domingo, 31 de outubro de 2010

México: O Poder Paralelo dos Cartéis do Narcotráfico

"Pomba da Paz" no pátio da Universidade Autônoma de Nuevo Leon, durante um protesto contra a morte da universitária Lucila Quintanilla em um shopping, em 15 de outubro de 2010. (Fonte: Último Segundo)




Na semana passada, quando indaguei a um aluno do 7º ano, do turno da tarde, qual país que ele gostaria de conhecer, este me respondeu incisivamente que queria morar no México, por motivos profissionais.

Achei interessante a convicção de como este se expressou. Inicialmente, alguns alunos da turma acharam graça, mas eu os adverti, inclusive, pela pouca idade deste e por sua determinação em relação a projeto de vida.

Aproveitei para explicar a situação atual do referido país, o qual constantemente é notícia nos principais meios de comunicação face à violência que o assola sob a ação do narcotráfico.

É claro que, em nenhum momento, a minha pretensão foi destituir o seu sonho de morar no México, mas valei-me da oportunidade criada para falar dos fatos, inclusive, relembrar o caso da execução de emigrantes latino-americanos (entre estes, dois brasileiros) no mês de agosto deste ano (vide postagem do dia), os quais tentavam entrar - ilegalmente – nos EUA.

Eu falei que também tinha vontade de conhecer o México, mas que realmente os níveis de vilência assustam.

Em razão disso, achei oportuno voltar a tratar do assunto até porque foi discutido, em sala de aula, os critérios utilizados na análise do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e outros que seriam também pertinentes para avaliar a qualidade de vida da população, como a violência, por exemplo, assim como, um aluno do 8º ano levantou a questão da responsabilidade direta e/ou indireta do país vizinho e fronteiriço do México, os Estados Unidos.

Mas, existe um outro lado e, por este, não há como negar a riqueza histórica do país, o seu povo e suas belezas naturais.

O problema que o país vem enfrentando, muitos outros, inclusive o Brasil também está passando, só que com diferentes graus de intensidade, mas com toda a certeza, os aspectos inter-relacionados às ações do tráfico de drogas, à corrupção, ao insucesso ou sucesso da política de combate às drogas, entre outros, são bastante similares.

Carro abandonado na fronteira entre o México e os EUA (Fonte: Último Segundo)



México

. Nome Oficial: Estados Unidos Mexicanos;

. Capital: Cidade do México;

. Localização: Continente americano (América do Norte);

. Área: 1 958 201 Km²;

. População (dados de 2009): 109.610.036 habitantes;

. Densidade Demográfica (2009): 56 hab/ Km²;

. Moeda: Peso Mexicano;

. Língua oficial: Espanhol;

. IDH (2007): 0,854 (IDH elevado);

. Taxa de natalidade (2008): 20,04 nascimentos/1.000 habitantes;

. Taxa de mortalidade (2008): 4,78 mortes/1.000 habitantes;

. Expectativa de vida (2008): 76 anos (homens: 73 anos/ mulheres: 79 anos);

. PIB (2007): 893.365 milhões de US$;

. PIB per capita (2007): 8.386 US$.



Como a maioria dos países submetidos à colonização europeia, a herança cultural do processo histórico de ocupação e colonização espanhola é muito forte no México.

O México é o país mais populoso entre os de língua espanhola no mundo. Em termos de população absoluta, este ocupa a segunda posição na América Latina, só perdendo para o Brasil, que é o mais populoso.

Cerca de 89% da população mexicana professa a religião Católica Apostólica Romana, tendo como padroeira Nossa Senhora de Guadalupe, que é também a patrona da América Latina. Dos demais, 6% são protestantes (e suas “ramificações”) e 5% correspondem a outras religiões e também aqueles sem religião.

O México junto com os EUA e o Canadá é membro do Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), bloco econômico criado em 1992.

Embora, de acordo com o último levantamento para efeito do IDH, o México tenha obtido o índice 0,854, estando classificado na categoria dos países com IDH elevado (o nosso país obteve 0,813 e também se enquadra neste grupo), a onda de violência que assola o país contradiz esta situação de nível de desenvolvimento (o mesmo ratifico em relação ao Brasil).

Não pretendo entrar, pelo menos neste momento, nesta discussão relacionada aos critérios utilizados na análise do IDH (sobretudo, o da economia) e em outros que deveriam ser incluídos para efeito deste (como por exemplo, a violência e o direito à moradia). Mas, que há muito a refletir sobre as contradições existentes entre os índices obtidos (IDH) e a realidade socioeconômica dos países, sobretudo, os subdesenvolvidos, há sim!


Tem de parar a criminalidade atacando suas finanças e esquemas de lavagem de dinheiro.
Há de acabar com a proteção oficial que os traficantes conseguem.
E tem de atacar as causas de todo esse descompasso social:
reduzir a pobreza, criar oportunidades de emprego, educação,
acesso a serviços e a programas sociais

jornalista Reveles (publicado no O Globo)

De acordo com o chefe da Inteligência Nacional do México, Guillermo Valdes, no período compreendido de dezembro de 2006 a 02 de agosto de 2010, mais de 28 mil pessoas morreram em episódios ligados à ação do tráfico de drogas.

É evidente que as ações do narcotráfico são bem anteriores ao ano de 2006, mas em nível de política de combate ostensivo ao narcotráfico pelo governo, esta teve início nesta época, lançada pelo então e atual presidente do México, Felipe Calderon, o qual - inclusive – não tira a responsabilidade também dos EUA pela situação a qual se encontra o país.

