sábado, 31 de março de 2012

31 de Março: A Hora do Planeta



Logo da Campanha da Hora do Planeta - Disponibilizado no site da WWF-Brasil


Mais uma vez vamos participar deste ato simbólico em prol de um mundo mais sustentável. É a Hora do Planeta, quando muitos poderão se manifestar - ao mesmo tempo - a sua preocupação com os problemas ambientais, sobretudo, com o aquecimento global.

Mas, não basta apenas mostrarmos a nossa conscientização quanto aos fatos. É preciso que também tomemos atitudes individuais e coletivas que consubstanciem mudanças efetivas nos nossos padrões de vida, os quais direta e/ou indiretamente interveem de forma negativa no meio ambiente, influenciando o aquecimento global.
Padrões de vida estes marcados – na maioria das vezes - pelo desperdício, pelo consumismo exagerado, pela depredação do patrimônio público e/ou natural, pela má conservação do meio ambiente etc.
Hoje, a união das pessoas em torno de um simples ato simbólico de apagar as luzes em um mesmo horário da noite, ou seja, das 20h30 às 21h30 vai confirmar não só a conscientização das pessoas acerca dos problemas ambientais vigentes, como também vai registrar a adesão de mais 12 países na Campanha.
Lançada e promovida pela Rede WWF no mundo todo,  em 2007, na Austrália, a Campanha a "Earth Hour" (Hora do Planeta) envolve diversos participantes de diferentes instância de poder e de exercício de cidadania responsável, como  governos, empresas públicas e/ou privadas e a população civil.
Por parte da poder político, a participação vai ser verificada através do apagar das luzes de monumentos e outros pontos turísticos das cidades.
Até o momento presente, 147 países estão participando e mais de 5 mil cidades. No Brasil, 24 estados já aderiram à Campanha através da participação de suas respectivas capitais e de outras cidades do estado. As capitais de Rondônia (Porto Velho), do Amapá (Macapá) e de Roraima (Boa Vista) estarão participando, pela primeira vez, este ano. Ao todo são 125 cidades brasileiras, sendo 26 estreantes.
A nossa cidade, Rio de Janeiro, é considerada a cidade oficial da Campanha a Hora do Planeta em nosso país, pois foi a primeira cidade a aderir e participar da mesma. Este ano, em especial, a sua participação tem um sentido bastante significativo devido a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, popularmente denominada Rio + 20 (20 anos após a Conferência realizada na cidade em 1992 – a Eco 92).
Vários monumentos e outros símbolos da cidade serão apagados durante sessenta minutos, à partir das 20h30, como as luzes da orla de Copacabana, do Cristo Redentor, dos Arcos da Lapa, da Igreja da Penha, entre outros.
De acordo com o site oficial da Campanha, hoje, no Arpoador, a partir das 17h, haverá um evento - organizado pela WWF-Brasil - com oficinas, exibição de vídeos, músicas, apresentações de dança e circo.
Vamos participar, mas com a consciência clara que nossas atitudes devem corresponder ao conjunto de ideias sobre a conservação do meio ambiente, manifestado neste ato simbólico. Não só em termos individual, enquanto pessoa civil, mas - sobretudo - nas esferas governamentais e de empresariados.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Como está o trabalho escolar em relação ao Dia Nacional da Mulher?

Esta é a pergunta que venho fazendo na sala de aula, mas poucos alunos já responderam. Alguns mandaram as perguntas da entrevista, elaboradas pelo grupo, para o meu e-mail marlivieirageografia@yahoo.com.br e eu já respondi. Outros, eu ainda não retornei, o que espero fazer até amanhã.

Atendendo a pedidos de alguns alunos, apesar de já ter publicado uma entrevista  que foi realizada no ano passado, vou postar outra e, assim, espero ter ajudado os grupos que ainda se mostram indecisos ou que não têm ideia quanto o quê abordar.

