quarta-feira, 1 de junho de 2016

Dia 29 de maio: Dia do Geógrafo



No dia 29 de maio (domingo passado), além do 80˚ aniversário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comemorou-se o Dia do Geógrafo, isto é, o bacharel em Geografia.

Para quem desconhece, o Curso de Graduação em Geografia (Ensino Superior) oferece duas modalidades distintas de formação: o bacharelado e a licenciatura.

O bacharel em Geografia tem a habilitação para exercer estudos e atividades de pesquisa em sua área de concentração, enquanto que o licenciado é habilitado a atuar como docente, isto é, dar aulas de Geografia (professor) tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio (professor). Ele, ainda, pode ser professor de Universidade (Ensino Superior), no caso de ter a titulação exigida para trabalhar neste nível de ensino (Mestrado e/ou Doutorado, por exemplo).
 
Nesta última modalidade de ensino, professor universitário, tanto o bacharel quanto o licenciado podem ministrar aulas de Geografia ou de áreas afins mediante as titulações de pós-graduação mencionadas (Mestrado e/ou Doutorado).
 
O bacharel em Geografia, legalmente habilitado através da Lei 6664/79, pode ter o seu registro junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) de seu estado. Estando regularmente associado ao CREA e desenvolvendo atividades de pesquisa, o Geógrafo pode emitir parecer técnico, elaborar EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto do meio Ambiente), tanto em empresas privadas quanto estatais.
 
Eu, particularmente, obtive as duas habilitações na área de Geografia, ou seja, tanto sou geógrafa (bacharel) quanto professora de Geografia (licenciada), formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ).
 
Além de docente, por muitos anos trabalhei em pesquisa, desde o período da faculdade, como bolsista do CNPq, tendo apresentado e publicados trabalhos em Congressos, em Simpósios e em livro.
 
Como bolsista (graduanda) trabalhei no Departamento de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na área de Geomorfologia e Sedimentologia. Depois, já formada e tendo as duas titulações (bacharelado e licenciatura) dei aula no mesmo Departamento da UERJ na disciplina Geomorfologia Ambiental, com contrato temporário e, depois, fui contratada como docente no Centro Universitário de Araguaína (da antiga UNITINS, hoje, UFT), para dar aula na Faculdade de Geografia (Licenciatura) e no Colégio de Aplicação.
 
Neste período em Araguaína (TO) fiz parte da Comissão Organizadora do I Encontro de Geografia do Tocantins (1º ENGETO), realizado na mesma cidade, em 1993.
 
Foi, inclusive, em Araguaína que conheci o meu atual esposo, também, Geógrafo.
 
Embora, goste de atuar em pesquisas, desde que saí de Araguaína e estando grávida, não mais me dediquei a exercer junto a algum profissional nesta área. Dediquei-me na tarefa de ser mãe e, depois, também, minha mãe caiu doente e precisou da nossa ajuda em seus cuidados (eu e mais duas irmãs sob o sistema de rodízio).
 
Hoje, atuo exclusivamente como docente na rede municipal e estadual do Rio de Janeiro, ministrando aulas no Ensino Fundamental (6º ao 9º Ano) e no Ensino Médio (1ª e 3ª Série).
 
Sinto saudades deste tempo, mas não me arrependo de ter traçado outros caminhos, pois estes nunca perderam o foco em Geografia.
 
Mais uma vez, a minha homenagem aos Geógrafos, cuja importância é, sem dúvida, essencial a muitos trabalhos sob o contexto das relações e intervenções humanas no ambiente, mesmo ciente que os mesmos ainda não têm o valor devido em face da falta da integração dos seus estudos e pesquisas em diferentes planejamentos de ordem social, econômica, ambiental e política.

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