Por sua vez, segundo a BBC Brasil, o governo mexicano também já sofreu duras críticas em razão da política ostensiva de combate ao narcotráfico através de ações militares aos cartéis de drogas, não combatendo - também - outros aspectos relacionados ao tráfico de drogas e o aumento da violência no país, como o vício propriamente dito, a corrupção, o desemprego ou a falta de oportunidades existentes nas áreas onde os traficantes atuam.

Os números da violência não param. Segundo o mesmo veículo de comunicação, 2010 já está sendo apontado como o ano mais violento do país (desde o início da campanha do governo contra o narcotráfico em 2006), com uma estimativa de cerca de 7 mil mortos em decorrência da violência ligada ao tráfico de drogas.

Só nos últimos sete dias (notícia publicada ontem), o número de óbitos pelos mesmos motivos já ultrapassou a casa dos 100.

Vale ressaltar, no entanto, que o país é grande e existem áreas que os índices de violência são baixos.

As cidades que apresentam os maiores índices de violência são, em geral, aquelas fronteiriças do norte do México. A Ciudad Juarez e Tijuana são as que apresentam os maiores índices de violência, sendo a primeira considerada a mais violenta do país e do mundo (2009). Os estados de Michoacan e Guerrero também apresentam níveis de violência.

O tráfico de drogas é um negócio que movimenta muito dinheiro. Para se ter uma ideia de sua magnitude, o professor de direito Edgardo Buscaglia, um dos maiores especialistas em crime organizado do mundo e assessor da ONU, em entrevista ao jornal "Dallas Morning News", afirmou que o tráfico de drogas gera entre 44% e 48% da renda bruta total do país por ano.

E, de acordo com a Associação de Bancos do México (ABM), anualmente, o narcotráfico lava um montante entre US$ 19 bilhões e US$ 29 bilhões. A maior parte desse dinheiro é destinado para a compra de armamento pesado usado nos confrontos entre os cartéis e as forças de segurança do país.

A situação caótica por qual perpassa o Méxixo diante do aumento da violência associada ao tráfico de drogas e das ações dos cartéis do narcotráfico é algo que tem que ser tratado não só ao nível de poder público, mas também na esfera da sociedade.

E faço das palavras do jornalista Reveles as minhas, pois a rede de abrangência do tráfico de droga é muito ampla. Não basta atacar somente um ponto, sem abranger os demais que se encontram intrinsecamente ligados. Além disso há a necessidade de oferecer políticas capazes de assegurar investimentos maiores ao sistema educacional do país, a programas sociais, à construção e ampliação de Centros de Tratamento a viciados, bem como na geração de novas oportunidades de emprego à população..




Cerca na fronteira entre a densamente povoada cidade de Tijuana (México) e San Diego (Estados Unidos0), no setor da Patrulha Fronteiriça. (Fonte: Wikipedia)



Bandeira do México (Fonte: Wikipedia)




Presidente do México, Felipe Calderon (Fonte: Wikipedia)



Sítio arqueológico de Chichén-Itzá (Fonte: Wikipedia)





Palácio Nacional, Cidade do México (Fonte: Folha OnLine)





Catedral Metropolitana da Cidade do México (Fonte: Folha OnLine)





Casa Azul e, hoje, museu, onde a pintora Frida Kahlo nasceu (Fonte: Viajeaqui)





Praia deserta no caminho de Tulum (Fonte: Viajeaqui)






Comércio de bonequinhos de Cháves e Chiquinha (Fonte: Viajeaqui)




Para ver imagens da Guerra contra o Narcotráfico no México, clique AQUI! Aviso, há imagens fortes.



Fontes de Consulta

. A Guerra Contra o Narcotráfico no México

. Calderón: EUA também são responsáveis por violência do tráfico no México

. Cidade do México - Centro histórico

. Index Mundi

. México tem semana mais violenta em anos

. Países@IBGE

. Saiba mais sobre o problema do tráfico de drogas no México

. Violência em zonas próximas à fronteira com os EUA assola o país

. Wikipedia

Voltei durante as Altas Horas

Pátio da E.M. Dilermando Cruz (Imagem do meu arquivo pessoal)

Mais uma vez, retorno, pedindo mil desculpas por minha ausência neste espaço, pois como muitos sabem (as pessoas diretamente ligadas a mim, como parentes, amigos, alunos e colegas de trabalho), além dos afazeres domésticos e profissionais, minha mãe voltou a ser internada no hospital, esta semana, acometida por uma infecção urinária, cujo tratamento requer medicamento venoso .

Muitas notícias e temas ligados à Geografia e sua área de abrangência só foram tratadas no nível de sala de aula, inclusive, levadas à discussão a partir dos próprios comentários de determinados alunos, que por estarem assistindo ou lendo jornais, têm demonstrados maior interesse em assuntos da atualidade intrínsecos à referida área de conhecimento.

Estou no hospital e só estou postando agora, porque minha mãe se encontra dormindo e a Internet pegou bem (agora), mas deu tempo de terminar o texto da postagem seguinte e rascunhar os próximos. Depois vou dormir.


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

II Arrecadação da Campanha de Solidariedade 2010

Campanha da Solidariedade - Alunos da turma 1901

Na 6ª feira passada (23/10), o grupo de alunos “estilizados” retornou às salas de aula para arrecadar as gelatinas e/ou sacos de leite em pó, assim como entregar os “lembretes” aos alunos para colar no caderno e mostrar aos responsáveis.

Foi uma pena que muitos esqueceram que eram para trazer outras peças de roupa e acessórios. Mas, mesmo improvisado, a estratégia deu certo mais uma vez (as crianças adoram).

Enquanto, o grupo visitava às turmas durante uma parte da minha aula, outra parcela recortava os “lembretes”, que eram encaminhados, logo depois, ao primeiro grupo.

