segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Uma Sexta-Feira, 13, Maculada por uma Série de Ataques Terroristas em Paris

 Imagem capturada na Internet
Fonte: A Rede
 
Tal como prometi aos meus alunos, eu não poderia deixar de comentar sobre a série de ataques terroristas que a capital da França (Paris) sofreu na noite do último dia 13 de novembro (sexta feira, 13).
 
Além de constituírem-se em atos de total covardia, a tragédia imputa indignação e comoção mundial não só pelo número de pessoas que morreram, mas pela barbárie em si diante das ações do grupo Estado Islâmico (EI), cujos membros ultrapassaram as fronteiras, infiltrando-se na sociedade ou, em muitos casos, sendo crias internas, as quais foram assediadas e convertidas. Em outras palavras, ajuda e participação interna de jovens.
 
De acordo com as informações nas mídias, ao todo foram 129 mortos e 350 feridos em cinco ataques, simultâneos, em região boêmia de Paris, com muitos restaurantes, bares e casas de shows, a qual foi assinalada pelos próprios terroristas como "a capital das abominações e perversões".
 
Há controvérsias quanto ao número oficial, pois alguns incluem os terroristas mortos na relação e outros, não.
 
A motivação destes ataques pelo Grupo EI, segundo as mídias, foi uma forma de retaliação à França quanto a sua intervenção militar na Síria e no Iraque.
 
Além de vários ataques pontuais, nas ruas, os seis principais alvos dos terroristas foram: 

1. Restaurante e Pizzaria La Casa Nostra (culinária italiana): um homem com metralhadora atirou na direção do terraço do restaurante.
. Número de mortos: 05 (e 08 feridos).

Assista o vídeo do ataque à pizzaria no Expresso Internacional (clique no link).

2. Restaurante La Belle Équipe: atiradores abriram fogo em direção ao terraço do restaurante (ao ar livre).
. Número de mortos: 19 (e 13 feridos).
 

  Imagem capturada na Internet
Fonte: G1
 
3. Café Le Carillon: terroristas dispararam contra as pessoas que estavam na parte externa do café.
. Número de mortos: 14 (e 10 feridos).
 
 Imagem capturada na Internet
Fonte: New York Time 
 

4. Restaurante Le Petit Cambodge (culinária cambojana): atiradores abriram fogo em direção aos clientes, três brasileiros ficaram feridos.  
. Número de mortos: 14.
 

 Imagem capturada na Internet
Fonte: EATER
 
 
5. Nos arredores do Stade de France: três explosões ocorreram próximo ao estádio, todas como atentados suicidas (homens-suicidas). A pretensão era que um terrorista, pelo menos, entrasse no estádio, mas este, com cinto com explosivos, foi barrado na entrada (ele detonou a bomba, morrendo no local e matando uma pessoa). As seleções da França e da Alemanha disputavam um jogo de futebol e o presidente francês, François Hollande, se encontrava no estádio.
. Número de mortos: 04 (mais de 50 feridos).
 
 
   Imagem capturada na Internet
 
6. Bataclan Concert Hall (Casa de shows): atiradores abriram fogo contra o público de 1.500 pessoas que assistia ao show da banda Eagles of Death Metal.
. Número de mortos: 89.
 
 Imagem capturada na Internet
 
 
 Mapa dos principais seis pontos de ataques efetivos
  Imagem capturada na Internet
Fonte: ZH

 
Como eu mencionei no Facebook, o ódio, a intolerância e o radicalismo com base em princípios religiosos só causa o caos e a perda do sentido do que é ser e tratar o ser humano aos olhos de Deus.
 
Sem dúvida nenhuma, o maior perigo da atualidade consiste no emprego sistemático de ameaças e de violência por grupos terroristas, que agem de forma bem planejada no intuito de atingir os seus alvos principais, além dos civis que, aleatoriamente, são atingidos, podendo ser estes, mulheres, crianças e idosos.
 
Eu já havia comentado sobre o referido grupo terrorista (EI) no artigo sobre a crise dos refugiados sírios e em sala de aula.
 
O Estado Islâmico (EI) é considerado o pior e o mais violento grupo terrorista da atualidade. Além de chocar a opinião pública, mundial, com estas atrocidades cometidas na capital francesa, as quais levantaram a bandeira dos Chefes de Estado e de Governo a uma coalização internacional contra o terrorismo, na intenção de ordenarem políticas de segurança, controle e repressão a entrada e ações deste em seus respectivos territórios.
 
 

  Imagem capturada na Internet
Fonte: Último Segundo - Mundo 


 O problema é que, na conjuntura atual, a Síria se encontra em guerra civil (desde 2011/2012) e os refugiados sírios necessitam de apoio internacional, tendo em vista a dimensão do problema político, militar, econômico e social que assola o país, sem falar do domínio e ações extremistas do referido grupo terrorista (Estado Islâmico) em áreas de seu território, sobretudo, na fronteira deste com o Iraque.
 