Os alunos do Colégio Estadual Professora Sonia Regina Scudese (Ensino Médio) devem aproveitar o trabalho e entrevistar pessoas que exerçam profissões  que os mesmos achem interessante ou que queiram seguir no futuro. É uma grande oportunidade de pesquisar os prós e contras da carreira pretendida.

Os alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental podem também procurar neste sentido ou, quem sabe, descobrir uma profissão ao seu gosto.



Ah, mas não esqueçam de tratar, também, sobre a Lei Maria da Penha, o preconceito ainda existente contra a nulher que trabalha, as diferenças salariais entre o homem e a mulher na mesma função, entre outros aspectos relacionados a nossa sociedade machista (ainda).

A entrevista abaixo foi feita, também, por um grupo da Turma 1804. A pessoa entrevista foi uma advogada, de 27 anos. Tal como, na postagem anterior, o nome e a imagem da entrevista foram mantigos em sigilo devido a falta de autorização para exposição neste espaço.

 
1. Há quanto tempo a senhora exerce essa profissão?
Há 4 anos.

2.  Em qual momento de sua vida, a senhora decidiu ser advogada?
Quando eu estava no curso de petróleo e gás, conheci a advocacia e me apaixonei.

3. Em qual área a senhora atua?
Na área de Advocacia Ambiental.

4. Essa profissão oferece muitos riscos de vida? A senhora tem medo de alguma coisa? Qual?
Não. Corremos mais riscos na área criminal, mas eu faço advocacia ambiental, então, não tenho medo.

5. Qual foi o caso mais difícil que a senhora já pegou?
Um homem separado da mulher contraiu união estável com outra. Depois, esse homem veio a falecer e ficou difícil comprovar, no testamento, qual delas ou as duas que tinham o direito de receber os bens deixados por ele.

6. A sua família ou algum amigo foi contra a sua profissão? Por quê?
Não, todos foram a favor. Eu moro com minha mãe e ela concordou com a minha escolha de profissão.

7. Existe outra profissão que a senhora gostaria de exercer? Qual?
Não. Eu tentei faculdade de moda e Internet, mas foi na advocacia que eu me encontrei.

8. O que a senhora acha sobre as formas da punição às pessoas que cometem crime, aqui no Rio de janeiro?
Não é equilibrada. Pois tem pessoas que roubam uma caixa de leite e outros roubam uma loja e eles se preocupam mais pelo primeiro caso. As vezes, os que cometem crimes mais graves vão para a cadeia e saem depois de dois dias, três dias. Eu não acho isso certo.
9. O que a senhora acha sobre os advogados desonestos? Eles se corrompem por dinheiro ou por falta de caráter?
Por falta de caráter, porque se quisessem mais dinheiro procurariam uma profissão que ganhasse mais.

10. Sobre a questão do Bullying nas escolas, que tipo de punição a senhora acha que deveria haver?
Cadeia, não. Acho que deveria ter um investimento maior na área da Educação.
  

sexta-feira, 23 de março de 2012

22 de março: Dia Mundial da Água


Ontem, em razão do Teste de Geografia para todas as turmas do 9º Ano, eu só comentei nas salas – antes da aplicação da avaliação – acerca do Dia Mundial da Água.
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) , realizada em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, foi debatida a ideia do Dia Mundial da Água, mas este só foi criado oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano seguinte (1993).
A intenção primordial da criação desta data comemorativa é que, neste dia, as discussões sejam arroladas sobre o tema tanto ao nível de análise crítica e conscientização acerca de sua importância quanto ao nível prático em termos de medidas de conservação da água.

O tema deste ano, escolhido pela ONU, para ser abordado foi “Água e Segurança Alimentar”. Tema, inclusive, bastante rico para ser tratado não só no dia de hoje, mas durante o ano, afinal esta depende do uso correto dos recursos hídricos a nível global.

Como já mencionei em postagens anteriores e muitos já sabem, a Terra apresenta cerca de 71% de sua superfície coberta de água. Os 29% restantes correspondem às terras emersas, ou seja, as ilhas e os continentes.