Para compensar os minutos da aula que ficamos envolvidos com a campanha, a matéria que seria escrita no quadro vai ser entregue sob a forma de cópia (xerox).

A tarde, os alunos Juliana Lima e Lucas Melo visitaram e divulgaram a II Arrecadação da Campanha de Solidariedade às turmas do EI e I Segmento do Ensino Fundamental.

Na verdade, a campanha ainda se encontra em passos lentos...

Estamos ainda no processo de coleta de material para montar a Lenita, o novo mascote da Campanha de Solidariedade.

Muitos alunos estão ansiosos para conhecê-la, cujo nome fora criado a partir das junções Leite e gelatina.



Os alunos divulgando a Campanha na turma da Profª Regina





Da esquerda para a direita, Thaynara dos Santos, Karlla Rodrigues, Ana Carolinne,
Victória, Letícia de Oliveira e Juliana Pereira e, atrás, Lucas Melo


Alunos que ajudaram a recortar os lembretes...


Da esquerda para direita, Jheniffer, Agatha e Danielle



Antonio



Bruna Kelly e Marcos Vinícios



Larissa e Gabrielle



Matheus Alves



Mariana e Fernando



Camila



Da esquerda para direita, Aline e Raquel


Chhewang Nima morre após ser atingido por uma avalanche




Alpinista Chhewang Nima

Imagem capturada na Internet (Fonte: Sherpa Gear Adventure)

O alpinista nepalês Chhewang Nima, 43 anos, foi dado como desaparecido no sábado passado (23/10), após ter sido atingido por uma avalanche no Himalaia, mais precisamente, no Monte Baruntse, a leste do Nepal, a uma altura de 7.045 m.

Chhewang Nima ficou famoso por ter escalado 19 vezes o Monte Everest (8.848 m), o pico mais alto do mundo (Cordilheira do Himalaia).

Outro nepalês, Appa Sherpa, detém a proeza de ter escalado o mesmo monte por 20 vezes, ou seja, apenas uma escalada a mais. Igualar ou superar esta marca, infelizmente, Chhewang Nima não mais alcançará.

Chhewang Nima pertencia ao grupo étnico sherpa, povos nativos das regiões mais montanhosas do Nepal. De acordo com as fontes de consulta, a palavra Sherpa significa "Povo do Oriente", referindo-se às origens do povo tibetano, que fugiu para o Nepal.

Embora, Chhewang Nima estivesse trabalhando como guia de uma expedição, só ele foi atingido pela avalanche, justamente, quando ajustava as cordas no Monte Baruntse.

No site Sherpa Gear Adventure, onde o alpinista é tratado como embaixador da marca Chhewang Nima Sherpa, a morte do mesmo é noticiada em meio a palavras de enternecimentos quanto à perda física e de conforto à família (esposa e filhos).

Fontes:

. UOL Notícias;

. Sherpa Gear Adventure

França Aprova Reforma da Previdência Social


Imagem capturada na Internet (Fonte: Podia ser assim...)


Como já era de se esperar, o projeto de lei de reforma da aposentadoria (Previdência Social) da França foi aprovado após votação no Senado, na última 6ª feira (22/10).

Embora todo o seu processo tenha sido marcado por intensos protestos nas ruas de todo o país, segundo as notícias vinculadas à votação da reforma, as manifestações cairam significativamente no "Dia D". Tal estado de inércia da população francesa - ao que parece - se deu em razão do início do recesso escolar de duas semanas. Ou será que a população francesa se cansou de "remar contra a maré", ou seja, sabia que não adiantava fazer mais nada?

O governo "ignorou a a voz dos franceses" afirmou Jean-Pierre Bel, líder do Partido Socialista, alegando que a reforma do sistema previdenciário é injusta. Mas, embora o projeto de lei tenha sido aprovado, a votação foi apertada: 177 votos a favor (54%) e 153 contra (46%).

Quem garantiu a aprovação mesmo foi a maioria governista. Na próxima 3ª feira (26/10), o projeto de lei retorna à Assembleia para a última ratificação e, no dia seguinte, no senado, será a votação final com a promulgação do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

A principal alteração no sistema previdenciario da França diz respeito à idade mínima de se aposentar, que passará a ser de 62 anos (hoje, a idade é de 60 anos). Valendo à partir de julho de 2011 até 2018.

Para ter a aposentadoria integral, a idade passará de 65 para 67 anos, a partir de 2016 até 2023.

O período de contribuição passará de 40,5 anos (atualmente) para 41 anos, em 2012.

Mesmo com a aprovação do texto (Projeto de Lei) no Senado, sem grandes manifestações populares, os sindicalistas planejam atos de protestos nas ruas para a próxima 5ª feira (28/10) e no dia 06 de novembro. Já os estudantes prometeram se manifestar no mesmo dia que o Projeto vai para a Assembleia, isto é, na 3ª feira (26/10).

Vale ressaltar, ainda, que outros países da Europa também estão passando por reformas na Previdência Social. A Alemanha, por exemplo, elevou a idade mínima para aposentadoria de 62 para 63 anos, o Reino Unido de 65 para 66 anos e a Grécia de 61,4 para 63,5 anos. A Espanha tenciona aumentar de 61 para 63 anos.

Como muitos já devem saber, a Previdência Social (direito à aposentadoria) foi uma conquista dos operários alemães, no início do século XX.

Sua criação se baseou nos seguintes pressupostos:

- Haveria emprego para todo o cidadão trabalhar até, pelo menos, os 60 anos de idade;

- A cada nova geração haveria mais contingentes de jovens para entrar no mercado de trabalho, garantindo assim a aposentadoria dos mais velhos.