Como é de conhecimento de muitos, o presidente da França, François Hollande, defende a saída do ditador Bashar al-Assad da Síria, em apoio aos rebeldes sírios, que iniciaram os seus protestos contra o governo, no âmbito dos movimentos da Primavera Árabe, em 2011, confrontos estes que incitaram uma guerra civil no ano seguinte, quando o conflito passou a se intensificar com o uso de armas também pela população rebelada, diante da agressividade das forças do governo.

No sábado passado (14/11), no dia seguinte à série de ataques na capital da França, o governo decretou Estado de Emergência no país por 12 dias, bem como em seus territórios ultramarinos, espalhados pela América, África, Oceania e Antártida.

No entanto, na última quinta feira (19/11), o Parlamento francês aprovou e estendeu esta medida por um período de três meses, a contar a partir de 26 de novembro até 25 de fevereiro de 2016.

Com esta medida, o governo e as autoridades competentes poderão determinar o fechamento de espaços públicos (locais de maior concentração de pessoas, como escolas, igrejas, metrôs, Casas de Shows, entre outros), estabelecer toque de recolher e as restringir o acesso e a circulação tanto de veículos quanto de pessoas no país.


 "O governo de um País pode declarar que
este se encontra em estado de emergência.
Isso significa que o governo pode suspender e/ou
mudar algumas das funções do executivo, do legislativo
ou do judiciário enquanto o país estiver
neste estado excepcional, alertando ao mesmo tempo
seus cidadãos para que ajustem seu comportamento
de acordo com a nova situação,
 além de comandar às agências governamentais
a implementação de planos de emergência.
Um governo pode declarar estado de emergência
em resposta a desastres naturais e/ou causados pelo homem,
períodos de desordem civil, declarações de guerra ou
situações envolvendo conflitos armados
internos ou internacionais."
 
Nesta situação e apoiada pela legislação francesa, em vigor desde 1955, as autoridades civis são autorizadas ainda a estabelecer zonas de segurança, proibir manifestações, exigir a entrega de armas e/ou munição, vistoriar domicílios a qualquer hora (de dia ou à noite), sem a obrigação formal de apresentação de mandado judicial, decretar prisão domiciliar e outras medidas de segurança.
 
Até o presente momento e, segundo as reportagens vinculadas nos principais meios de comunicação, vários suspeitos foram apreendidos, inclusive, sob prisão domiciliar. De acordo com as agências internacionais de notícias, oito terroristas morreram, sendo que sete por suicídio. E, ainda, o terrorista apontado como mentor dos ataques de Paris também morreu.
 
As buscas aos terroristas continuam no país, assim como em outros países europeus, como por exemplo, a Bélgica.
 
Não foi a primeira vez que a França sofreu um ataque terrorista, neste ano. Além de alguns casos isolados, os quais foram vinculados a ações de terroristas, quem não se lembra do massacre na sede do jornal satírico francês, Charlie Hebdo, em Paris, em janeiro deste ano, que resultou na morte de 12 pessoas?
 
A sede do jornal já havia sofrido ameaças, anteriormente e, entre os mortos se encontravam dois policiais, oito membros da equipe editorial do jornal, sendo cinco cartunistas (Charb, Cabu, Tignous, Philippe Honoré e Georges Wolinski), um economista (Bernard Maris), uma colunista e psicanalista (Elsa Cayat) e um corretor (Mustapha Ourrad). Os outros dois eram um editor (Michel Renaud), que fora convidado pelo cartunista Cabu e um funcionário da empresa Sodexo, Frédéric Boisseau, que trabalhava no local.
 
De acordo com o que foi apurado, na época, a motivação do ataque se deu em virtude de publicações de caricaturas, polêmicas, por conta do teor de suas piadas sobre Maomé e líderes islâmicos, como aconteceu com a do líder do grupo jihadista do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.
 
Em razão destas caricaturas, a sede do jornal sofreu um ataque por um grupo de três pessoas, sendo que uma estava no controle do veículo usado. Os que cometeram os ataques, tanto na parte externa quanto na parte interna da sede do jornal, eram irmãos. O autor do “cartoon” polêmico, Philippe Honoré, foi atingido e morto no ataque.
 
A Internet oferece uma gama de links que tratam deste caso específico, assim como este mais recente, ocorrido no dia 19 do mês em curso, assim como as autoridades francesas e outras estão lidando com estas questões do terror (medidas anti-terroristas).
 
