quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tragédia na Região Serrana: o número de mortos aumenta a cada dia

 Teresópolis - Imagem capturada na Internet
 (Fonte: Último Segundo - Foto: Marino Azevedo/AP Photo)


De acordo com o que foi noticiado no Portal G1, ontem, o número de vítimas das últimas chuvas e deslizamentos que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro é de 841 mortos. Infelizmente, este número tende a crescer, uma vez que as autoridades locais contabilizaram mais de 500 pessoas desaparecidas.

O município mais atingido foi o de Nova Friburgo, com 401 mortos, seguido por Teresópolis (344), Petrópolis (67), Sumidouro (22), São José do Vale do Rio Preto (06) e Bom Jardim, com uma vítima fatal.

De acordo com a Defesa Civil Estadual, os desabrigados, ou seja, aqueles que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos chegam a 12.293 pessoas e os desalojados, aqueles que estão na casa de vizinhos ou familiares, é na ordem de 12.281.

A situação geográfica (serra), o sítio das cidades (nos vales), a declividade e as condições do solo e meteorológicas (pluviosidade elevada) associadas à estação do ano constituem elementos favoráveis para o desencadeamento de desastres naturais e sociais, tendo em vista a ocupação humana e, principalmente, desordenada nas áreas afetadas.

Como podemos verificar, a quantidade de água não só atingiu as encostas e as moradias construídas nestas ou no sopé destas, como o seu fluxo intenso e a grande velocidade varreram todo o curso dos rios e riachos, localizados no vale, destruindo totalmente e/ou parcialmente áreas de cultivos e habitações ao longo deste.
A força da enxurrada foi tão violenta que alterou a geografia da maior parte dos pontos atingidos na Região Serrana, modificando o curso dos rios, preenchendo vales com lama (sedimentos) e abrindo cicatrizes nas encostas. Os engenheiros do Exército (Instituto Militar de Engenharia - IME) estão trabalhando no mapeamento das áreas, identificando os pontos críticos, a fim de estabelecer medidas na solução dos problemas.


Teresópolis - Imagem capturada na Internet
(Fonte: Último Segundo - Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo)



Só para se ter uma ideia da gravidade, o Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres da Organização das Nações Unidas (ONU), sediada na Bélgica, classificou o desastre natural e social da Região Serrana do Rio de Janeiro entre os dez piores deslizamentos do mundo nos últimos 111 anos. Este também foi considerado o segundo maior do mundo no último ano, o terceiro maior da década e o pior de toda a história do Brasil .

A constatação dos especialistas, segundo a publicação na Revista Veja, não é novidade para muitos brasileiros, mesmos aqueles desprovidos de conhecimento técnico e científico. Segundo os mesmos, problemas semelhantes ao que aconteceu na Região Serrana do Rio já vêm sendo registrados, há anos, em outros pontos do território brasileiro e as explicações incidem na “falta de vontade política e de investimentos”.


Isso não é novidade para ninguém. Eu só acrescentaria ainda a falta der conscientização da população, que mesmo tendo conhecimento a diversos eventos similares, insistem em sobrepor às condições geológicas e naturais do terreno, impróprias, para a ocupação humana, construindo moradias a revelia dos riscos reais e de sua sobrevivência (e de seus familiares).

Como era esperado, os problemas de saúde começaram a ser registrados nos municípios afetados pela tragédia. Já foram registrados seis casos de leptospirose, doença provocada pelo contato com a urina de rato, sendo cinco casos em Nova Friburgo, município mais afetado pelos deslizamentos (e com o maior número de mortos) e um caso em Teresópolis.

Além disso, a população principalmente de Nova Friburgo vem sofrendo problemas respiratórios em consequência da poeira suspensa no ar, nas principais via de acesso e de trânsito, pois como tempo está seco, a lama que encobriu a cidade gerou uma densa poeira. Para evitar maiores complicações, muitas pessoas estão fazendo uso de máscaras.