Só que na Europa, em especial, a população envelheceu e houve aumento de sua longevidade, isto é, no grupo dos “muito idosos” (faixa de 80 anos ou mais).

Além disso, as taxas de natalidade no continente são baixas, sendo verificados em muitos países, inclusive, um crescimento natural ou vegetativo da população negativo (morrem mais do que nascem).

Com todos estes indicadores, a realidade em muitos países europeus assinala que há mais pessoas precisando de pensões e benefícios, enquanto há um menor número de pessoas contribuindo. A situação só não é pior graças aos imigrantes.

Fonte:

. Jornal O Globo (23/10/2010 - página 27);

. Material didático (particular).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mensagem: Um Sonho Ecológico

Imagem capturada na Internet (Fonte: Ciências 5° ano)




UM SONHO ECOLÓGICO


João Justino Leite Filho


Eu via o pôr-do-sol e meu lado criança entendia que o sol era uma pipa que estava sendo recolhida do céu por alguém que havia brincado o dia inteiro.

Minha imaginação permitiu que eu fosse uma gaivota e tentasse acompanhar o espetáculo, de cima. Então, me senti de asas abertas, desafiando o vento e ganhando altura.

Quando escureceu de vez fui coruja e pela primeira vez pude ver na escuridão. De manhã, eu, andorinha em vôos rasantes, passei a centímetros de prédios, antenas, telhados…

Uma chuva me surpreendeu e, encharcado, mergulhei no oceano. Fui golfinho, polvo, fiz parte de cardumes, pesquisei as profundezas do mar, descobri cavernas, montanhas. Desafiei meus limites como baleia e fiquei encalhado na praia.

Sendo tartaruga me libertei da areia e fui lentamente caminhando em direção à mata, tomei banho de sol como crocodilo, fui ganhando patas ágeis, corpos flexíveis.

Fui leopardo, tigre, antílope. Acho que tive o pescoço mais comprido do mundo, depois brinquei com a minha tromba, pensei em me ver no espelho e fiz muitas macaquices.

Dancei nos desertos como avestruz e, porque a sede bateu, fui camelo e me saciei no meu próprio reservatório.

Dei sustos, quando fui hipopótamo, brinquei bastante como foca, vivi bons momentos com rinoceronte e fico emocionado quando me recordo da minha vida de chinchila nas montanhas do Peru e do Chile.

Migrei como cegonha, vi Deus nos nascimentos.

O frio e o cansaço fizeram de mim um urso sonolento se preparando para hibernar.

Dormi o mais longo dos sonos e acordei pensando em continuar experimentando vidas irracionais.

Só que meu lado racional me mostrou os riscos que eu havia corrido. Os homens podiam ter acabado com a minha vida de hipopótamo, interessados na minha pele e no marfim dos incisivos. Podiam ter me fuzilado em plena dança de avestruz, visando minhas longas penas brancas para fazerem enfeites. Se me encontrassem como foca, ou me matariam para confeccionar roupas esportivas com a minha pele, ou me levariam para fazer gracinhas que dão dinheiro. Minha preciosa vida podia ter sido abreviada por um arpão.

Pobre de mim se tivessem me visto como chinchila, como leopardo, como irracional.

Corri sérios riscos de ser enjaulado, engaiolado, castrado, embalsamado. Como cegonha eu estaria migrando para o fim.

Por segurança, fui me levantando como ser humano e meu lado realista me disse: Muito cuidado com os homens!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

II Arrecadação da Campanha de Solidariedade 2010

Faixa no pátio externo da E.M. Dilermando Cruz (Imagem do meu arquivo pessoal)


Apesar da II Arrecadação da Campanha da Solidariedade de 2010 já ter iniciado desde a semana passada, inclusive, com entrega de doações angariadas em uma gincana escolar (turma da Prof.ª Anna Paula) e a sua divulgação nas turmas em que dei aula, podemos considerar, hoje, a sua data oficial, com a incursão dos alunos às salas de aula.

Segunda feira passada, dia 18, promovi uma rápida reunião, com a turma 1901, acerca de algumas questões relevantes e pendentes à II Arrecadação da Campanha deste ano, como por exemplo, a "Letina" (a mascote da Campanha), a arrecadação de brinquedos, a realização do Concurso de Poesia e de Desenho, entre outras. Discutimos e, como haveria de ser, as decisões foram postas à votação.

Alguns alunos levantaram a questão da inviabilidade do Concurso de Poesia e de Desenho, neste bimestre, mediante a proximidade do final de ano, a quantidade de concursos que muitos estão enfrentando (9° ano), assim como o esforço sobre-humano de outros que estão com rendimento escolar baixo e, agora, estão “correndo atrás”.

Na verdade, eu também estava preocupada, pois são dois concursos, sendo que o de desenho teria duas categorias em separado: a da Educação Infantil e a dos alunos do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental.

Além disso, o Concurso de Poesia envolveria uma Comissão de professores da escola (Língua Portuguesa) para análise e correção prévia das poesias. Apesar de que os mesmos sabiam das datas e concordaram em participar.

Levantada a questão e discutida em conjunto, a realização ou não do Concurso foi colocada em votação. E, por 32 votos contra 3, a turma decidiu pelo cancelamento do mesmo, neste ano.

No mesmo dia, comuniquei à Coordenadora Pedagógica da nossa escola, Prof.ª Márcia Ruggi, sobre a decisão da turma, pois a mesma já estava de posse do Regulamento do Concurso para análise e possíveis alterações quanto às datas estabelecidas e/ou outros aspectos pertinentes a este.

Sendo assim, o referido Concurso foi adiado para o próximo ano, mas a data ainda não foi definida.

