domingo, 1 de maio de 2011

O Poder da Mídia na Globalização

 
Imagem capturada na Internet (Fonte: Elo Mídia)
 
Atualizado em 01/12/2013 às 20:00h

Uma das características do processo da Globalização é a integração dos mercados com expansão de grandes multinacionais. Inclusive, no post anterior foi mencionado os problemas gerados na matriz de determinadas empresas japonesas, como a Toyota, Honda e Nissan - em consequência do terremoto seguido por tsunami - e os efeitos nas suas respectivas filiais, sobretudo, aquelas localizadas na América Latina.

Neste post, o foco é a propaganda, o marketing, estratégia bastante utilizada pelas grandes empresas face à concorrência no mercado e a política visando o aumento das vendas dos produtos.

Nós já falamos em sala de aula a respeito do marketing (propaganda), dos altos investimentos aplicados e da força de convencimento que esta adquire nas mídias sobre os consumidores.

Pois bem, como sugestão de leitura, indico o texto abaixo para os alunos do 8º e 9º Anos.


O Poder da Mídia na Globalização
 
Todos os homens são iguais perante Deus
E sem uma boa agência de propaganda,
todas as margarinas também.


As duas marcas de margarina mais vendidas no Brasil são praticamente idênticas no sabor e na cremosidade. Só que, curiosamente, uma delas vende quase o dobro da outra.

Como se leva o consumidor a preferir uma margarina, um shampoo, uma cerveja, ou qualquer outro produto, entre tantos tão iguais?

Sim, porque por mais dinheiro que se invista, nenhum laboratório de pesquisas do mundo seria capaz de criar diariamente um novo diferencial para a margarina.

Acontece que a comunicação pode.

Ela é, aliás, a maneira mais eficaz e poderosa de se criar o desejo de compra nas pessoas. E com uma enorme vantagem de custo.

É por isso que comunicação e marketing se transformaram nas atividades mais importantes de uma empresa.

Mais importantes que o produto, preço, distribuição, que, sozinhos, seriam incapazes de gerar volume de vendas. Mais importantes que a fábrica. (Nike é líder mundial e não possui uma fábrica).

Mais importantes até que a própria empresa. (O Laboratório Fontoura fechou há uma década, mas suas marcas Biotônico Fontoura e Detefon continuam sendo vendidas até hoje.)

Só que quem pode entender de óleos vegetais e hidrogenados e, ao mesmo tempo, cuidar da comunicação de uma marca? Qual a empresa que pode pensar criativamente o seu próprio produto, pensar nele conceitualmente, com uma visão menos afetiva e incestuosa, e muito mais realista?

É aí que nasce a relação entre uma empresa e uma boa agência de propaganda, talvez a parceria mais importante na história de qualquer produto vitorioso, de qualquer companhia de sucesso.

Se uma marca só pode acontecer através de uma boa comunicação, uma boa comunicação só pode ser produzida por uma boa agência e uma boa equipe.

Afinal, são essas pessoas que passaram dezenas de anos lidando com o marketing de grandes empresas. Aprenderam com a experiência o que funciona ou não. Já gastaram milhões de dólares testando novas idéias. E é por isso que ninguém como eles consegue fazer duas margarinas parecerem tão diferentes.

Talvez isso explique o respeito e o forte relacionamento de anos de uma Gessy Lever — fabricante da líder Doriana — com a sua agência de propaganda. Bem como tantos outros exemplos que se vêem no mercado.

Se você tem uma boa agência de propaganda, aprenda a utilizá-la. Tente extrair o máximo que ela pode oferecer. Divida com ela dúvidas, temores, alegrias, erros e acertos. Mas, acima de tudo, valorize sua agência.

Você não calcula quanto uma equipe dessas, estimulada, é capaz de fazer pela sua empresa.

Sem esse tipo de parceria, entretanto, talvez seja melhor nem tentar. A cada 10 novos produtos lançados, 7 deles fracassam porque, por uma razão ou outra, não conseguem sobressair junto ao consumidor.

O mercado, ao contrário de Deus, é bem exigente, seletivo e impiedoso.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE PROPAGANDA
(20º Anuário do Clube de Criação de São Paulo)

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