domingo, 17 de novembro de 2013

Filipinas ainda sob o efeito destruidor do Tufão Haiyan na cidade de Tacloban


Tufão Haiyan fotografado pela astronauta Karen Nyberg
a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS-9)
Imagem capturada na Internet (Fonte: Climatempo)
 
Faz mais de uma semana que o tufão Haiyan passou pelas Filipinas, devastando – sobretudo – as  ilhas de Leyte e de Samar, causando destruição e mortes em massa.
 
 Imagem capturada na Internet (Fonte: Surgiu)
 
Considerado o mais violento deste ano em termos mundiais e o pior da história mais recente do país, o tufão Haiyan – de categoria 5 na escala Saffir-Simpson (que classifica estes fenômenos meteorológicos de acordo com a velocidade dos ventos) - destruiu cerca de 75% da cidade de Tacloban (capital da província de Leyte), a mais afetada, localizada a 580 Km a sudeste de Manila, capital das Filipinas.

Imagem capturada na Internet (Fonte: Wikipedia) 
 
 Imagem capturada na Internet (Fonte: Folha de São Paulo)
 
O cenário é devastador diante da destruição da cidade e do desespero dos sobreviventes, desabrigados. Ruas entulhadas de escombros, corpos espalhados nas ruas ou por debaixo dos destroços, mau cheiro em decorrência da decomposição dos mesmos e uma situação caótica de fome e sede, levando-os a praticar saques em supermercados ou em locais onde haja indícios de alimentos.     
 
Com ventos superiores a 370 km/h. e ondas enormes, o tufão Haiyan atravessou a parte central do o arquipélago filipino, em sentido Leste-Oeste, na sexta-feira retrasada (08/11) e, de acordo com os dados divulgados, nesta última sexta-feira (15/11), pelo Conselho Nacional para a Redução e a Gestão das Catástrofes Naturais, publicado no site Terra, o número oficial de mortos é da ordem de 3.621 pessoas.
 
A maioria das vítimas morreu por afogamento ou por soterramento após o desabamento de prédios e casas.
 
No entanto, estes números deverão ser revisados assim que mais corpos forem descobertos por debaixo dos destroços, nas ruas, assim como em outras cidades litorâneas, como - por exemplo - a de Guiuan na ilha de Samar que, também, foi afetada severamente pelo tufão Haiyan.
 
Como já fora anunciado, estima-se que o número de vítimas fatais alcance mais de 10.000 mortos. Mas, segundo notícias nas mídias, ainda, é prematuro avaliar a magnitude da catástrofe natural, tendo em vista o número de pessoas desaparecidas diante da destruição cometida após a passagem do tufão.
 
A entrega de mantimentos estava sendo feita por transporte aéreo através da cidade de Cebu, próxima à Tacloban e, segundo o que foi noticiado nos meios de comunicação, mais doações e ajuda humanitária estavam sendo providenciadas por diversos países e Organizações Não-Governamentais (ONGs), sensibilizados pela causa filipina.
 
Ainda há corpos espalhados pela ruas, mas as autoridades locais já iniciaram o enterro coletivo em valas, pois além do mau cheiro em consequência da decomposição dos mesmos, eles temem pela contaminação do lençol freático e os riscos de epidemias devido a presença de ratos junto aos cadáveres.



 Ruínas no vilarejo de Maraboth (Filipinas)
Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra - Foto: AP)



Mortos enfilerados em Tacloban e pessoas passando
com os narizes cobertos devido o mau cheiro
Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra - Foto: AP)


Imagem capturada na Internet (Fonte: Surgiu)


Para quem desconhece, este tipo de fenômeno não é um evento raro nesta região do Pacífico. Na verdade, ele é bastante comum e, em geral, de caráter catastrófico.

Quem diz que o “Brasil é um país abençoado por Deus” tem propriedade para dizer isso, caso esteja comparando a nossa localização geográfica face aos fenômenos ligados tanto à dinâmica externa quanto à interna da Terra, ou seja, os atmosféricos e os tectônicos, respectivamente.
 
Além de fenômenos atmosféricos de caráter catastróficos, como este ocorrido no dia 08 do mês em curso, as Filipinas, assim como outros países próximos, se encontra localizados em uma região de grande instabilidade tectônica, onde se verificam movimentos convergentes de placas tectônicas, sendo comum, também, a ocorrência de abalos sísmicos (terremotos e maremotos). 
 
 Disposição das Placas Tectônicas - Imagem capturada na Internet
(Fonte: Geografalando)
 
Vale ressaltar aqui, mais uma vez (vejam outras postagens, publicadas neste Blog, sobre o tema), que tufões e furacões são nomes distintos aplicados para o mesmo fenômeno. A diferença diz respeito à região de ocorrência, pois ambos possuem o mesmo princípio de formação, isto é, são gerados sob condições de águas oceânicas quentes (temperaturas de pelo menos 26,5ºC), as quais sofrem a evaporação, condensando-se em forma de nuvens na camada mais baixa da atmosfera.
 
Com isso, cria-se uma camada de baixa pressão atmosférica, fazendo com que o ar quente comece a subir ainda mais rápido e com que o ar frio da camada superior comece a descer pelo centro da tempestade. Então, ventos em sentido contrário fazem com que a tempestade comece a girar. À medida que o furacão se movimenta sobre o mar, mais água evapora, alimentando o furacão. No entanto, quando este se dirige para o continente, mais frio e seco, ele deixa de ser alimentado pelas águas oceânicas e começa a se dissipar, tornando-se mais fraco e com características de temporais mais simples (ciclones ou eventos mais fracos).
 
O termo tufão é empregado para os fenômenos que ocorrem na região oceânica do Pacífico entre a costa da China até a linha data internacional, a qual inclui o Japão, a ilha norte americana de Guam, as Filipinas, a costa chinesa, a Coréia, o Vietnã e a Indonésia. Já a expressão furacão é utilizada para o Atlântico Norte e o mar do Caribe.
 
Fontes de Consulta
 
. Jornal O Globo (versão impressa, várias edições)
.  Revista Veja
. Wikipédia
. Outras fontes (citadas nas imagens) 

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