Hoje, três grupos de alunos da turma (1901) foram de sala em sala para divulgar a II Arrecadação da Campanha. Dois grupos ficaram incumbidos de divulgar às turmas do II segmento, enquanto o outro grupo, fantasiado, percorreu as turmas do I segmento e da Educação Infantil.

Desta vez, eu consegui acompanhar - por alguns minutos - o referido grupo (fantasiado) e pude constatar a grande receptividade dos alunos menores a este.

Eles, ainda, ousaram e entraram na turma 1902, onde eu estava dando aula, para divulgar a Campanha de Solidariedade.

Bom, com perdas ou não, a II Arrecadação da Campanha de Solidariedade já começou! Esperamos a contribuição de todos.


Imagens tiradas no interior da E.M. Dilermando Cruz (arquivo pessoal)



Detalhe do grupo fantasiado






O grupo com a Prof.ª Verônica (Língua Portuguesa e Espanhol)






Da esquerda para direita: Lucas Melo, Juliana Pereira, Karlla Rodrigues, Raquel Santos, Thaynara dos Santos, Ana Carolinne e Letícia de Oliveira (abaixada)



Visita à turma da Prof.ª Andrea





Maiores detalhes






Visitação à sala da Prof.ª Eliane Castro



Visitação à sala da Prof.ª Thatiana



Visitação à turma 1902


domingo, 17 de outubro de 2010

Horário de Verão: 2010-2011

Imagem capturada na Internet (Fonte: Tê Pirata)

Daqui a menos de uma hora, isto é, à meia noite, os relógios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão ser adiantados em uma hora.

Este sistema chamado Horário de Verão visa promover a diminuição do consumo de energia no horário de pico, ou seja, no período de 19 a 21 horas, quando a iluminação pública é ligada e a maior parte das pessoas chega em casa, acende as lâmpadas, toma banho, liga o ar condicionado, ventiladores e outros produtos elétricos.

O governo federal visa gerar uma economia de 5% no consumo de energia, considerando todo o dia e não apenas o horário de pico.

Segundo o Secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a diminuição do consumo de energia durante o horário de pico será de 1.945 megawatts (MW), a qual equivale a duas vezes o consumo de Brasília (DF) no mesmo horário.

Já na região Sul, a redução da demanda – no mesmo horário - será de 585 MW, o que corresponde a 75% da demanda de Porto Alegre (RS) no mesmo horário.

Como muitos sabem, este sistema de Horário de Verão é alvo de críticas e de elogios, isto é, sujeito constante de reclamações, visto que para muitos a adaptação não se dá facilmente e, muito menos, de forma rápida.

Muitas pessoas passam o dia inteiro sonolenta, de mau humor, dor de cabeça, entre outros sintomas.

Estes problemas ocasionados pela mudança de horário são denominados - pelos especialistas - de desordem temporal interna.

Eu, particularmente, tal como já mencionei em outras matérias a respeito, gosto do horário de verão. Posso até sentir um pouco de sono no período diurno, mas eu gosto.

O fim do Horário de Verão será a zero hora do dia 20 de fevereiro de 2011.

Para saber mais sobre o Horário de Verão, quando foi implantado em nosso país e outras informações a respeito, releiam as antigas postagens sobre o tema nos dois anos anteriores. Clique nos anos: 2009 e 2008.

Curiosidade: Sufixos comuns em nomes de lugares



Imagem capturada na Internet



A curiosidade é grande e embora eu tenha já explicado para algumas turmas, achei melhor publicar no Blog a fim de esclarecer as dúvidas de outros.

Estou falando do emprego de sufixos, comuns, em alguns nomes de lugares (cidades, países etc.).

Como, por exemplo, muito lugares apresentam em comum o sufixo lândia (do inglês ‘land”), que significa "terra". Este sufixo é mais comum em nomes ocidentais, embora possamos encontrá-lo também no oriente.

Na maioria das vezes, estes foram adotados para designar territórios de determinados povos, mas podem ser atribuídos – em outros lugares - em função de religiosidade ou da abundância de algum recurso natural ou produto.

No Brasil, temos a cidade de Cafelândia (SP), que significa “terra do café” (minha tia Celina e família moram lá); Açailândia (MA), nome dado devido à grande quantidade de açaí que existia no município (terra do açaí); Analândia (SP), anteriormente este era denominado de Anápolis, mas seu nome mudou em 1944. É uma referência à padroeira do antigo povoado de Cuscuzeiro (e do atual município), Santa Ana (Sant'Ana), significando assim, “terra de Ana”.

Outros, mundialmente, conhecidos são Disneyland (em inglês) ou Disneylândia (terra do Disney, o seu criador) ou England ou Inglaterra (terra dos ingleses).

Vamos ainda encontrar: na Ásia, a Tailândia (terra dos tais) e a Suazilândia, na África (terra dos suazis).

No entanto, um outro sufixo desperta curiosidade maior, quando combinada com nomes de certos países... Trata-se do sufixo stão, empregado na denominação de alguns países da Ásia, os quais integram a Comunidade dos Estados Independentes (CEI, formada pelas repúblicas da antiga União Soviética), como o Cazaquistão, Quirquistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequestão.

Este sufixo (stão) tem contribuição da língua persa (stan), que também significa “terra” ou "lugar de". Sendo assim, respectivamente, estes países são terras dos cazaques, quirguizes, tadjiques, turcomenos e uzbeques.

Fontes:

. VITIELO, Márcio Abondanza, A Origem dos Nomes Geográficos - Revista Discutindo Geografia, Ano 3, nº 16 - Editora Escala Educacional;

. Wikipedia

sábado, 16 de outubro de 2010

Mensagem: O professor e Seus Nomes


Imagem capturada na Internet (Fonte: Badauê On Line)




O PROFESSOR E SEUS NOMES

Gabriel Perissé


De quantas formas podemos chamar um professor? E o que isso tem a ver com nossa imagem, nossa mentalidade profissional?

