quarta-feira, 26 de junho de 2013

Manifestações populares marcam o despertar de um povo mais consciente e crítico


 
Imagem capturada na Internet (Fonte: Associação Rumos)


Texto atualizado em 27/06/2013, 11h58
 
 Estamos presenciando, em território nacional, diversas manifestações populares às causas sociais, sobretudo, em termos de destinação de investimentos aos serviços oferecidos à população em comparação aos gastos exorbitantes do governo com os eventos esportivos em andamento (Copa das Confederações) e os futuros (Copa 2014 e Jogos Olímpicos 2016) no país.
 
Não resta dúvida que o pontapé inicial foi o aumento da tarifa do ônibus, mas o foco não se restringiu apenas à elevação da passagem, mas também aos serviços que o setor de transportes coletivos oferece.

E, à partir destes, a discussão inflamada dos manifestantes se estendeu a todas as áreas que deveriam ser prioridades em qualquer orçamento de governo, mas que - no Brasil - nunca alcançou este nível: Saúde, Educação, Segurança Pública, Transportes Coletivos, entre outros.
 
O que mais chama a atenção nesta mobilização social é, justamente, o nível do discurso mediante tantos anos de total pacificidade do povo em relação a estes problemas sociais e o mau uso do dinheiro público.
 
É claro que, infelizmente, grupos menores aproveitam tais movimentos para se infiltrar implantar a baderna, o caos urbano, inclusive, utilizando-o como forma de praticar roubos a pessoas comuns e/ou saques em estabelecimentos comerciais, além do vandalismo em depredar prédios públicos e históricos da cidade. 
 
Todavia, a própria manifestação coletiva e o sentimento de pacificidade vivenciado pela maioria dos participantes representam um grande marco em nossa sociedade. Assinala o acordar de várias gerações cansadas de tanto descaso com a situação social do país. Não se trata apenas do atual governo, mas também de um processo histórico de governos embasado nesta relação desigual de prioridades no âmbito da destinação dos recursos no orçamento das três instâncias de governo: Federal, Estadual e Municipal.
 
Vale ressaltar, ainda, a importância das redes informacionais neste movimento, isto é, o papel da Internet e, sobretudo, das redes sociais que incentivaram e promoveram o crescimento do números de participantes nas manifestações populares em todo o território nacional.


Imagem capturada na Internet (Fonte: UOL Notícias)

 
Tal como ocorreu no movimento "Primavera Árabe", iniciado em dezembro de 2010,  que mobilizou a população de diversos países do Norte da África e do Oriente Médio através das redes sociais, cuja onda de protestos e de confrontos violentos conseguiram derrubar antigos governos ditadoriais, como ocorreu na Tunísia (queda de Ben Ali/24 anos no poder), na Líbia (queda e morte de Muammar Kadhafi/42 anos no poder), no Egito (renúncia de Hosni Mubarak/30 anos no poder), Iêmen (Ali Abdullah Saleh/33 anos no poder). Muitos países ainda se encontram em curso destas manifestações.
 
Diferentemente da Primavera Árabe, as manifestações em nosso país são pacíficas e são em prol de melhores condições de vida da população, de prestação de serviços públicos eficientes e de uma ampla reforma política, com vistas a otimizar a distribuição e os investimentos nas áreas essenciais da sociedade.


Imagem capturada na Internet (Fonte: O Gigante Acordou_Facebook)
 

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