Desta distribuição de água (71%), 97,5% constituem a porção de água salgada (oceanos e mares), enquanto os 2,5% de água doce se divide da seguinte forma: água subterrânea (0,514 %); rios e lagos (0,006 %); geleiras (1,979 %) e atmosfera (0,001 %).

Situação bem delicada mediante ao desperdício, ao mau uso, à poluição, a seca desencadeada por ações antrópicas, entre outros aspectos.

Em termos de consumo, a agricultura (produção de alimentos) é a campeã no gasto de água: agricultura (69%), seguido pela indústria (21%) e o uso doméstico (10%).

 Imagem capturada na Internet
(Fonte: Movimento Cyan - Foto de Inga Spence/Getty Images)

Além disso, no Brasil, a prática agrícola consiste na segunda maior fonte de poluição das águas, seja pelo uso de fertilizantes (químicos ou naturais) seja pelo emprego de agrotóxicos (fungicidas; inseticidas e herbicidas). O primeiro lugar, em termos de poluição das águas, se encontra vinculado aos esgoto doméstico.
Ainda sob este contexto, vale lembrar o conceito de “água virtual”, isto é, a água que está embutida no produto, aquela que foi gasta na produção de alimentos, de um bem ou de serviço.
Este conceito foi criado, na década de 90 (Século XX), pelo geógrafo britânico Tony Allan.
Só para se ter uma ideia, em 1 Kg de carne está embutido 15,4 mil litros de água; uma xícara de café equivale a 140 litros (ou uma banheira cheia de água) e uma calça jeans são 11 mil litros de água gastos.
Como é de conhecimento de muitos, a  distribuição de água no planeta é irregular. Se pararmos para pensar que além deste aspecto, há o desperdício e o mau uso deste recurso, acrescido da poluição, a situação da água no planeta se encontra no caminho do colapso, do esgotamento. Colocando em risco a sobrevivência humana e dos demais seres vivos (fauna e flora).
A população mundial já ultrapassa a ordem de 7 bilhões de habitantes e, com isso, a produção de alimentos tende a aumentar cada vez mais... E, com isso, mais consumo de água. E os velhos hábitos também... Desperdício, mau uso etc.

21 de março: Dia Internacional da Síndrome de Down

 Imagem capturada na Internet - Fonte: Portal de Notícias do Senado Federal

Hoje, para minha surpresa, o aluno Renan Sampaio Lima, da Turma 1902, comentou a respeito do Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado - ontem (21 de março).

Ele considerou muito importante a criação da data e as homenagens devidas.

A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e teve a influência do nosso país, que vem há anos lutando por uma maior inclusão social de pessoas especiais (com qualquer deficiência), sobretudo,  os com Down.

 Além das comemorações na sede da ONU, em Nova York (EUA), a data foi bastante celebrada no Senado brasileiro.
De acordo com o que noticiado estiveram presentes, o senador Lindbergh Farias e o deputado Romário, ambos pais de crianças portadoras de Síndrome de Down. Além de comemorar a vitória brasileira pela iniciativa da data comemorativa, o primeiro festejou a também a adoção do Protocolo Clínico para a Síndrome de Down, o qual estabelece procedimentos padronizados para o atendimento na rede de Saúde.

De acordo com o senador Lindbergh Farias cerca de 60% das crianças com síndrome de Down têm problemas cardíacos.