Até quando veremos casos iguais a estes que aconteceram na Região Serrana do Rio? Eu mesma presenciei e registrei neste espaço, post do dia 15 do m6es em curso,  situações de risco em Penedo, distrito do município de Itatiaia, localizado na região sul do estado. Quais foram as medidas tomadas pelo Poder Público a fim de evitar novas tragédias? Nenhuma! Até porque o que está em jogo é o poder do dinheiro, o poder econômico do turismo e das construções de chalés e hotéis para os inúmeros turistas que para lá se dirigem.

Até quando, vamos presenciar tal imprudência, descaso e insensatez?


Fontes:

. Portal G1 (diversas edições)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Aniversário da Cidade de São Paulo: 457 anos de existência e desenvolvimento

Pátio do Colégio - considerado a primeira ocupação da cidade  - Imagem capturada na Internet (Fonte: Portal de São Francisco)



Hoje, São Paulo, a maior cidade (e capital) do Brasil está completando 457 anos. E eu não poderia deixar de comentar no Blog, pois tenho um carinho muito especial pela cidade.

Minha mãe nasceu no estado (em Chavantes) e morou na capital por muitos anos até casar com o meu pai e vir morar no Rio de Janeiro. Daí, a razão de eu ser “carioca da clara” (apenas um dos pais é carioca).

Durante a minha infância e adolescência, todo ano era sagrado, passávamos as férias de janeiro em São Paulo, mais precisamente no bairro de Vila Mariana.

Durante o período da faculdade, além de participar de Congressos e Simpósios ligados à Geografia e Geologia, fiz dois cursos de Extensão Universitária na Universidade de São Paulo (USP): “As Estruturas da Cobertura Pedológica” e “Fundamentos de Geologia do Quaternário”.

Na verdade, eu adoro o ritmo da cidade, de sua população. Por isso, morar em São Paulo não seria problema nenhum para mim... Eu adoraria ter esta experiência.
 Infelizmente, a cidade vem sendo castigada com as chuvas e alagamentos, com registro de vítimas fatais. Ela não é a única a sofrer com as águas pluviais...

Mas, o seu ritmo alucinante, a “correria” das pessoas nas ruas, a gastronomia diversificada, o coração financeiro do país, as diferentes opções de eventos culturais espalhados pela cidade, a poluição e os engarrafamentos, os prédios e suas casas conjugadas, a maior comunidade de japoneses fora do Japão, entre outros aspectos dão a São Paulo um diferencial jamais comparável à outra cidade brasileira. Parabéns, São Paulo! Com todas qualidades e adversidades, hoje, você merece as comemorações... pela sua história e seu cotidiano.

Para conhecer um pouco de sua história, acesse Cidade de São Paulo ou o Portal São Francisco.

Além do aniversário da cidade (25 de janeiro de 1554), hoje é comemorado o dia do Padroeiro de São Paulo, ou melhor, dos padroeiros, pois até o início de 2008, a padroeira da cidade era Sant'Ana, mas a pedido do cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Pedro Scherer, o Vaticano – na época - aceitou que o apóstolo São Paulo fosse também o padroeiro da Arquidiocese e da cidade.

E por falar nisso, a origem da confusão que existe quanto ao aniversário da cidade do Rio de Janeiro reside sob este contexto, pois temos duas datas distintas: uma dedicada ao santo padroeiro que é São Sebastião, cuja data é 20 de janeiro e, a outra, consiste na data de fundação da cidade (Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro), que é comemorado no dia 1º de março (1565/446 anos em 2011).




Música que eu considero um hino para São Paulo...


SAMPA
 (Compositor e cantor: Caetano Veloso)

Alguma coisa acontece no meu coração

Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi

Da dura poesia concreta de tuas esquinas

Da deselegância discreta de tuas meninas


Ainda não havia para mim Rita Lee

A tua mais completa tradução

Alguma coisa acontece no meu coração

Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João


Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto

Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto

É que Narciso acha feio o que não é espelho

E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho

Nada do que não era antes quando não somos mutantes


E foste um difícil começo

Afasto o que não conheço

E quem vende outro sonho feliz de cidade

Aprende depressa a chamar-te de realidade

Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso


Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas

Da força da grana que ergue e destrói coisas belas

Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas

Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços

Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva


Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba

Mais possível novo quilombo de Zumbi

E os novos baianos passeiam na tua garoa

E novos baianos te podem curtir numa boa




São Paulo - Imagem capturada na Internet (Fonte: R7 Notícias -
Foto por Streeter Lecka_Getty Images)

E.E.E.S. Clóvis Beviláqua: Mais uma escola supletiva fecha suas portas.