Maneira antiga era chamar a professora de "tia". Se a escola é continuação da família, a professora é a segunda mãe. Paulo Freire se revoltou: "tia não". Alunos não são parentes. Tia recebe presente, tia a gente não esquece, tia a gente respeita. Tia podia (hoje não pode mais) até dar umas palmadas, porque a mãe apoiava e até incentivava.

É comum entre alunos mais velhos chamar o professor de mestre. Mesmo que não tenha mestrado. O mestre tem respostas, conta parábolas, transmite conteúdos e experiências. Mesmo com doutorado, mestre será sempre mestre. Mestre tem algo de maestro, de harmonizador. Mestres mostram o caminho, merecem homenagem.

No internetês e no diálogo entre estudantes do ensino médio e universitários de hoje, professor é prof. Prof não é abreviatura. Não tem o ponto de prof., é interrupção abrupta, interrupção ou preguiça, ou então sinal de intimidade. Prof pode chegar ao mínimo, ao prô. Ser prô não diminui o professor. Prô vale para professora e professor, é unissex. Prô é do bem, é sangue bom. Com o prô ou com a prô a gente pode reclamar na boa.

Há ainda os que chamam professor de teacher. Mesmo que o aluno não saiba inglês, pede ao teacher alguma explicação. Teacher não é deste país, nem deste mundo. Engraçado alguém se referir ao teacher que ministra aulas de língua portuguesa...

E o professor que se chama professor. Professor porque sabe professar o que conhece. Há quem diga que professor é nome menor. O importante mesmo seria atuar como educador, porque educador vai mais longe, não está preso entre as quatro paredes da sala de aula.

Ou então chamemos o professor pelo nome de batismo. É o João, o Marcos, a Beatriz, a Inês, cidadãos dedicados à tarefa de ensinar. Dispensam títulos. Não serão "senhor" ou "senhora". Informalmente serão o que são, pessoas que descobriram sua vocação.

Não tenhamos medo da palavra "vocação". Vocare, no latim, é chamar. Professor é aquele que se sente chamado a dialogar com os alunos. Aluno, por sua vez, procede de outro verbo latino, alere, referente à alimentação. Aluno se alimenta das palavras do professor, de sua capacidade para transformar conhecimento próprio em descobrimento do outro.

Obs.: Grifos (em negritos) meus.

Mensagem: O Professor do Futuro

Imagem do meu arquivo particular




O PROFESSOR DO FUTURO

Gabriel Perissé


"Para ensinarmos um aluno a inventar precisamos mostrar-lhe que ele já possui a capacidade de descobrir" (palavras do filósofo-poeta Gaston Bachelard).

O professor, como os artistas, provoca o amor pelo conhecimento, um amor que já existia em nós, mas estava adormecido.

O professor, como os profetas, desencadeia um processo de descoberta pessoal que, por sua vez, ativa nosso poder criador.

Desencadear é retirar o cadeado.

O professor liberta seu aluno. E os melhores alunos largam as mãos do mestre, depois de descobrir sua capacidade de andar sozinhos, de correr sozinhos, de voar mais alto.

Muitos estudantes andam presos, e por isso deixam de andar. Estão paralisados pelo medo, pela falta de horizontes. Estão perplexos, olhando sem ver, ouvindo sem escutar, falando sem dizer, lendo sem entender, escrevendo sem pensar.

Muitos estudantes estão na cadeia do desânimo, não sabem abrir caminhos com a força dos seus passos.

Muitos estudantes são vítimas de uma reação em cadeia. Não agem, só reagem. Mal se defendem do mal. Passam de ano sem passar. Passam sem pensar. São passados para trás. Sem saber por quê, e por quem. Passam mas não ficam. Ou passam e continuam presos ao passado.

O professor do futuro (e do sempre) deve ensinar, no presente, não o método que passa (e até faz passar...), mas a alma que permanece.

Deve ensinar, não a única resposta certa em meio à múltipla desescolha, mas a capacidade de cometer erros criativos, de ver que um fracasso, didaticamente, vale mil sucessos.

Ensinar, não a opção correta, a única porteira pela qual a boiada passa, de cabeça baixa, para o matadouro, mas a coragem de pular no escuro (se for preciso), e com os olhos abertos.

Transmitir, não o conhecimento mastigado, a ração, mas despertar no aluno a vontade de mastigar por conta própria, de usar a razão, de saborear conhecimentos tradicionais e inéditos.

O professor do futuro ensina, não o caminho das pedras, mas o amor às pedras que existem em todos os caminhos.

O verdadeiro professor é um inspirador.

Suas aulas são poéticas, proféticas.

Não hipnotizam, acordam. Não cansam, desafiam. Não anestesiam, fazem refletir.

O professor inspira confiança, inspira o desejo de chegarmos a ser deuses.

O professor do futuro torna o futuro mais real que a banal ilusão... desilusão que alguns chamam de realidade.