 
A Síndrome de Down não é considerada uma doença, ela é uma ocorrência genética natural, causada por um erro na distribuição dos cromossomos presentes nas células de uma pessoa. O número certo de cromossomos é 46 (23 do pai e 23 da mãe), dispondo em pares, ou seja, são 23 pares.
No caso da Síndrome de Down, durante a gestação, ocorre um erro na distribuição e, ao invés de 46 cromossomos, as células do embrião são formadas com 47 cromossomos. Este cromossomo a mais se liga ao par 21. Daí, o termo "Trissomia do 21".
Até hoje, a Ciência não descobriu a origem desta alteração genética. Sabe-se apenas que a proporção é de a cada 700 bebês nascidos, um tem Síndrome de Down e, que qualquer mulher pode gerar uma criança com Down.
Eu já trabalhei com alunos com Down, na década de 80 (século XX), inclusive foi o meu primeiro emprego. Foi na ASCE (Associação de Solidariedade à Criança Excepcional), cujo nome mudou para FRASCE. Este ano, eu também tenho um alunos com Down. Inclusive, eu já conversei sobre ele com a professora "intinerante" do Instituto Helena Antipoffi que acompanha os alunos com necessidades especiais.

É importante a inclusão social, afinal todos têm "Direitos e Deveres" iguais perante a Lei. Parabéns a todos!

Para saber mais acerca da síndrome, clique AQUI!

Fonte de Apoio

sábado, 17 de março de 2012

Orientação sobre o Trabalho do Dia Nacional da Mulher

Para os alunos do 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental (E. M. Dilermando Cruz) e da 1ª Série do Ensino Médio (C. E. Prof.ª Sonia Regina Scudese) que estão em dúvida acerca da atividade do Dia Nacional da Mulher, segue abaixo a transcrição de uma entrevista a uma professora realizada, no ano passado (2011), pelos alunos do 8º ano (Dhiego Matheus, Jonathan Monteiro, Mateus Silva e Rodrigo Pereira) da rede municipal. A identificação e a imagem da entrevistada serão mantidas em sigilo, pois não tenho a devida autorização de publicá-los neste espaço (Blog).

As perguntas foram elaboradas pelos membros do grupo e revisadas por mim.

Tenham criatividade, elaborem de 10 a 12 perguntas baseados na ocupação profissional e vida social da pessoa (mulher) selecionada e as encaminhem para o meu e-mail. Não esqueçam que o trabalho tem prazo para a entrega.

1. Com quantos anos, a senhora começou a trabalhar?
Comecei a trabalhar aos 21 anos.

2.  A senhora sempre trabalhou fazendo o que gosta ou foi por falta de opção?
Em alguns lugares onde tive a oportunidade de trabalhar, me proporcionaram êxito profissional. Porém, em outros lugares, posso assim dizer, apenas obtive experiências.

3. A senhora já sofreu algum tipo de preconceito por causa do seu trabalho? Qual?
Não sofri, não.

4. A Senhora gosta do que faz?        
Amo! Penso que nasci com essa árdua e maravilhosa missão. O paradoxo é inevitável!

5. Como a senhora consegue conciliar o seu trabalho com as atividades do lar?
Diz a letra da música: ”A mulher é o sexo frágil”, mas a cada dia ela demonstra o seu potencial. Não é tarefa fácil conciliar trabalho, família e a igreja (como pastora, a responsabilidade aumenta). Existe um têmpero especial que nos auxilia nessa dura batalha do dia-a-dia: o amor e profissionalismo. Essas coisas alegram a nossa vida. Afinal, como diz a Bíblia: ”A alegria do Senhor é a nossa força”.

6. O que a senhora acha da Lei Maria da Penha?
Quando cumprida, uma grande conquista. Penso que a escola, a igreja e a mídia deveriam desenvolver um trabalho de conscientização e divulgação dessa lei que pode, sem dúvidas, ser uma aliada da mulher para preservação da sua dignidade e cidadania.

7. Se alguém lhe agredisse, a senhora denunciaria?
Com certeza! Afinal quem cala consente.

8. A senhora acha certo denunciar o agressor por mais que o ame?
Falando como mulher e não como pastora, denunciar um crime (porque agredir alguém, seja fisicamente ou com palavras, é crime contra o direito de ir e vir, contra a honra e a moral) é um dever. A impunidade só terá fim se sairmos do anonimato de nossas guerras e aflições pessoais e derrubarmos as muralhas do silêncio. Sim, se você permite uma vez, abrirá caminhos para o sempre. Denunciar sim, não perdoar, nunca.

