encontrei minhas origens
Na cor de minha pele
Nos lanhos de minha alma

Em mim
Em minha gente escura
Em meus heróis altivos

Encontrei
Encontrei-as, enfim
Me encontrei.



Assistam o vídeo!


Haiti: a luta de um povo pela sobrevivência




Campos de refugiados no Haiti - Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra Notícias)


Por falar da contribuição ímpar do negro africano e seus descendentes em nossa sociedade e, ao mesmo tempo, do sentimento de solidariedade de nossa Campanha na escola (postagens anteriores), os dois temas se unem e nos remetem à situação caótica por qual está passando o Haiti, o mais pobre país do continente americano.

País caribenho, primeiro ponto de desembarque de Cristóvão Colombo, em 1492. Sua história mescla a cobiça dos colonizadores europeus, primeiramente os espanhóis e depois os franceses. Este despontou como maior produtor mundial de açúcar, cuja produção era baseada no sistema escravagista. Foi uma das mais ricas colônias do continente americano, recebendo o título de "Pérola do Caribe".

Em sua história, ele ainda traz o marco de ter sido o primeiro país latino-americano a se tornar independente, em 1 de janeiro de 1804, graças aos diversos movimentos insurrecionais da população escrava.

Todavia, sua trajetória política, econômica e social se caracterizou instável, perdurando até hoje. Trajetória similar a muitos países latino-americanos, mas outros aspectos agravaram mais ainda a sua situação como país insular da América Central, inclusive de risco de catástrofes naturais.

Se já não bastassem os efeitos trágicos do terremoto que sofreu, em janeiro deste ano, o país agoniza - desde meados de outubro passado - com os avanços da epidemia de cólera.

De acordo com os últimos dados divulgados, hoje, no Terra Notícias, a epidemia de cólera no país já matou mais de 1.250 pessoas. O número de internações contabilizado até o momento é de 20.687 pacientes infectados desde o início da epidemia (meados de outubro).

Mais recentemente, outro situação está preocupando as autoridades locais e até a Organização das Nações Unidas, a violência. A violência instigada por alguns grupos de manifestantes, revoltados, que responsabilizam às tropas de Paz da ONU pela epidemia de cólera que atinge o país.

Manifestações violentas que chegam a interromper o trabalho das autoridades na área da Saúde com os infectados pela cólera. Eles arremessaram pedras contra as tropas de paz da ONU, atacaram carros de estrangeiros, atearam fogo em pneus e usaram estes para bloquear as ruas, assim como derrubaram postes de luz e montaram barricadas para confrontos com a polícia e com os soldados das tropas da paz. Na maioria das vezes, a polícia os enfrenta com bombas de gás lacrimogêneo a fim de dispersá-los.

A Organização das Nações Unidas está investigando se realmente a origem da epidemia de cólera no Haiti foi causada por soldados de procedência nepalesa da Minustah, isto é, da missão de paz da ONU no país.

As suspeitas procedem em razão do tipo da doença que surgiu no Haiti ser o mesmo do existente no Nepal, mas alega não ter encontrado provas suficientes de que seus soldados sejam os portadores da doença.

A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo vibrião colérico (Vibrio cholerae), que é uma bactéria em forma de vírgula ou bastonete. Esta bactéria, vencendo a acidez do estômago, alcança o intestino delgado (meio alcalino), onde se multiplica intensamente, principalmente, no duodeno e jejuno, produzindo uma entetoxina que provoca intensa diarreia.

O indivíduo infectado elimina o vibrião colérico (Vibrio cholerae) através dos dejetos fecais (cistos). A precariedade na infraestrutura de saneamento básico é a condição propícia para a contaminação e a transmissão fecal-oral do vibrião colérico através de água e/ou alimentos contaminados.

De acordo com o Centro de Informação em Saúde para Viajantes (Cives), na maioria das vezes (mais de 90%), a infecção pelo vibrião colérico é assintomática ou produz diarreia de baixa intensidade.

Por outro lado, em outras pessoas (menos de 10% dos infectados) pode ocorrer uma diarreia aquosa profusa e súbita, de evolução rápida (em questão de horas), que pode ocasionar desidratação grave e uma diminuição acentuada da pressão sanguínea, provocando o óbito.

Como as condições socioeconômicas do Haiti são as mais precárias do continente americano (país mais pobre da América), tendo sido agravadas após o terremoto de 12 de janeiro deste ano, o ambiente estava favorável para a contaminação que se deu de forma rápida e epidêmica.








Comunidades mais carentes - Imagem capturada na Internet





Criança haitiana _ Imagem capturada na Internet (Fonte: Cultura do controle)




Criança com sintomas do cólera - Imagem capturada na Internet (Fonte: Último Segundo)








Haitianos contaminados aguardam atendimento no Hospital em Saint Marc, no Haiti
Imagem capturada na Internet (Fonte: Último Segundo)




E os riscos da epidemia já ultrapassam o território haitiano, localizado na ilha Hispaniola, atingindo a porção leste da mesma ilha, onde se localiza o seu país vizinho, a República Dominicana, que já registrou três casos de cólera.

Em consequência disso e do temor do avanço da mesma, o governo da República Dominicana aumentou o controle de entrada e saída de pessoas e de mercadorias (comércio bilateral) em seus 376 Km de fronteira com o Haiti.

Ilha Hispaniola: o Haiti, a Oeste e a República Dominicana, a Leste




Segundo fontes jornalísticas, além destes registros na vizinha República Dominicana, os EUA também registraram um caso de infecção de cólera na Flórida. De acordo com o jornal "The Miami Herald", o referido caso foi de uma moradora do condado de Collier (Flórida), que regressou do Haiti após ter visitado a família que mora por lá.


Pacientes repousam enquanto homem espalha desinfetante em volta das macas
Imagem capturada na Internet (Fonte: Último Segundo)


Fontes:

. Centro de Informação em Saúde para Viajantes

. Terra Notícias

. Último Segundo (e outros)

. Wikipedia