Matéria publicada no site do próprio autor (Gabriel Perissé)

Dica de Site: Gabriel Perissé

Gabriel Perissé - Imagem capturada na Internet (Fonte: Ler, Pensar e Escrever)

Pesquisei, nos meus arquivos e na Internet, uma mensagem apropriada para o Dia do Professor. Queria uma mensagem que falasse sobre o seu real e importante papel e, ao mesmo tempo, confrontando ao do aluno, afinal é esta relação que permeia a Educação.
Na verdade, não basta apenas o professor, mas os alunos, seus responsáveis, a equipe administrativa, enfim, a escola como um todo. Mas, não restam dúvidas quanto à importância do professor como mediador do processo de ensino-aprendizagem.
E foi nesta busca, que encontrei o texto “O Professor do Futuro”, de autoria de Gabriel Perissé, nos meus arquivos, mas sem referência da fonte (coisas de Marli Vieira, por vezes, antigamente).
Além de escritor e autor de vários livros, Gabriel Perissé é formado em Letras e doutor em Filosofia da Educação (USP).
Procurei na Internet e encontrei o site do referido autor, onde há um amplo material (artigos, palestras, ensaios etc) acerca da Educação e sua ampla área de abrangência.
Adorei, pois de uma falha minha abriu-se um leque de textos, capazes de nos fazer refletir sobre a nossa vocação (professor), do nosso importante papel quanto à orientação aos alunos, que devem ser os agentes ativos da construção do próprio conhecimento, bem como de nossa relação com estes.
Em razão disso, antes de publicar o texto em questão, O Professor do Futuro, achei melhor indicar primeiramente o site. Vale a pena, conferir! O endereço é http://www.perisse.com.br/
Além do texto, por mim selecionado anteriormente, selecionei outro - do mesmo autor - bastante interessante. Ambos serão publicados, em seguida, nas duas próximas postagens.
Ah, já ia me esquecendo... O referido autor tem dois Blogs, sendo que um se encontra inativo. O antigo, que foi desativado, mas há como acessá-lo, ainda, é Ler, Pensar e Escrever. Já o atual Blog é intitulado Terapia Literária.

Dia do professor: Feriado Escolar

A Professora - Imagem capturada na Internet (Fonte: Google)


Pesquisei a respeito da origem do dia do professor e encontrei, no Portal da Família, uma referência a este. E lendo a respeito deste, pude descobrir que o Dia do Professor se tornou feriado escolar através do Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963, durante o governo do presidente João Goulart.

Sendo assim, estou transcrevendo - na íntegra - o artigo postado no referido site. Vejamos...

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Atrasada, mas não desistente!





Imagem capturada na Internet (Fonte: Google)



Mais uma vez, inicio uma postagem com os pedidos de desculpas, pois a minha intenção era aproveitar o dia de ontem para trabalhar no Blog, mas estive envolvida – por demais – com tarefas domésticas tanto dentro de casa quanto no comércio, fazendo compras para casa e para a minha mãe.

Inclusive, eu acordei na casa dela, na qual fui à noite no dia 14/10. Pois bem, levantei às 6h, tomei banho e café, tirei algumas medidas de portas e de janelas (friso de portas e cortinas), anotei os nomes dos remédios que eu teria que comprar e de outros produtos que estavam faltando.

Saí de lá às 9h e fui para a minha casa. Mudei de roupa e iniciei o almoço, enquanto aguardava a chegada do meu marido, que havia ido comprar alguns produtos no comércio. Assim que ele chegou e o almoço estava “praticamente” pronto, eu fui a Bonsucesso (banco, farmácias, comércio em geral). Eram mais ou menos 11 h e eu só retornei às 14h.

Almocei sozinha, mas assisti um filme na TV – Simplesmente amor - com os dois (meu marido e filha).

Descansei um pouco, enquanto assistia ao filme e, logo depois, voltei a sair para comprar o que ficou faltando. Desta vez, o bairro foi o meu mesmo: Penha.

Passei na casa da minha mãe às 18h30, quando deixei todas as compras dela. Voltei para casa às 19h, guardei as compras, tomei banho e fui preparar o lanche da noite.

Ontem, por conta do Dia do Professor, optamos por lanchar. Após lanchar e lavar a louça resolvi ir para o computador, mas o cansaço era muito e o sono também (na casa da minha mãe, eu havia ido dormir a 1 h da madrugada e acordei às 6h).

Por conta de estar com dores nas pernas (má circulação e o fato de ter andado muito) e dos cochilos na frente do notebook, resolvi dormir cedo.

Por esta razão, ontem, eu não postei nada e nem enviei mensagem alguma – aos amigos de profissão - pelo correio eletrônico.

As únicas pessoas, as quais pude cumprimentar pelo dia foram a minha irmã Roseli, que me ligou e a professora da minha filha, do primeiro segmento do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano), Leila Cazumbá, que encontrei na fila do banco.

Realmente estou em falta no Blog e com as pessoas. Mas, quem é professor sabe o quanto a vida dele é uma correria só. Se não bastassem as tarefas intrínsecas ao planejamento e à prática docente, quando há uma folga – tal como foi a de ontem e, principalmente, para nós mulheres – as atividades se voltam para a casa.

Realmente, a minha intenção era enviar alguns e-mails, assim como rascunhar e postar algumas matérias pendentes e uma especial acerca do Dia do Professor.

Rascunhar, eu rascunhei... Nada mais! Pois, como já mencionei, o cansaço geral imperou.

Por isso, embora com um dia de atraso, não vou deixar passar em branco a data comemorativa ao dia do Professor.

E, antes de qualquer referência a esta data e ao papel do professor, vale relembrar as palavras do escritor, educador e psicanalista Rubem Alves...


Quem não ama o que faz, dá pouco de si.

Não se esforça. Bate cartão, cumpre o protocolo.

O amor move gestos e intenções, em qualquer profissão.

Mais ainda naquelas em que se lida diretamente com pessoas.

Que são diferentes de livros, armários, números...

Amor é vital, no trabalho, na vida, em tudo.

Ao ver o rosto encantado e feliz da pequena aluna

sob o olhar atento e carinhoso da professora,

quem há de negar a importância do amor na educação?"

Rubem Alves


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Disque-denúncia: Furto da escultura Mulher da Luz



Chafariz danificado na Praça das Nações, em Bonsucesso (RJ).

