sábado, 13 de fevereiro de 2016

13 de Fevereiro: O Dia D de Combate ao Mosquito Aedes aegypti

 Imagem capturada na Internet
Fonte: EBC Agência Brasil - Elza Fiúza
 
 
 Texto atualizado a0s 00:30 do dia 14/02/2016

Já começou, hoje, pela manhã, o Dia D, isto é, o Dia de Mobilização para Combate ao Aedes aegypti, em todo território nacional. Campanha esta, já mais do que tardia, mas necessária e imprescindível diante do número crescente de vítimas pelo Zica Vírus e sua correlação aos casos de bebês microcefálicos e à síndrome de Guillain-Barré, bem como a outras doenças transmitidas pelo referido mosquito, como a dengue e a febre Chicungunha (o mosquito também é o vetor da febre amarela).
 
O combate ao mosquito Aedes aegypti é um dever de toda a sociedade e autoridades competentes da área de saúde, bem como dos governantes, pois é um mosquito urbano, doméstico, que pode ser reproduzido em qualquer lugar onde haja água parada. No entanto, segundo o site do Dr. Drauzio Varella e outros, o mosquito já foi encontrado também em áreas rurais, possivelmente, levados em recipientes durante as fases de ovos e larvas.  
 
O mosquito Aedes aegypti, macho, ocasionalmente, também podem picar, mas este só se alimenta de néctar e das seivas de plantas. Apenas as fêmeas infectivas transmitem as doenças para os seres humanos, pois são espécies hematófagas, ou seja, se alimentam de sangue também. Elas apresentam hábitos predominantemente diurnos, atacando mais pela manhã e ao entardecer, preferencialmente, as pernas e os pés, pois os seus voos são baixos.
 
Segundo SILVA, MARIANO e SCOPEL (2007), a vida média do mosquito Aedes aegypti em torno de 30 dias e as fêmeas - quando férteis - chegam a depositar entre 150 a 200 ovos.
 
Em termos ambientais, os climas quentes e úmidos (chuvosos) – sobretudo - tropical e equatorial têm uma importância geográfica substancial, pois suas condições ambientais otimizam a sua reprodução e proliferação. Estes também são encontrados em regiões de clima subtropical.
 
Embora, a presença do mosquito Aedes aegypti já tenha sido verificada até a latitude 45°N (casos esporádicos), por ocasião de estação do ano mais quente, pode-se afirmar que sua ocorrência se limita, geograficamente, entre as latitudes 35°N e 35°S. Em outras palavras, em geral, o mosquito não sobrevive no inverno e nem em regiões de condições climáticas mais rigorosas.
 
Além da latitude, a altitude é outro fator importante e limitante a sua ocorrência. Estudos indicam que o mosquito Aedes aegypti é encontrado, sobretudo, em altitudes abaixo de 1.000 metros. Todavia, já houve registro de sua presença, na Índia (Ásia) e na Colômbia (América do Sul), a 2.200 metros acima do nível do mar.


Sendo assim, pode-se afirmar que o mosquito não se desenvolve em baixas temperaturas e nem em altitudes elevadas. As regiões tropicais e subtropicais são as que oferecem melhores condições para o desenvolvimento completo do ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti, o qual perpassa por quatro fases, a saber:  ovo, larva, pupa e adulto 

 
 Imagem capturada na Internet

Em razão do nível alarmante dos registros, sobretudo, de Zica Vírus e da dengue no país, a campanha nacional visa orientar e inspecionar casas, terrenos baldios e outros que possam apresentar locais criadouros do mosquito. São estes os alvos principais dos 220 mil militares das Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha), 46 mil técnicos de combate às endemias e 266 mil agentes comunitários de saúde, aproximadamente, que, junto com outros, estarão distribuídos nos 353 municípios a serem vistoriados neste sábado.  
 
De acordo com as mídias, estas cidades foram escolhidas - pelo Ministério da Saúde – por apresentarem maior incidência de pessoas infectadas pelo mosquito. E, sendo assim, o foco é combater o principal vetor da Zica Vírus, da dengue e da febre Chicungunha à partir da eliminação dos seus criadouros.
 
Os criadouros podem ser encontrados em qualquer espaço, em casa, no quintal, em terrenos baldios, espaços públicos (praças), clubes, entre outros. Sendo assim, toda a atenção deve ser concentrada em recipientes artificiais, que possam acumular água da chuva, principalmente, como pneus, latas, garrafas, caixa d’ água descoberta, piscinas sem uso, fundo de garrafa vidro utilizados nos muros para segurança da casa, calhas, tampinha de garrafa de bebida, a água de regar e acumulada nos pratinhos de vasos de plantas etc.
 
Consideram-se, ainda, como criadouros naturais para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, as bromélias, os bambus e os buracos existentes em árvores.

As bromélias, por exemplo, só para citar algo semelhante que ocorreu com esta espécie vegetal, mas com outro tipo de mosquito e doença associada, foram totalmente dizimadas no início da década de 40 (Século XX), em áreas florestais do litoral catarinense (SC), devido a descoberta da correlação da planta como criadouro natural dos mosquitos do subgênero Kerteszia, causador da malária (ou impaludismo) na região.
 