9. Conhece alguém que já denunciou?
Sim, mas raríssimas mulheres.

10. A senhora já sofreu algum tipo de assédio? Como reagiu?
Sim. Assédio Moral. Com tudo não foi preciso acionar a justiça. Em algumas situações, usar a sua própria autoridade ou até mesmo uma boa conversa, porá um ponto final no problema. Como escreveu Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

Crônica: Antes que elas cresçam

 Minha filha e meu esposo em Penedo (RJ) - Imagem do meu acervo particular

Como sempre gostei de mensagens e crônicas, muitos amigos meus (são mais as amigas, confesso) me mandam material destes gêneros. Esta semana recebi a crônica abaixo e adorei. Até o meu esposo que, na maioria das vezes, não tem muita paciência por causa do seu trabalho no computador (tratamento de imagens e projetos), se interessou e deu uma pausa para ler. Ele gostou, mas em sua opinião, a mensagem é triste. Triste, porque ele se colocou no papel principal diante da nossa filha única...  


ANTES QUE ELAS CRESÇAM
  Affonso Romano de Sant'Anna
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores, tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular. Entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.

Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem, de repente.

Um dia se assentam perto de você no terraço e dizem uma frase de tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.

Onde e como andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?

Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são as nossas filhas, em pleno cio, lindas potrancas.

Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então com a suéter amarrada na cintura. Está quente, a gente diz que vão estragar a suéter, mas não tem jeito, é o emblema da geração.

Pois ali estamos, depois do primeiro e do segundo casamento, com essa barba de jovem executivo ou intelectual em ascensão, as mães, às vezes, já com a primeira plástica e o casamento recomposto. Essas são as filhas que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E elas crescem meio amestradas, vendo como redigimos nossas teses e nos doutoramos nos nossos erros.

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

Longe já vai o momento em que o primeiro mênstruo foi recebido como um impacto de rosas vermelhas. Não mais as colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, da cultura francesa e inglesa. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Só nos resta dizer “bonne route, bonne route”, como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha oferece o primeiro jantar no apartamento dela.

Deveríamos ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de colagens, posteres e agendas coloridas de pilô. Não, não as levamos suficientemente ao maldito “drive-in”, ao Tablado para ver “Pluft”, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.

Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afeto.

No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de sorvetes e sanduíches infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma aqui na praia e os primeiros namorados. Esse exílio dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar sete anos bíblicos. Agora é hora de os pais na montanha terem a solidão que queriam, mas, de repente, exalarem contagiosa saudade daquelas pestes.

O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.

Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam.

terça-feira, 13 de março de 2012

Novidade na relação Aluno x Professor: Uso do Correio Eletrônico para fins educativos



 Texto modificado em 13/03/2012 ás 06h40
 

Estamos na Era Digital e nos caracterizamos como Sociedade do Conhecimento ou da Informação mediante as inovações tecnológicas, sobretudo, através das chamadas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Daí, estou trazendo uma novidade – baseada no uso de TICs – que vai facilitar o nosso contato extraclasse, isto é, entre o aluno versus professor fora do âmbito escolar.

Embora, este espaço (Blog Geografia em Foco) permita este contato, em geral, este é feito em função do conteúdo das postagens.
Mas, a minha proposta vai além disso... Fazer uso do correio eletrônico (e-mail) para fins educativos. Com o uso do e-mail, nós poderemos não só enviar e receber mensagens, como também anexar material didático dado em sala de aula e/ou trabalhos escolares.
Sendo assim, o uso deste recurso vai facilitar, em muito, a nossa relação seja por meio de:
- compartilhamento de material didático utilizado em sala de aula tanto para aqueles que faltaram quanto para aqueles que preferem usá-lo por meio digital (PC);
- encaminhamento de trabalhos escolares (por parte dos alunos);
- encaminhamento de avisos ligados à disciplina (provas, testes, entre outros lembretes importantes e necessários);
- esclarecimentos a determinadas dúvidas apontadas pelo aluno.