Escola da rede municipal onde funciona a E.E.E.S. Clóvis Beviláqua (Foto do meu arquivo particular)

 Embora, tenha dito – na postagem anterior - que eu estava retornando às atividades no Blog, outros fatos desagradáveis aconteceram impedindo-me de cumprir com o prometido. Inclusive, eu iria postar a respeito disso, mas acabei adiando pelo motivo do mesmo ter tomado outro rumo.

Bom, trata-se da minha antiga escola noturna. É, antiga sim, e eu vou explicar!

Em dezembro passado, durante o Conselho de Classe, nós professores da E.E.E.S. Clóvis Beviláqua soubemos que mais uma turma seria dissolvida para o ano de 2011 e, sendo assim, nós deveríamos procurar outra Unidade Escolar a fim de complementação da carga horária.

Na verdade, a utilização do nosso espaço escolar é compartilhada com a rede municipal de ensino, pois a escola – no período do diurno – é de responsabilidade do município. Nós utilizamos o mesmo espaço, à noite, através da Secretaria Estadual de Educação (eu desconheço os trâmites entre as duas redes de ensino).

Como eu vim remanejada para o município do Rio de Janeiro por Amparo Especial devido aos problemas de saúde de minha mãe, a notícia foi a pior possível, uma vez que seria impraticável dar aula em três escolas noturnas (já dava aula em duas escolas) conciliando os horários que eu cuido e durmo na casa dela.

Do mesmo jeito que ficou ruim para mim, outros colegas também ficaram apreensivos com a situação criada (menos turmas em 2011).

Eu consegui os 12 tempos em uma escola também na modalidade de Supletivo (noturno), perto de casa, tal como almejo em virtude dos cuidados da minha mãe. Ficou tudo acertado no início de janeiro.

No mesmo dia que resolvi a minha "adequação funcional" em outra Unidade Escolar, nós soubemos, tanto a diretora quanto os profissionais presentes,  que o prédio da escola vai ser demolido para a construção de uma nova estrutura, inclusive, com creche. Muito bom, pelo menos para a rede municipal. Mas, quanto à escola noturna (estadual), as obras se converteram no seu fim, pois ela não vai voltar a funcionar à noite. A E.E.E.S. Clóvis Beviláqua está com os seus dias de existência contados. Já haviam rumores acerca desta obra desde o ano passado, mas não sobre o fechamento da escola supletiva.

Todos os profissionais sejam da administração, de apoio e os professores foram alocados para a E.E.E.S. Walt Disney, situado no bairro vizinho, Ramos.

Bom, para o meu lado, as coisas também começaram a desandar... Eu estava certa da minha transferência para uma escola perto da minha casa, quando soube por telefone – no hospital (minha mãe esteve internada devido a uma infecção urinária durante o período de 11 a 19 de janeiro) – que eu havia perdido a vaga na referida escola. Meu mundo caiu...

Pensei que a novela tinha acabado com um final feliz, mas que nada! E, nesta altura do campeonato, achar outra Unidade Escolar em condições iguais ou próximas, com os 12 tempos, em local de fácil acesso e sem ser área de risco era algo impossível.

Detalhe, nem a E.E.E.S. Walt Disney tinha os 12 tempos de Geografia. Além disso, esta se localiza mais distante da minha casa e é de difícil acesso devido ao transporte coletivo (no meu caso).

Bom, a minha vida tomou um sabor de tristeza, muito suor e desespero. Por fim, consegui adequar os meus horários em duas escolas, de Ensino Médio, uma bem pertinho de minha casa (não sendo preciso pegar transporte nenhum) e a outra, em outro bairro mais distante, porém no horário da tarde.

Sinto muito pelos alunos da E.E.E.S. Clóvis Beviláqua. Acredito que muitos migrarão para a E.E.E.S Walt Disney, porém outros não poderão dar continuidade nesta, pois moram mais longe e a localização da nova escola aumenta ainda mais a distância para estes. Eles devem procurar outra Unidade Escolar que ofereça o Ensino Fundamental à noite (Educação de Jovens e Adultos - EJA), jamais desistir de estudar!