A área limítrofe do chamado “Complexo bromélia-malária”, no referido estado da região Sul do país, se estendia - no sentido norte-sul – entre a divisa do estado com o Paraná e com o Rio Grande do Sul, compreendendo a faixa entre as Serras Geral e do Mar até à costa oceânica (litoral).
 
Com a descoberta desta correlação, os métodos de combate, até então empregados, passaram a focar a eliminação dos criadouros dos ovos e larvas do mosquito, ou seja, a destruição das bromélias.
 
Quando eu estudei na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), eu ouvi esta história e há publicações a respeito disso. Na época, as pessoas apresentaram opiniões diversas sobre a radicalização do método de erradicação da doença. Alguns defendiam a prioridade articulada à saúde humana em detrimento à conservação da espécie vegetal, enquanto outros condenavam o extermínio das bromélias no contexto do equilíbrio do ecossistema.
 
Não vou colocar em discussão, aqui e, neste momento, estas questões. Só alerto que o problema do mosquito Aedes aegypti é de todos. Somos todos responsáveis pelos possíveis criadouros artificiais e/ou naturais constatados em nossas residências ou lojas comerciais, assim como os das áreas públicas e outras cabem às instâncias de governo, às autoridades competentes a fiscalização permanente.

O Governo, seja na instância federal, estadual e/ou municipal tem - por obrigação - proteger o povo contra estas epidemias através de campanhas preventivas, de fiscalizações constantes a criadouros do mosquito e da aplicação do Fumacê, preferencialmente, por duas vezes ao dia (manhã e final da tarde).

Eu lembro da passagem do carro do Fumacê na rua da minha mãe, na Penha (Rio de Janeiro) e a maioria dos vizinhos, totalmente sem o devido conhecimento de sua importância, fechavam as janelas, quando estes passavam aplicando o inseticida devido ao cheiro forte. E o pior, o mosquito Aedes aegypti tem hábitos domésticos, ou seja, ele fica no interior da casa.
 
Outra imagem absurda tirada por mim, no final do ano, próxima a uma Unidade Escolar em que trabalho. Observa-se bem a irresponsabilidade de vários agentes: os moradores, os catadores de lixo e a empresa de coleta de lixo. Mais próximo que a escola fica uma Unidade de Saúde.
 
 
 
 Fontes de Consulta
 
. Aedes aegyptiCombate a Dengue
 
. Aedes aegyptiDr. Drauzio Varella
 
. Conheça o Aedes aegypti: o Mosquito Transmissor da Dengue - MundoBit
. Dengue: Vírus e Vetor - Fiocruz
 
. SILVA, MARIANO e SCOPEL. A Influência do Clima Urbano na Proliferação do Mosquito Aedes aegypti em Jataí (GO) na Perspectiva da Geografia Médica. YGEIA, Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, 33-49 - Em PDF
 
. País terá neste sábado Dia de Mobilização para Combate ao Aedes aegypti - UOL - Notícias Ciência e Saúde
 

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Início das Atividades no Blog e do Ano Letivo de 2016


 Mosquito Aedes aegypti

A bem dizer, 2016 só começou hoje, neste espaço, diante da minha ausência prolongada desde o final de dezembro do ano passado. Não foi intencional, mas estive sem tempo para sentar, escrever e atualizar as postagens. E, como muitos sabem, este Blog é mantido às mãos de uma pessoa, ou seja, eu!
 
Assuntos diversos não faltam, ainda mais, sob o contexto de análise geográfica, mesmo que alguns pareçam repetitivos em se tratando de publicação neste Blog: agravamento e os reflexos da crise econômica e política do país; em especial, a crise no estado do Rio de Janeiro; o drama familiar com a epidemia do Zika Vírus e sua relação com os casos de microcefalia; as discussões quanto ao Antropoceno, a nova idade geológica a ser considerada pelos cientistas; o desastre ambiental do Rio Doce;  a aprovação do Bloco Transpacífico de Cooperação Econômica; a grande dúvida mundial sobre o lançamento do foguete espacial para colocar um satélite norte-coreano em órbita; o início do ano letivo, entre tantos outros temas.
 
A começar, não posso deixar de comentar que o ano letivo (2016), embora tenha iniciado no dia 1˚ de fevereiro na rede pública do Rio de Janeiro, com alunos no segundo dia, só vai mesmo acontecer de fato após o carnaval, ou seja, a partir do dia 15.
 
Na rede estadual (Ensino Médio), onde trabalho, a infrequência foi muito alta e, em algumas turmas, nenhum aluno compareceu. Já na escola municipal, a frequência apesar de ter sido maior, se configurou atípica às registradas nos dias normais.
 
Isso já era de se esperar, não só em consequência do feriado prolongado com as viagens programadas por muitas famílias, mas que – também - por outros fatores fizeram com que muitos alunos não fossem à escola ou que muitos responsáveis acabassem optando por não encaminhar os filhos à mesma.
 