Além disso, esta modalidade vai ajudar a inclusão digital, pois ainda temos alunos que não sabem usar o computador e, muito menos, tem um e-mail. Outros, como já constatei em sala de aula, têm e-mail, mas não sabem utilizá-lo, pois – em geral – os seus contatos interpessoais são feitos através do MSN, Orkut, Facebook e outros.
Conforme mencionei em algumas salas, o aluno pode solicitar o material didático através do correio eletrônico (e-mail) ao invés de tirar xérox de textos e/ou atividades, disponibilizados nas papelarias para reprodução (xérox), localizadas próximas às respectivas Unidades Escolares.
O material pode ser gravado e arquivado no próprio PC do aluno. Sendo assim, quem receber qualquer texto ou atividade - via e-mail - terá que imprimir o material se este for necessário.

Caso seja só para leitura, o aluno poderá salvá-lo e arquivá-lo em uma pasta específica (em seu PC) pertinente à Geografia (para eventuais acessos posteriores).

Vamos aproveitar para iniciar as atividades com o uso do correio eletrônico, até porque, para o trabalho do 1º Bimestre, o nosso contato deverá ser feito através deste para facilitar a revisão e a correção da atividade.

Os alunos, que ainda não tenham e-mail, podem me procurar a fim de providenciarmos o seu cadastro em algum provedor de e-mail gratuito (Gmail, Yahoo, Hotmail, IG, Oi etc.).
O meu endereço eletrônico só para as atividades com os alunos é
Anotem e vamos manter contato, enviar e receber (compartilhar) materiais... E, com isso, ganhar mais experiência no mundo digital.

Este procedimento serve para todas as turmas da E.M. Dilermando Cruz, C.E. Professora Sonia Regina Scudese e C. E. José Marti.

Peço apenas que o encaminhamento das mensagens siga o seguinte modelo: no espaço onde se refere ao ASSUNTO, colocar primeiro o nome e o sobrenome do aluno, seguido por underline ( _ ) nome da escola (Dilermando ou Sonia ou José), underline ( _ ), o número da turma (1803 ou 1004 ou 3002), underline ( _ ) e, por último a razão do encaminhamento(Exercício, Texto, trabalho, Dúvida).

Veja o modelo abaixo (clique na imagem):
Assunto: Amélia Fonseca_Dilermando_1607_Trabalho




segunda-feira, 12 de março de 2012

Japão: Um ano após a pior tragédia natural do país

Memorial em Fukushima: homenagem às vítimas do terremoto e tsunami, ocorrido há um ano - Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra- Foto: Reuters)

Um ano se passou... Mas, as lembranças não saem da cabeça, mesmo das nossas, brasileiros, que estamos muito distante do país afetado diretamente pela tragédia natural: Japão.
Um ano se passou... Mas, imagens permanecem presas em nossa memória, tanto as do tsunami que revelaram o poder destrutivo do fenômeno tectônico, após o terremoto (de magnitude 8,9) quanto à fragilidade humana e tecnológica mediante a estas forças da natureza.

 Momento da chegada da onda do tsunami em uma rua na cidade de MiyakoImagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuters)



Tsunami chega à costa de Natori City, no nordeste do Japão
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuter)


 


Área devastada pelo tsunami, em Otsuchi, província de Iwate 
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: EFE)



Barco de pesca no meio dos escombros em Kesennuma 
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AFP)


Embarcação, arrastada pelo tsunami, foi parar em cima do prédio, em Otsuchi,  província de Iwate -  Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AFP) 


Levantar o número de mortos é um ato que só reforça a intensidade da tragédia, pois afinal foram, segundo dados oficiais divulgados nas mídias, cerca de 19 mil mortos.

Enquanto as buscas por possíveis sobreviventes aconteciam, as imagens de consternação de muitos sobreviventes, na época (e até meses depois), bem como o momento de oração para aqueles que se foram, ao meio dos escombros, continuarão em nossas memórias...