 Protestos em Paris após o massacre n
a sede do Charlie Hebdo
Imagem capturada na Internet
Fonte: Wikipédia (Foto de Olivier Ortelpa)


Fontes de Pesquisa

. Ataques de novembro de 2015 em Paris – Wikipédia

. Ataques em Paris: Como o Estado Islâmico escolheu os alvos – Sputinik Brasil

. Ataques em Paris ocorreram em seis pontos diferentes - ZH
 
. Jornal O GLOBO (impresso, várias edições)
 
. Massacre do Charlie Hebdo – Wikipédia
 
. Veja a cronologia dos atentados em Paris que mataram mais de 120 – G1

 
 Imagem capturada na Internet
Fonte: A Rede

domingo, 22 de novembro de 2015

20 de Novembro: Dia da Consciência Negra (Atividade Dirigida) - Parte II

 Imagem capturada na Internet
 
Dando continuidade à publicação anterior, acerca da Atividade Dirigida desenvolvida no C.E. Profª Sonia Regina Scudese no âmbito do Projeto Étnico-Racial, trago a letra da música e as fotos das etapas seguidas.
 

O MEU GURI
                                                                                      Chico Buarque

 
Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar.
 
Como fui levando não sei lhe explicar.
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá, olha aí, olha aí,
Olha aí, ai o meu guri, olha aí,
Olha aí, é o meu guri e ele chega.
 
Chega suado e veloz do batente e
Traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço, que haja pescoço para enfiar.
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí,
Olha aí, ai o meu guri, olha aí,
Olha aí, é o meu guri e ele chega.
 
Chega no morro com o carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador.
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos está um horror.
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí,
Olha aí, aí o meu guri, olha aí,
Olha aí, é o meu guri e ele chega.
 
Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo,
Acho que tá lindo de papo pro ar
desde o começo eu não disse, seu moço?
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí,
Olha aí, ai o meu guri, olha aí,
Olha aí, é o meu guri.


 
. Descrição do Perfil do “O Meu Guri”
. Nome:
. Idade:
. Cor:
. Altura:
. Estilo (roupa e calçado):
. Acessórios:
 
 































 
 

20 de Novembro: Dia da Consciência Negra (Atividade Dirigida) - Parte I

 Imagem capturada na Internet
 
 
Para não cair na mesmice de sempre e, também, por encontrar-me na elaboração de outros artigos, inclusive, cobrados por alguns alunos, eu não poderia deixar de mencionar acerca da data de ontem, na qual se comemorou o Dia da Consciência Negra.

Data esta que não deveria ser uma específica, mas de reflexão todos os dias. Assim como, não deveria ser chamada “Consciência Negra”, pois o seu sentido é dúbio, podendo ser interpretada como um direcionamento ao negro quanto ao conhecimento de seu papel e importância na sociedade brasileira. E antes do que qualquer outro grupo de cor distinta (branca, indígena, parda e amarela), acredito que eles sabem muito mais do que estes acerca de sua importância na sociedade.

O que falta mesmo é o tripé a ser estabelecido com base no reconhecimento, na valorização e no fim do preconceito.

Como professora regente, eu repudio todas as formas de preconceito e de discriminação, onde quer que ela seja vivenciada e demonstrada. E, a escola – enquanto espaço de grande diversidade cultural – é o ambiente onde mais se manifestam estes tipos de comportamento e, ao mesmo tempo, torna-se o lugar comum para discuti-los.

O preconceito tem várias facetas, baseado em uma relação humana, desigual, marcada por um indivíduo que se acha superior em detrimento a outro que, em geral, faz parte de um grupo minoritário, isto é, em menor número.

Já a discriminação consiste na ação, isto é, na atitude movida pelo preconceito. E é justamente sob estes dois conceitos (preconceito e discriminação racial) que gostaria de tratar a data comemorativa, em questão, compartilhando uma atividade que realizei no C.E. Profª Sonia Regina Scudese, no âmbito do Projeto Étnico-Racial da Unidade Escolar, em um dia de “Sábado Letivo”.

A referida atividade teve por base trabalhar uma letra de música contextualizada, visando não só a leitura e a interpretação da mesma, como também ascender discussões acerca do preconceito racial, sobretudo, aquele que se configura velado e, não, explícito.

Vale ressaltar, ainda, que a mesma fez parte do Projeto “Canto o que não Silencia”, o qual desenvolvi na E.M. Dilermando Cruz e que consistia em trabalhar letras de músicas contextualizadas a questões políticas, sociais, econômicas, ambientais e culturais (leitura e interpretação).
 
Sendo assim, no contexto do Projeto Étnico-Racial do C.E. Profª Sonia Regina Scudese, a música selecionada foi “O Meu Guri”, composta por Chico Buarque (lançada em 1976).