As escolas supletivas mais próximas, que eu conheço são estas, abaixo relacionadas. Devem existir outras, com certeza! Fica aí como uma dica:

. Escola Estadual de Ensino Supletivo Berlim

Rua Noêmia Nunes, 20 - Olaria;

. Escola Estadual de Ensino Supletivo Conde de Agrolongo

Rua Conde de Agrolongo, 1246 - Penha;

. Escola Estadual de Ensino Supletivo Chile

Praça Belmonte, 15 - Olaria;

. Escola Estadual de Ensino Supletivo Professor Souza Carneiro

Rua Califórnia, 255 - Penha.


Embora, a minha passagem na referida escola tenha sido curta, desde outubro de 2009, eu gostava muito da escola, do pessoal administrativo, dos colegas (professores) e dos alunos. É uma pena que as escolas supletivas estejam fechando. Eu ouvi e, por isso, não posso afirmar, que muitas escolas da mesma modalidade estão sendo dissolvidas por falta de aluno ou número muito baixo de matriculados. Qual será a razão desta evasão? Eu desconheço!
 
Imagens do prédio da E.M. Clóvis Beviláqua, onde funciona a escola supletiva de mesmo nome no período noturno (fotos do meu arquivo paeticular).
 
 






sábado, 15 de janeiro de 2011

Postos de Arrecadação de donativos para a Região Serrana do Rio de Janeiro

Teresópolis - Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra - Foto: Prefeitura Teresópolis)



Como estamos em férias escolares, eu não posso iniciar uma Campanha de Arrecadação de donativos junto à comunidade interna da E.M. Dilermando Cruz (Bonsucesso, município do Rio de Janeiro), como sempre fiz em outros eventos ligados aos desabrigados pelas chuvas (Niterói, Duque de Caxias, Campos e outros municípios do estado).

No entanto, faço deste espaço um meio de convocar os alunos e responsáveis a aderirem ao sentimento solidário do povo do Rio de Janeiro e, do brasileiro, em geral, a enviar donativos aos postos de arrecadação espalhados em nosso município.

A Comunidade Escolar da E.M. Dilermando Cruz já provou, há anos, o quanto é solidária, participando sempre das nossas campanhas anuais para duas instituições ligadas ao tratamento de câncer.

Infelizmente, o cenário de devastação, de perdas humanas e materiais é algo assustador. Não vamos ficar de braços cruzados, acompanhando as últimas notícias pela TV. O mínimo que fizermos em prol da população da Região Serrana afetada pelas chuvas já faz uma grande diferença. Não só para nós, que doamos, mas e principalmente, para aqueles que recebem.

Por isso, peço aos alunos que incentivem, falem com os seus responsáveis e façam as suas doações. Outros produtos foram divulgados na última edição do telejornal: velas (e fósforo, é claro!), papel higiênico, fralda descartável, brinquedos e remédios. Vamos ajudar!

Segundo o Portal G1 (Globo), os principais postos de arrecadação dos donativos são:

. Polícia Militar: todos os batalhões da PM do estado do Rio de Janeiro;

. Rodoviária Novo Rio: No horário das 9h às 17 h, a Rodoviária Novo Rio receberá os donativos no piso de embarque inferior (as doações são para a Cruz Vermelha);

. Viva Rio: O endereço da ONG é Rua do Russel, 76, Glória. Para mais informações, ligar para os telefones (21) 2555-3750 e (21) 2555-3785.

. Supermercados: Alguns supermercados montaram postos de arrecadação, como os estabelecimentos do grupo do Pão de Açúcar, ABC Compre Bem, Sendas , Extra e Assaí. Os donativos serão entregues até 26 de janeiro.

. Polícia Rodoviária Federal: quatro postos estão recebendo os donativos de alimentos e produtos de higiene pessoal. Dois deles vão funcionar 24 horas, um deles foi nstalado na Rodovia BR-116, na altura do pedágio da Rio-Magé e, o outro, na BR-101, no trecho de Casimiro de Abreu. Outros dois postos funcionarão das 8h às 17 horas e se encontram localizados na Rio-Petrópolis e na Rodovia Presidente Dutra.

