segunda-feira, 26 de março de 2018

Murilo Ribeiro da Costa: Um Voluntário do Bem


 Aluno Murilo Ribeiro
 
 
“O que se faz com o coração, nunca é obrigação.”

Hoje, o gesto do meu aluno Murilo Ribeiro da Costa, da E. M. Dilermando Cruz (Bonsucesso, Rio de Janeiro), Turma 1802, me surpreendeu e, ao mesmo tempo, me deixou muito feliz...
 
Como muitos alunos sabem e, alguns até já contribuíram, eu estou ajudando uma amiga – professora aposentada – a arrecadar lacres de latinhas de alumínio (refrigerantes, cervejas e sucos) para a Campanha para doação de cadeira de roda.
 
Já publiquei neste espaço acerca desta Campanha, que conta com várias Entidades que a promovem, como o Rotary Clube, a Unimed e a Arteris. Para entendê-la, clique AQUI!
 
Pois bem, eu consegui juntar mais de 500 lacres neste mês de março, contando ainda com a colaboração de outros voluntários do bem, que me ajudam. O referido aluno, no entanto, superou em muito esse número e eu, embora curiosa, não deverei contar, pois são muitos lacres.
 
 Doação do aluno
 
O aluno Murilo Ribeiro compreendeu a importância da Campanha e se dedicou como voluntário do bem à causa nobre. Estou feliz e orgulhosa de seu gesto. Ele fez a diferença ao fazer a sua parte ao invés de cruzar os braços e ignorar.
 
“Quando há fraternidade, o amor é sereno;
quando há solidariedade, o amor é ativo;
quando há caridade, o amor é vivo.” 
 Juahrez Alves
 

sábado, 24 de março de 2018

24 de Março: A Hora do Planeta

Imagem capturada na Internet
Fonte: Earth Hour
 
Amanhã, dia 24 de março, às 20h30, os habitantes de milhares de países no mundo todo irão apagar as luzes de suas residências, procedendo o mesmo em relação aos marcos históricos, prédios públicos e outros locais famosos em suas respectivas cidades em apoio à Campanha da “Hora do Planeta”. Movimento este de apoio às ações de combate às mudanças climáticas.
 
Mais especificamente, este ato simbólico consiste em uma demonstração de preocupação com o fenômeno do Aquecimento Global e, ao mesmo tempo, de apoio às ações de combate às mudanças climáticas através de um gesto simples em apagar as luzes por uma hora, isto é, das 20h30 às 21h30.
 
Como já mencionei em várias postagens, por ocasião da data, este movimento foi lançado pelo World Wide Fund for Nature (WWF), em 2007, na cidade de Sydney (Austrália), tendo a mobilização de apoio de 2,2 milhões de moradores. No ano seguinte (2008), o movimento cresceu e ganhou adesão de 35 países, contabilizando 50 milhões de participantes, distribuídos por 400 cidades.
 
Em 2017, a participação foi de 187 países e territórios, com mais de 3.000 monumentos apagados. No Brasil foram 145 cidades e mais de 600 monumentos foram desligados durante 60 minutos (uma hora), mobilizando 250 mil pessoas.
 
Vale lembrar, novamente, que a “Hora do Planeta” não remete a uma medida de economia de energia elétrica, mas sim uma forma de promover a conscientização coletiva e uma demonstração de engajamento social em prol do planeta e, consequentemente, da humanidade.
 
A Hora do Planeta consiste na maior mobilização de conscientização sobre as mudanças climáticas do mundo. Ele já faz parte do calendário de vários países, inclusive, do nosso, com a participação de muitas cidades brasileiras.
 
A Campanha deste ano tem uma grande novidade, a qual vai perdurar até o ano de 2020. Seu foco – durante esses três anos (até 2020) – será voltado na relação entre as mudanças climáticas e a importância da biodiversidade.
 
"Biodiversidade e natureza sustentam nossas vidas,
nossas economias, nossa saúde,
nosso bem-estar, nossa felicidade.
É o alicerce do nosso planeta vivo.
Estamos empurrando o planeta e
seus sistemas naturais até o limite.
A Hora do Planeta é nossa chance de usar nosso poder,
como indivíduos e como um coletivo,
para exigir e agir em prol da proteção deste planeta
como recompensa a tudo que nos dá"
(Marco Lambertini, diretor-geral do WWF Internacional)
 
Embora ainda controverso, pode-se dizer que as mudanças climáticas é um assunto inquestionável, nos dias de hoje. De fato, as ações antrópicas tiveram e têm impactos diretos e/ou indiretos no clima do planeta.
 
