sexta-feira, 2 de julho de 2010

G-7, G-8, G-5, G-20... Grupos e Associações Econômicas e Políticas



Imagem capturada na Internet (Google)


Quem tem o hábito de acompanhar as notícias do mundo e do Brasil deve ter tomado conhecimento que o nosso presidente da República – Luiz Inácio Lula da Silva – cancelou a sua participação na reunião do G-20, em Toronto (Canadá), programado para o último final de semana, em consequência das vítimas das chuvas no Nordeste.
 
Sem entrar em maiores detalhes sobre a situação polêmica gerada por sua desistência em participar da referida reunião (questionamento quanto às reais intenções por parte deste), o tema coloca em evidência um tópico de aula do 8º ano.

Grupo dos 7 (G-7), G-8, G-5, países emergentes, BRIC, assim como G-20 tratam de grupos e/ou associações de países sob a conotação econômica e/ou política, que retratam a atual fase do Capitalismo Financeiro.
 
Os alunos do 8º ano viram já viram estes tópicos no âmbito da Divisão Sócio-Econômica da Terra. Por isso, não custa nada recapitular para os mesmos e para os alunos dos demais anos, inclusive, quanto ao G-20.


Grupo dos Sete (G-7)
 
Grupo dos sete países mais ricos do mundo (mais industrializados e desenvolvidos), que se reúne – anualmente - para coordenar a política econômica e monetária mundial, inclusive, com intervenções para ajudar países mais pobres.
 
Seus países-membros são: EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França.

O G-7 surgiu na década de 1970, tendo a sua primeira reunião ocorrida em novembro de 1975, na França.

Como estes países possuem fortes economias, uma posição política de destaque no cenário mundial e intervenções diretas e/ou indiretas nas Instituições e Agências da Organização das Nações Unidas (ONU), a crítica recai na necessidade premente de expansão do grupo, com o ingresso de países em desenvolvimento (países emergentes).

O G-7 é comparado como “clube dos ricos” e, como nós sabemos, as discussões e os interesses que permeiam as reuniões não devem ser fundamentadas apenas sob a ótica de análise e de comprometimento destes.


Grupo dos Oito (G-8)

Imagem capturada na Internet (Google)
O G-8 é formado pelos sete países mais ricos do mundo (G-7) mais a Rússia.
 
Esta última participou das reuniões do G-7 desde 1994, como ouvinte (observadora), tendo sido oficializado o seu ingresso no grupo em 1997.
 
Sua primeira participação em reunião da Cúpula e como membro do G-8 ocorreu no ano seguinte (1998). No entanto, a sua admissão formal, mesmo, só foi esta só foi reconhecida, quando esta sediou a primeira reunião em seu território (russo), em 2006.
 
Maior país do mundo, a Rússia foi admitida no G-7 em razão do seu esforço político em abandonar a antiga economia socialista, assim como em implantar reformas democráticas no país. Um outro aspecto, também, levado em consideração quanto ao seu ingresso no referido grupo foi o arsenal bélico que possui.

O G-8 se reúne não para discutir questões estritamente no âmbito econômico e, sim, na esfera política (processo de globalização, problemas ambientais etc.).

De uma maneira geral, as reuniões do G-8 são marcadas por protestos e manifestações de ONGs (Organizações Não-Governamentais) e outras entidades ligadas a movimentos sociais, ambientalistas e antiglobalização.

Isso se dá, justamente, pela composição e perfil dos seus países-membros, cujos interesses não coincidem com os grandes desafios que as nações mundiais enfrentam face a uma situação sócio-econômica desigual e injusta.

A questão ambiental e a globalização são os tópicos mais polêmicos, confrontados nas manifestações. Na esfera do meio ambiente, sabemos que os países ricos foram e, ainda, são os que mais causam destruição (desmatamento, pouluição etc.) e a assinatura de acordos ambientais, na maioria das vezes, se encontra em desacordo aos interesses políticos destes e, principalmente, dos que são membros do G-8.

Quanto ao processo de globalização, nós sabemos o interesse dos países-membros do G-8 e dos efeitos positivos deste processo. No entanto, mais nocivos e bastante controversos são os seus efeitos negativos em um mundo economicamente e socialmente desigual.

Tal como a Rússia, hoje, a União Europeia também participa das reuniões do grupo, como ouvinte. O referido bloco econômico é representado pelo presidente da Comissão Européia e, ainda, pelo chefe de Estado e de Governo do país em vigor.
 


Grupo dos Vinte (G-20)


 
Imagem capturada na Internet (Google)


O G-20 reúne as nações mais industrializadas e os principais países emergentes (em desenvolvimento) para tratar de assuntos-chave relacionados à estabilidade econômica mundial.
 