. Metrô do Rio de Janeiro: em parceria com a ONG Viva Rio, o metrô do Rio está recolhendo as doações em 11 estações das Linhas 1 e 2 (Carioca, Central, Largo do Machado, Catete, Glória, Ipanema/General Osório, Pavuna, Saens Peña, Botafogo, Nova América / Del Castilho, Siqueira Campos).

. Postos da Petrobras: os postos, abaixo relacionados, estão recebendo doações de água mineral, alimentos não perecíveis, produtos de higiene e de limpeza.

- Posto Bracarense: Avenida Oswaldo Aranha, 11 - Praça da Bandeira - Rio de Janeiro - RJ

- Posto Hilário de Gouveia: Avenida Atlântica, s/n - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ

- Posto Alvorada Rio: Av. Ayrton Sena, 2541, lote 2 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ

- Posto King Kong: Rua Visconde do Rio Branco, 756 - Centro - Niterói - RJ

- Posto Chefão Caminhoneiro de Itambi: Rodovia BR 493, lotes 20 1 30Q, Km 4,5 - Itaboraí - RJ

Tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro


Teresópolis - Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias R7


Atualização às 22h10 (anexação de imagens de Penedo)


Há tempo estou para reiniciar as minhas postagens no Blog, mas o tempo escasso não me permitiu tal feito até então.

Muitos devem ter observado que o número de publicações no Blog caiu desde dezembro, mas além de estar, realmente, super atarefada com o final do ano letivo em três escolas, as quais – juntas – totalizavam 16 turmas, eu tive 6 (seis) Conselhos de Classes, dois deles após o período de reforço (recuperação).

Além desta falta de tempo, eu estava fazendo um curso on line, o qual – por sorte minha – prorrogou o prazo da entrega do trabalho final para o dia 10 de janeiro (eu terminei exatamente neste dia).

As minhas últimas postagens de dezembro (2010) e a primeira e anterior a esta, já em 2011, foram em cima de mensagens, nas quais não me estendi muito ou nada comentei. Agora, espero retornar de vez e no mesmo ritmo de antes.

Contudo e, infelizmente, este meu retorno junto a este espaço é marcado pela tragédia – digamos, já anunciada há muito tempo – acerca dos recentes deslizamentos e mortes na região serrana do Rio de janeiro em face das chuvas ininterruptas, as quais não são novidades nesta época do ano.

Até o final da manhã, o número de mortos na região serrana do Rio de Janeiro, divulgado nas mídias, já totalizava em 555 pessoas.

Mais uma vez, as chuvas no estado colocam à prova a vulnerabilidade e susceptilidade do terreno em face de topografia acidentada, a própria instabilidade do solo e a ocupação desordenada. Não há como dissociar um destes fatores.

Na verdade, a combinação deles acrescido, sobretudo, pela falta ou pouco investimento em políticas públicas voltadas pata a prevenção e/ou remoção da população de áreas de riscos justifica tamanha destruição e o grande número de óbitos. Infelizmente...

O inacreditável é assistir diversas discussões e debates em cima da tragédia entre as autoridades do poder público, ano após ano, quando sabemos que – há tempo – diferentes especialistas – principalmente - na área de geotecnia já haviam alertado quanto às características naturais do terreno (declividade, instabilidade e composição do solo) e os riscos reais quanto à ocupação do homem sob uma situação de chuvas intensas e/ou de baixa intensidade, porém permanente (considerada a pior devido ao saturamento do solo).

A região serrana do Rio de Janeiro localiza-se ao norte do estado e faz fronteira com o estado de Minas Gerais. A referida região político-administrativa é constituída, segundo a Fundação CIDE (Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro), por 14 municípios, a saber: Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Nova Friburgo, Petrópolis, Santa Maria Madalena, São José do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Sumidouro, Teresópolis e Trajano de Moraes.

Dentre estes municípios, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis se destacam não só em termos econômicos e demográficos (mais populosos), como também pela potencial turístico (clima ameno e beleza natural da Serra dos Órgãos) e acervo histórico, sobretudo, Petrópolis (conhecida como Cidade Imperial) e Teresópolis (nome em homenagem a Imperatriz Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II).