Mulher observa a destruição em uma área residencial de Kesennuma,província de Miyagi
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuters)


Morador perto dos destroços de sua casa na cidade de Minamisanriku, Miyagi, no norte do país
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AP)


 


Do alto, a devastação da cidade de Minamisanrikucho
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AP)



 Familiares oram por avó morta na cidade de Ishinomaki, prefeitura de Miyagi
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuters)


Monges budistas, policiais e bombeiros se reúnem, em silêncio por um minuto e lembrar das vítimas da tragédia, em meio à destruição de Natori (11/04/2011) p
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias TerraFoto: AP)

A história de cada um, registrado na forma de diário, documentos, fotografias, vídeos, entre outros recursos pode até se perder, mas a lembrança permanece viva na mente de cada um. Feliz daquele que sobreviveu e vai poder contar a sua história e dos seus entes queridos, mesmo sem recuperar estes registros no meio dos escombros.

Objetos encontrados e separados pelos bombeiros em Rikuzentakata
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra – Foto: Reuters)

Fotografias encontradas no meio dos escombros: lembranças perdidas
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuters)



Sobrevivente encontra sua fotografia e de sua irmã no meio dos detroços
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuter)

Diante da tragédia, ocorrida no ano passado, restou a esperança de um novo rumo, de uma nova vida, mesmo que o desânimo e a falta de vontade de viver - em decorrência das perdas humanas e materiais - forçassem um outra atitude. Mas, a população japonesa mostrou resignação e disposição para lutar e retomar a vida, com paciência e dignidade.


 Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuter)


Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuter)


Migrar, mudar de localidade foi, para muitos, a única solução
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AP)

Mas, se os fenômenos tectônicos - terremoto seguido por tsunami - foram classificados como pior evento natural da história do Japão, lembrando que o país se encontra  localizado em uma área de grande instabilidade tectônica (área de convergência de três placas tectônicas), a tragédia se agravou mais ainda, quando as ondas gigantes atingiram a maior usina nuclear do Japão e do mundo, a usina nuclear de Fukushima.

Com isso, além da tragédia natural, o Japão sofreu também o pior acidente nuclear do mundo desde a tragédia de Chernobyl, na Ucrânia (1986).


 Usina Nuclear em Fukushima, nordeste do Japão,
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AFP)



Imagem feita por uma rede de TV mostra a fumaça após a explosão
em uma usina nuclear de Fukushima em decorrência do terremoto
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AP)


 Bombeiros verificando os níveis de radiação, em Katsurao, cidade localizada d
entro do raio de 20 km em volta da Usina Nuclear de Fukushina 
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AP)



Menino passa por teste para verificar possível contaminação radioativa em Koriyama
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuters)


Passado um ano, hoje, as preocupações não cessaram... 

Dizer que o Japão não vai sofrer um outro evento tectônico, seja de menor ou de mesma magnitude, infelizmente, não podemos dizer, uma vez que a sua localização geográfica coincide com a área de maior instabilidade tectônica, isto é, onde se verifica o encontro de placas tectônicas (movimentos convergentes). Esta área é chamada de Círculo do Fogo, pois tem como fenômenos comuns o vulcanismo (fogo = magma) e abalos sísmicos (terremotos e maremotos). 

O Japão desenvolveu tecnologias modernas para o enfrentamento dos abalos sísmicos e seu povo recebe orientações de como proceder - durante uma fuga - por ocasião de um episódio desta natureza. Mas, a dinâmica interna da Terra e a força de seus fenômenos é algo imprevisível...

Com relação à usina nuclear, os riscos são eminentes diante desta ameaça constante da natureza, isto é, da dinâmica interna da Terra. E embora, a energia nuclear seja considerada uma fonte de energia limpa, os riscos justamente advêm da possibilidade de um vazamento de radiação (contaminação radioativa), no caso de haver um acidente (tal como houve no ano passado ou de outra origem) e do condicionamento seguro do próprio lixo atômico. Para quem não sabe, a radiatividade pode levar anos ou décadas para se dissipar.