Criado em junho de 1999 e estabelecido formalmente em setembro do mesmo ano, o G-20 substituiu o G33, que por sua vez tinha suplantado o G22. Este surgiu face às crises financeiras da década de 90 (século XX) e após o reconhecimento de que os principais países emergentes não deveriam ficar de fora do núcleo da discussão econômica global e governança.
O referido Grupo é composto pelos ministros das finanças e governadores dos bancos centrais de 19 países e, mais, a União Européia, cuja representatividade cabe à presidência rotativa do Conselho e do Banco Central Europeu.

Sendo assim, além da União Europeia, os 19 países-membros do G-20 são: EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália, França, Rússia, Austrália, Brasil, China, Índia, México, África do Sul, Argentina, Indonésia, Arábia Saudita, República da Coreia e Turquia.

A primeira reunião da Cúpula do G-20, organizada pelos ministros das Finanças da Alemanha e do Canadá, aconteceu nos dias 15 e 16 de dezembro de 1999, em Berlim, capital da Alemanha.

E, como falei no início desta postagem, a última reunião foi no último final de semana (26 e 27 de junho), em Toronto (Canadá), mas a reunião mais importante do Grupo será realizada no final do ano, na República da Coreia.

Imagem capturada na Internet (Google)

O nosso presidente cancelou a sua ida a Toronto em consequência das chuvas no Nordeste, sendo substituído pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Sua decisão, no entanto, acendeu comentários sobre a veracidade de sua justificativa, uma vez que muitos a interpretaram como uma reação à Resolução do Conselho de Segurança da ONU que reforça as sanções contra o Irã, aprovada no início do mês passado.

O Irã tem programa de enriquecimento de urânio e há fortes suspeitas sobre o seu real interesse em fabricar uma bomba atômica.

Como este negou suspender o seu programa de enriquecimento de urânio, no início do mês passado, os cinco membros permanentes e os dez não-permanentes do Conselho de Segurança da ONU votaram e aprovaram sanções contra o Irã.

Em maio deste ano, o Brasil e a Turquia apresentaram um acordo para a troca de urânio do Irã em território turco, mas este foi ignorado pelas potências permanentes do referido Conselho. No início de junho passado, doze países (membros permanentes e não-permanentes) do Conselho de Segurança votaram a favor das sanções ao Irã, sendo que tanto o Brasil quanto a Turquia votaram contra e o Líbano se absteve.
 
Se este foi ou não foi o real motivo da ausência do presidente Lula na reunião do G-20, só ele poderá dizer. Polêmicas sempre existirão, enquanto houver interesses divergentes...


Grupo dos Cinco (G-5)
 
Trata-se do grupo dos cinco mais importantes países emergentes (em desenvolvimento), que representam os demais da mesma categoria.
 
Os países-membros do G-5 são: Brasil, China, Índia, México e África do Sul.


BRIC (ou BRICs)


É uma sigla referente as nações que mais se destacaram no cenário mundial pelo rápido crescimento econômico. Eles apresentam características comuns tanto a nível político, econômico e social, como por exemplo: estabilização econômica recente; oferta de mão-de-obra e em processo de qualificação; produção e exportação em crescimento; ocorrência de reservas de recursos minerais (matéria-prima); política de investimento em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc); PIB (Produto Interno Bruto) ascendente; forte presença de multinacionais etc.
 
Os países do BRIC são: Brasil, Rússia, Índia e China.


Global Trader
 
Outra expressão muito utilizada na esfera econômica diz respeito a Global Trader.

Um país é considerado Global Trader quando ele mantém uma relação comercial com várias outras nações, ou seja, atuando como parceiro global.
 
Sob esta perspectiva, o Brasil é um Global Trader, pois sua política de comércio prima por diferentes blocos econômicos e países do mundo, a saber: União Européia, EUA, Japão, países da Europa Oriental, do Oriente Médio, da América Latina, da África etc.
 
De acordo com a Análise Editorial, hoje, o país realiza operações comerciais com 25 países, a saber: EUA, Canadá, México, Argentina, Chile, Venezuela, África do Sul, Nigéria, Argélia, Alemanha, Holanda, Itália, França, Inglaterra, Rússia, Espanha, Canadá, Bélgica, Suíça, China, Arábia Saudita, Índia,Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura e Japão.
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Bom, antes de encerrar, não vamos esquecer que crescimento econômico não significa desenvolvimento, pois este último envolve outras esferas de abrangência como a social e a política, além da econômica.
Fontes de Consulta:
 
. Brasilescola

. G-20

. IGF - Portal de Finanças

. Jornal O Globo

. Material Didático particular

. Sua Pesquisa

. Wikipedia


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