Não quero dizer com isso que os demais municípios (e seus distritos), situados na mesma região político-administrativa, não apresentem estes atrativos. Não se trata disso, mas sem dúvida nenhuma, estes três municípios se sobressaem. E foram os mais castigados pelos efeitos das últimas chuvas (embora outros da mesma região administrativa tenham sofrido os mesmos problemas, como Sumidouro, São José do Rio Preto e Bom Jardim).

A manchete de um dos jornais de grande circulação no estado do Rio de Janeiro trazia o seguinte título: “A dor que une pobres e ricos”. Não resta dúvida, pois neste cenário, ambas as categorias são atingidas, afinal o que há em comum e grave é a ocupação em locais considerados de alto risco, sejam estes localizados no alto ou no sopé da encosta (ou ainda ao longo do vale).

No entanto, o volume e a força das águas foram, ao mesmo tempo, impressionantes e assustadores, nunca vistos na proporção que ocorreu nos três municípios mais afetados pela chuva, cujos sítios urbanos contribuíram para a devastação. Acredito que não houve nada igual em todo o estado do Rio de Janeiro.

Não houve quem não se comovesse com a cena de resgate de uma senhora, de 52 anos, do terraço de sua casa, a qual estava preste a ser levada pela correnteza das águas, no município de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do estado.

Não precisamos de mais eventos meteorológicos para atestar que a geografia e as condições do solo em nosso estado são vulneráveis e susceptíveis à erosão, deslizamento e outros movimentos de terra, os quais se tornam mais agravantes quando se verifica ocupação humana desordenada em áreas de riscos.

Neste momento, atribuir a culpa é uma questão fácil, mas não devemos esquecer que a responsabilidade é de muitos. É evidente que cabe ao governo e suas secretarias específicas vistoriarem e coibirem à expansão mobiliária e/ou a invasão de terrenos em situação de risco, mas a participação da população também se torna relevante e imprescindível, não só denunciando, discutindo e conscientizando, como também evitando migrar e fixar residência em áreas potencialmente instáveis.

Mas, a falta de controle e a especulação imobiliária (construções da chamada “segunda residência”, hotéis e pousadas) acabam mantendo este tipo de uso e apropriação do solo, transformando os desastres naturais em desastres sociais.

Só para se ter uma ideia, em dezembro passado, eu, meu marido e nossa filha fomos conhecer Penedo, distrito do município de Itatiaia (antes, Penedo pertencia ao município de Resende), na região sul do estado do Rio de Janeiro, antiga colônia finlandesa.

Sua vocação é estritamente turística, sendo caracterizado por muitas pousadas, hotéis, restaurantes e diversos serviços para atender os inúmeros turistas e casais em lua de mel que por lá visitam ou passem temporadas.

Enquanto o meu marido e minha filha foram cavalgar, eu aproveitei para caminhar e conhecer outros lugares fora do eixo central de Penedo. E, como era de se esperar, vi muitas encostas ocupadas, principalmente, por chalés (pousadas) e em alguns pontos próximos, registro de deslizamentos.

Observem algumas imagens de Penedo (tiradas em dezembro de 2010 - imagens do meu acervo particular) e a localização de determinadas pousadas e residências. Mais adiante, registrei dois focos de deslizamentos na parte inferior da encosta, o que evidencia a vulnerabilidade e susceptilidade do terreno a movimentos de terra.









Será que após tantos casos de deslizamentos, enchentes, alagamentos e outros processos, a maioria desencadeados de forma devastadora devido a interferência antrópica (homem), as instâncias governamentais responsáveis, tanto na esfera municipal, estadual e federal, não aprenderam que é melhor prevenir para que outros eventos não venham ocorrer de forma drástica?

Só em andar em Penedo, eu pude observar estas evidências de processos erosivos ligados à ação das águas pluviais (chuvas) nas encostas e, mais agravante, a existência de pousadas nas proximidades destas, configurando-se como um problema ambiental e social. Daí, eu afirmar no início deste, que estes eventos e seus respectivos efeitos são “tragédias já anunciadas”. Só não vê quem tem interesses particulares, meramente gananciosos, que sobrepõem à integridade da vida humana.