Foto tirada em 13/10/2010 (arquivo particular)


Ontem, no intervalo de um turno para o outro (na hora do almoço), fui até Bonsucesso e pude constatar o roubo da escultura - intitulada Mulher da Luz - do chafariz na Praça das Nações.

Roubo este, publicado em diversas matérias jornalísticas e, inclusive, neste meu espaço. Até porque a E.M. Dilermando Cruz fica situada no mesmo bairro e a maioria dos membros de nossa Comunidade Escolar, com toda a certeza, conhece a Praça das Nações, em Bonsucesso, que margeia a linha férrea do ramal da Leopoldina.

De acordo com as matérias publicadas nos principais jornais do município do Rio de Janeiro, no dia 12 de outubro, a reposição de uma peça similar à escultura, caso a Prefeitura queira, pode custar R$ 50 mil aos cofres públicos.

De acordo com a reportagem publicada no jornal O Globo (12/10/2010 - página 20), a referida escultura - parte integrante do chafariz - em ferro fundido (datada de 1908), era única, não tendo nenhum molde. E, ainda, segundo a chefe da Divisão de Monumentos e Chafarizes, Vera Dias, a nova peça teria que ser feita com base em registros fotográficos.

Diante do fato ocorrido, das dificuldades e dos custos envolvidos em sua reposição, o Disque-denúncia (2253 1177) e os empresários da região estão pferecendo uma recompensa de R$ 3 mil por informações precisas quanto à localização da peça original.

Infelizmente, o roubo de peças em ferro fundido é algo bastante comum nos dias de hoje, mas quem sabe, ainda, teremos a sorte de encontrá-la através do Disque-denúncia, antes de que os criminosos repassem a peça e o futuro desta seja passar por um processo de derretimento.

Quem tiver alguma informação a respeito deste furto, contribua, denunciando e/ou indicando onde a mesma possa estar localizada.

Detalhe das duas bacias do chafariz - Foto tirada em 13/10/2010 (arquivo particular)





Praça das Nações, ladeada à direita pela estação ferroviária e do novo teleférico, que vai interligar a estação ferroviária até à Fazendinha.
Foto tirada em 13/10/2010 (arquivo particular)

domingo, 10 de outubro de 2010

Dicas de Exposição: Uma Pequena História do Playmobil

Imagem capturada na Internet



Um grupo de colecionadores de brinquedos da marca Playmobil estará realizando a segunda exposição dos brinquedos (a primeira foi em novembro do ano passado), de 18 a 30 de outubro no Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), em Bonsucesso.

Achei bastante interessante compartilhar esta dica de exposição, pois os brinquedos da Playmobil fizeram parte da infância de muitas pessoas, inclusive, a minha, pois estes foram criados na década de 70.

A temática da exposição vai retratar a história dos bonecos, como se deu a evolução dos brinquedos, que existem até hoje, desde o ano de sua criação (1974). No ano seguinte (1975), os brinquedos passaram a ser comercializados, em escala mundial.

Seu criador foi o alemão Hans Beck (1929-2009), que pôs em prática sua antiga ideia de criação diante dos problemas, pelos quais atravessa a empresa Geobra (Metallwarenfabrik Georg Branstatter), onde ele trabalhava como chefe de desenvolvimento e criação de brinquedos de plástico.

O momento de apostar em novas modelos de brinquedos de plástico era crucial e arriscado, ao mesmo tempo, pois o mundo todo se encontra em plena crise do petróleo (iniciada em 1973, no Oriente Médio). E, como muitos sabem, o plástico é derivado do petróleo e, na época, o preço do barril de petróleo foi praticamente quadruplicado.


Hans Beck - Criador dos brinquedos Playmobil (Fonte: Últimas Notícias - UOL)


Assim, foram criados os pequenos bonecos de plástico da marca Playmobil...

Estes têm como características peculiares: material plástico bastante resistente, o tamanho em 7,5 cm, as mãos em forma de U e cabelo destacável.

No início, os modelos eram simples, mas já eram temáticos (os índios norte-americanos, operários e cavaleiros da Idade Média).

A marca oferece, além dos bonecos articulados, outros acessórios, bem como diversos cenários, os quais instigam a imaginação das crianças, mas os ícones da empresa são os pequenos bonecos.

Para saber mais sobre a marca, acessem o Mundo das Marcas. Só há uma controvérsia quanto à data de lançamento dos brinquedos (a não ser que este último esteja se referindo em termos mundial).

A esposição na UNISUAM vai possibilitar a muitos, crianças, jovens, adultos e até idosos, a oportunidade de ver uma parte deste mundo Playmobil. Ainda, no final do ano, a partir do dia 6 de novembro (mês de aniversário da marca), haverá uma exposição intitulada "A história do Homem", com os mesmos bonecos da Playmobil, no Museu Militar Conde de Linhares, em São Cristóvão (mesmo local do evento de 2009).

Fica assim, uma dica de atividade cultural e de recordações da época de criança para muitos.

Paralelamente, no mesmo espaço, haverá outra exposição de importância também singular, Brincando de Reciclar.

Exposição: Uma Pequena História do Playmobil e Exposição Brincando de Reciclar;

Local: Centro Cultural UNISUAM (Avenida Paris, 72, Bonsucesso, Rio de Janeiro);

Data: de 18 a 30 de outubro de 2010;

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 10h às 20h; sábados das 9h às 14h;

Preço: Entrada Franca;

Classificação Etária: Livre;

Telefones para Informações: (21) 3882 9917;

Site: www.unisuam.edu.br/ccult


Fonte: G1 Globo.com













Obs.: Todas as imagens acima foram capturadas de diferentes fontes na Internet.