Em razão de sua área territorial e geografia não contribuir muito, a preocupação das autoridades e especialistas na área é encontrar novas fontes de energia em substituição à energia nuclear, que era responsável pela produção de cerca de 1/3 da energia consumida pelo país.

Os planos do governo, antes da tragédia, era aumentar o uso da energia nuclear em até 50%. Atualmente, dos 54 reatores - existentes no arquipélago - apenas dois estão ativos. A previsão é que todos sejam fechados.

Desde o ano passado, em razão do acidente decorrido após o terremoto seguido por um tsunami, o governo japonês vem sofrendo muitas pressões, tanto a nível nacional (a população civil) quanto de outros países.

Como medida preventiva, hoje, testes de resistência são obrigatórios e são realizados a fim de verificar se as usinas nucleares são capazes de suportar desastres iguais como o ocorrido no ano passado.

Estes problemas de ordem de política energética, econômica e ambiental estão longe de ser solucionados, mas - não resta dúvida - que é preciso encontrar, logo, uma alternativa mais viável.
Enquanto, as autoridades competentes e os especialistas buscam novas saídas pelo entrave energético e a segurança da população e da economia japonesa, a minha torcida é que eles consigam encontrar uma boa solução que atenda a todos os aspectos inter-relacionados e, que por um bom tempo, as camadas internas da Terra não se manifestem através de abalos sísmicos no Japão e nem em áreas próximas a este, no Pacífico.
As homenagens, hoje, às vítimas do terremoto seguido por tsunami  marcaram o país e outros, que solidários a sua dor, relembraram e fizeram oração aos mortos.

  Hoje, um minuto de silêncio, exatamente às 2h46, momento em que o terremoto
atingiu o país, na cidade de Koriyama, prefeitura de Fukushima
(Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuters)
 
O imperador Akihito e a imperatriz Michiko prestam homenagens às vítimas
(Fonte: Notícias Terra - Foto: AFP)


Durante o seu discurso na cerimônia em homenagem às vítimas,
o primeiro-ministro Yoshihiko prometeu acelerar a reconstrução do Japão 
(Fonte: Notícias Terra - Foto: AFP)


 Manifestantes usam máscaras em protesto contra o uso de energia nuclear em Tóquio
(Fonte: Notícias Terra - Foto: AFP)



 Manifestantes fazem corrente humana e protestam contra política de energia nuclear japonesa, segurando velas em frente ao prédio da Câmara Legislativa, em Tóquio
(Fonte: Notícias Terra - Foto: AFP)

 
No Rio de Janeiro e em São Paulo ocorreram, respectivamente, protestos contra a energia nuclear e homenagens às vítimas da tragédia no Japão. Não li nada a respeito aos demais estados brasileiros, mas - em relação a São Paulo - eu tinha certeza que haveria algum evento neste sentido. Afinal, a cidade comporta a maior colônia japonesa do país.

Manifestações contrárias ao desenvolvimento de energia nuclear marcaram as amnifestações que ocorreram em Ipanema, no Rio de Janeiro. Seu maior foco baseado em protesto é até compreensível, porque é em nosso estado que está a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, da Eletronuclear (subsidiária da Eletrobrás), constituída pelas Usinas Nucleares Angra 1, Angra 2 e a Angra 3, que se encontra em fase de construção.

Em decorrência destas e aproveitando a data de um ano da tragédia do Japão, cerca de 40 ativistas foram às ruas para protestar e cobrar - da presidenta Dilma Rousseff - o fim da energia nuclear no país.


Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto
Imagem capturada na Internet (Fonte: Wikipedia) 


  Manifestantes no Rio de Janeiro
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AP)


  Manifestantes no Rio de Janeiro
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: AP)


Culto budista, ecumênico, em São Paulo marcando um ano da tragédia no Japão
Imagem capturada na Internet (Fonte: Notícias Terra - Foto: Reuters)