Será que a catástrofe na Região Serrana do Rio estabelecerá novos rumos nas políticas públicas, visando a prevenção e medidas corretivas aos atuais níveis de degradação ambiental e à ocupação desordenada nas encostas?

Será que as atuais políticas públicas na área de habitação e de saneamento básico passarão a ser estendidas a todos, os cidadãos, tal como deveria ser regra?

Todos sabem que remover a população de áreas de riscos não traz votos, pelo contrário, esta política se opõe aos interesses de ambas as partes. Mas, permitir que mais mortes ocorram é de uma irresponsabilidade absurda! É preciso que o poder público adote medidas sérias, preventivas e corretivas, de forma urgente e a população não só se conscientize quanto a esta necessidade, mas também participe, denunciando e discutindo.

Precisamos mudar este cenário ou, pelo menos, evitar mais perdas humanas, materiais e econômicas, todos os anos, durante o verão.

No momento, o que podemos fazer - ao invés de ficarmos de braços cruzados - é sermos solidários, fazermos o mínimo, pelo menos, encaminhando donativos aos diversos desabrigados da região Serrana ou doando sangue no Hemorio.

De acordo como o que foi noticiado nos principais meios de comunicação, a população das áreas afetadas está precisando de doações de água mineral, alimentos, roupas, cobertores, colchonetes, produtos de limpeza e de higiene pessoal.

Façamos a nossa parte para aqueles que perderam tudo, seus entes queridos, bens materiais e, quem sabem, até os sonhos.



Covas no cemitério municipal de Teresópolis - Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra - Foto: Reinaldo Marques/Terra




Teresópolis - Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra - Foto: Vanderlei Almeida/AFP)



Teresópolis - Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra - Foto: Vanderlei Almeida/AFP)




Teresópolis - Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra - Foto: Antonio Lacerda/EFE)




Nova Friburgo - Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra  - 
Foto: Marino Azevedo/Divulgação)




       Nova Friburgo - Imagem capturada na Internet 
           (Fonte: Terra - Foto: Ivaldo Anastácio/Futura Press)




Nova Friburgo - Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra - Foto: Shan Reis/EFE)




Nova Friburgo - Imagem capturada na Internet   (Fonte: Terra -
Foto: Reinaldo Marques/Terra)







Nova Friburgo - Imagem capturada na Internet
(Fonte: Terra - Foto: Reinaldo Marques/Terra)




Nova Friburgo - Imagem capturada na Internet

(Fonte: Terra - Foto: Antonio Lacerda/EFE)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mensagem: Ano Novo, Vida Nova!



  
Imagem capturada na Internet (Fonte: Stock.XCHNG)




ANO NOVO, VIDA NOVA!

Todo mundo sempre costuma repetir:

"Ano-novo, vida nova".

Mas até que ponto sabemos realmente medir o peso desta afirmação
e a colocamos em prática?

Se no ano que passou,

você não conseguiu atingir suas metas,

concretizar sonhos, acumulou mágoas

e não superou desafios inesperados,

agora é a hora de abrir as janelas da mente e do coração
para o futuro.

É importante captar mensagens externas
e não esquecer de olhar para dentro de si
porque o caminho para uma vida nova passa,
 impreterivelmente,
por nosso universo interior.

A mutação de seu momento atual,
enfim,
 depende exclusivamente de você.
Depende do seu trabalho mental,
em acreditar e realizar.

Nada, nem ninguém poderá fazer isso por você.

A ajuda pode, sim, vir de fora,
mas o impulso deve partir de você.
Independentemente de sua situação atual.

Em primeiro lugar, questione com honestidade:

"Eu realmente quero mudar minha vida?"

Se a sua resposta for afirmativa,
então é hora de mexer-se
porque o ano-novo está aí.

Para que isto dê realmente certo, é necessário,
antes de tudo,
 se permitir mudar.

O próximo passo é derrubar aquelas barreiras internas tão prejudiciais,
como o preconceito consigo próprio, o medo, a inveja e o rancor.

E, não esqueça,
o mundo ao seu redor apenas reflete
o que você é.

Feliz Ano Novo!!!