Ontem, tivemos um evento na E.M. Dilermando Cruz, com oficinas voltadas para a questão das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A frequência de alunos, embora baixa, não impediu a realização e a conclusão dos trabalhos e, muito menos, a perspectiva de darmos continuidade a algumas atividades durante o período regular das aulas.
 
Eu mesma, que fiquei junto com a professora Sidra Vasconcellos (Ciências) na oficina de levantamento estatístico dos membros da Comunidade Escolar, presentes (alunos, professores, pessoal de apoio e Gestão Escolar) que já tiveram alguma das doenças transmitidas pelo mosquito e que foram confirmadas pela rede pública de Saúde ou médico particular. Para efeito deste levantamento, consideramos as seguintes doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: Dengue, Chicungunha e Zica.
 
Os dados (numéricos) obtidos foram transformados em porcentagem e destes foram elaborados, por meio do Excel, gráficos de barras para o estabelecimento e correlações entre as mesmas. Houve, ainda, oficinas voltadas para música, elaboração de faixas, de cartazes diversos etc.
 
Como é sabido por muitos, o Aedes aegypti não só transmite estas doenças, acima citadas, ele é também o vetor da febre amarela. Os pesquisadores estão empenhados em descobrir, ainda, a correlação destas doenças com sequelas no sistema neurológico das pessoas, associados a Dengue e o Zika Vírus, como a síndrome de Guillain-Barré e a microcefalia, respectivamente.     
 
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica grave, associada a Dengue, se caracteriza pela inflamação dos nervos, intensa fraqueza muscular, palpitações no peito e alterações da pressão arterial (pressão alta ou baixa), podendo em alguns casos causar o óbito.
 
Quanto ao Zika Vírus, as atuais discussões e ocorrências reforçam a sua ligação com os casos de microcefalia em bebês recém-nascidos.
 
Já publiquei acerca destes últimos, mas devo elaborar outra matéria, divulgando as últimas notícias e boletins dos Órgãos competentes da área de Saúde acerca do Zica Vírus e dos casos de bebês encefálicos.
 





 







 








 

 

Dos 118 membros da Comunidade Escolar - entre alunos, professores, pessoal de apoio e da equipe da Gestão Escolar - presentes no 1˚ Turno do Diurno (manhã), os dados obtidos no levantamento estatístico acerca das três doenças avaliadas foram, a saber:
. Dengue: 19 (dezenove) pessoas contraíram a dengue, sendo 04 (quatro) pessoas por duas vezes (todos profissionais), 02 (dois) alunos tiveram uma vez só e 13 (treze) profissionais tiveram, também, uma única vez;
. Febre Chicungunha: Apenas 01 (uma) pessoa, que por sinal fui eu (em 2014);
. Zica: 12 (doze) pessoas, sendo 08 (oito) alunos


 

Mês de Fevereiro: Datas Comemorativas


 Internet Segura - Imagem capturada na rede
Fonte: Blog Eyllo


FEVEREIRO

01. Dia do Publicitário
       Dia do Eletricitário

02. Dia do Agente Fiscal
        Dia de Iemanjá
        Dia da Receita Federal
        Dia da Marmota
        Dia Mundial das Zonas Úmidas

03. 1a Nave terrestre na Lua (1966)

04. Dia da Fundação do Facebook
        Dia das Missões Portuguesas
        Dia Mundial da Luta contra o Câncer

05. Dia do Datiloscopista
        Dia da Papiloscopia
        Dia Nacional da Mamografia
        Dia da Fada Madrinha

 06. Dia do Agente de Defesa Ambiental
        Dia Internacional da Internet Segura
        Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina


07. Dia do Gráfico
        Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas

 08. Dia da Penitência

 09. Carnaval (2016)
        Dia do Zelador
        Dia do Frevo
        Dia do Surf
        Dia Nacional de Luta pelo Transporte Público  

10. Dia do Atleta Profissional
        Dia da criação da Casa da Moeda

11. Dia Mundial do Enfermo

12. Dia de Darwin
   
13. Dia Mundial da Rádio

14. Dia da Amizade (alguns consideram como Dia do Amor)
       Dia de São Valentim 

15. Dia Mundial da Lepra
       Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância

 16. Dia do Repórter

17.  Dia da Constituição da Comissão Especial contra Crimes de Tortura

18. Dia da Unidade Nacional

19. Dia do Esportista

20. Dia Mundial da Justiça Social
        Dia da criação do Correio Aéreo Nacional (1931)

21. Dia Internacional da Língua Materna
       Término do Horário de Verão (2015-2016)

22. Criação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA

23. Dia do Rotaryano (Rotary Club)

24. Promulgação da primeira Constituição da República do Brasil (1891)

25. Dia da criação do Ministério das Comunicações (1967)
       Dia da criação do Ministério do Interior (1889)
       Dia da criação do Ministério dos Transportes (1967)

26. Dia do Comediante

27.  Dia Nacional do Livro Didático
         Dia do Agente Fiscal da Receita Federal
         Dia do Idoso


28.  Dia da Ressaca
         Dia Mundial da Doença Rara