 
A riqueza de sua letra nos leva a traçar detalhes acerca das condições de vida da mãe, antes e após o nascimento do “Meu Guri” e, sobretudo, as atividades que ele pratica no papel de provedor da família. E, ainda, por meio da representação em desenho e descrição do perfil do “Meu Guri”, por cada aluno, é possível traçar a linha de debate para as questões raciais e para o preconceito racial. Mesmo para aqueles que afirmam que não são preconceituosos.
 
A diversidade étnico-racial do nosso país é algo incontestável, tendo em vista a grande miscigenação na formação da sociedade brasileira, com a união entre diversos grupos humanos, como os indígenas (nativos do nosso país), os brancos (colonizadores europeus), os negros (africanos que foram traficados na condição de mão de obra escrava), os amarelos (imigrantes) e tantos outros povos imigrantes que para o nosso país vieram e fixaram residência definitiva.  
 
Em razão disso, a temática em si é de uma riqueza ímpar na compreensão da formação histórica do povo brasileiro. Todavia, entre estes grupos citados e, dentre as diversas facetas do preconceito racial, o grupo negro é – sem dúvida nenhuma – um dos que mais sofre preconceito e discriminação em nossa sociedade.
 
E, levando em conta que o ambiente escolar, por ser um espaço de grande diversidade cultural, social e étnico, reproduz comportamentos desiguais, sob um falso conceito de relação de superioridade x inferioridade, marcada sobretudo pela intolerância ao grupo de alunos negros (cor preta e parda), discutir estas atitudes discriminatórias e, ao mesmo tempo, promover debates acerca da importância de cada um na constituição e no retrato fiel do nosso povo (e de sua cultura) ganham dimensões concretas, capazes de atenuar ou, pelo menos inibir, tais comportamentos inconcebíveis nos dias de hoje.
 
Ainda, neste contexto, não devemos esquecer que há mais de 12 anos, o Governo Federal tornou – através da Lei 10.639/2003 - a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo escolar do Ensino Fundamental e Médio.
 
Apesar de seu reconhecimento tardio, a legislação em questão assinalou um grande avanço nas discussões acerca da contribuição e do papel do negro na história e na pluralidade cultural do nosso país. E, mais do que nunca, que estas discussões necessitam perpassar pelo combate à discriminação racial, agressiva, escancarada e/ou velada.
 
Sendo assim, a escolha da atividade – em questão - foi mais que uma proposta pedagógica, voltada para leitura e interpretação de letra de música, foi uma tomada de decisão para trabalhar efetivamente a cidadania, o respeito à pluralidade étnico-racial do país e, também, debater o racismo, sobretudo, o velado. 
 
Os Procedimentos Metodológicos adotados perpassaram pelas seguintes etapas:
 
. 1ª Etapa: Leitura da letra da música selecionada (cópia reproduzida para cada aluno e leitura individual);
 
. 2ª Etapa:  Audição e canto da música (acompanhando a mesma a partir do uso de equipamento eletrônico, por duas vezes);
 
. 3ª Etapa:  Análise e reflexão crítica da letra da música por meio da realização de Atividade Dirigida (questões pertinentes à interpretação da música em folha reproduzida para cada aluno);
 
. 4ª Etapa: Reprodução do agente principal da música por meio de desenho e descrição do seu perfil (desenho do "O Meu Guri" em folha de Papela A4 e colorido com lápis de cor, tal como cada aluno o imaginou, assim como a descrição de seu perfil);
 
. 5ª Etapa:  Apresentação individual dos resultados (desenho e perfil) para a turma;
 
. 6ª Etapa:  Análise final e discussões em grupo, contextualizando a letra da música de acordo com a sua significância real e, posteriormente, com as interpretações feitas pelos alunos;
 
. 7ª Etapa: Exposição dos trabalhos no Mural da Unidade Escolar, tendo a atenção de agrupar os diferentes desenhos do “O Meu Guri” de acordo com a cor definida por eles, ou seja, no caso desta atividade, foram as seguintes: preta, parda e branca.
 
A minha contribuição no Mural foi apresentar a letra da música, destacando a análise dos fatos conexos a esta.
 
Quanto aos resultados, como era de se esperar, a grande maioria concebeu “O Meu Guri” de cor preta, embora a música – em nenhum trecho de sua letra – deixa esta característica de forma explícita. A cor parda apontou como segunda opção e, apenas quatro alunos, desenharam “O Meu Guribranco.
 
Vale lembrar, ainda, um outro aspecto direta e/ou indiretamente associado à determinação da cor do perfil do “Meu Guri”, que foi a sua condição social, família em situação de vulnerabilidade social (pobreza e extrema pobreza).
 
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Observação: Em razão da extensão do presente texto, continuarei o mesmo em outra publicação (Parte II).