De acordo com o WWF-Brasil, a grande ocorrência de eventos climáticos extremos que aconteceram no ano passado prova os efeitos negativos destes e, para tal constatação, a referida ONG cita – como exemplos - os incêndios ocorridos em Portugal e nos EUA (Califórnia), as inundações na Índia e os furacões Irma e Maria, no Caribe.
 
A nível do nosso território nacional, os episódios incluem a prática de queimadas que bateu um recorde, as perdas na produção agrícola pelo aumento da estiagem (seca) e, também, o problema de racionamento de água no país.
 
Segundo André Nahur, coordenador do Programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, além dos efeitos mais visíveis, o aumento da temperatura média do planeta também é capaz de desencadear consequências silenciosas e ainda mais graves, em especial com relação à biodiversidade. Ele cita, inclusive, os efeitos nas quedas da produção do café ou do pequi.
 
A estratégia de focar essa relação clima x biodiversidade por três anos tem por base alcançar as metas do Acordo de Paris, Convenção da Biodiversidade e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na intenção de salvar o planeta.
 
“Por isso essa estratégia de três anos é tão importante.
Queremos aproveitar o movimento
que a Hora do Planeta gera
para que cada um de nós e cada ator da sociedade
possam ajudar a reduzir os efeitos das mudanças climáticas
e os impactos à biodiversidade.”
 
(Mauricio Voivodic, Diretor Executivo do WWF-Brasil)

 
Imagem capturada na Internet
Fonte: Earth Hour
 
 
Fonte de Consulta: WWF-Brasil
 



Cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio - Enem 2018


Cronograma 2018
 
. 02 a 11 de abril
         - Período de solicitação de isenção da taxa de inscrição;
         - Período da justificativa de ausência no Enem 2017.

. 23 de abril
        - Divulgação dos resultados das solicitações de isenção.

. 23 a 29 de abril
        - Período de Recursos relacionados às solicitações de isenção.

. 07 a 18 de maio
        - Período de INSCRIÇÃO ao ENEM 2018/ Início do pagamento da taxa de inscrição.

. 18 de maio
        - Término do período para alteração de dados cadastrais, município de provas, opção de língua estrangeira;
       - Término do período para solicitação de atendimentos e envio de laudo médico, declaração ou parecer.

. 23 de maio
        - Término do período para pagamento da taxa de inscrição.

. 28 de maio
        - Início do período da solicitação de Atendimento por Nome Social.

. 03 de junho
        - Término do período da solicitação de Atendimento por Nome Social.

 

 
Outubro 2018
        - Divulgação dos LOCAIS das provas (data a confirmar)

. 04 de novembro
        - Aplicação das PROVAS de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias / Redação / Ciências Humanas e suas Tecnologias (tempo de duração: cinco horas e meia).

. 11 de novembro
        - Aplicação das PROVAS de Ciências da Natureza e suas Tecnologias/ Matemática e suas Tecnologias (tempo de duração: cinco horas).
 
Observação: Esse ano (2018) houve mudança no tempo de duração das provas do segundo dia (Ciências Exatas), passando de quatro horas e meia para cinco horas, ou seja, um acréscimo de 30 minutos.
 
. 14 de novembro
       - Publicação dos Gabaritos e dos Cadernos de Questões.

Ano 2019
. Janeiro 2019
        - Divulgação dos Resultados Individuais (data a confirmar).

. Março 2019
       - Divulgação dos Resultados dos Treineiros (data a confirmar);
       - Divulgação dos Espelhos de Redação (data a confirmar).
 
Para maiores informações, acessem o Edital do Enem 2018, AQUI!

terça-feira, 20 de março de 2018

12 de Março: Dia Mundial contra a Cibercensura

 Cibercensura
Imagem capturada na Internet
Fonte: Tecmundo

Na 2ª feira passada (12/03) comemorou-se o Dia Mundial contra a Cibercensura, isto é, contra a censura à Internet livre, já que muitos governos impõem restrições, controles rigorosos e, até vetam o acesso da população à rede. Pode parecer algo surreal para o Século XXI, em plena Era Digital, mas isso é uma prática comum em muitos países.
 
Eu acredito que controle há por parte de todos, no entanto, para alguns sob uma capa tênue de liberdade total, enquanto outros são subjugados pela ausência dessa liberdade, com forte censura ao acesso à Internet ou a determinados sites e/ou redes sociais.
 
Na verdade, as mais variadas práticas de censura são cometidas, em geral, por governos autoritários, que se opõem à liberdade individual e, consequentemente, à democracia. Para tais governos, a Internet livre é vista como uma ameaça grave. Sendo assim, o controle ou a censura os mantêm no poder, sob certa segurança, pois a população não tendo acesso amplo à informação e troca de informações, fica afastada de novos conceitos, das ideias inovadoras e das análises críticas, sobretudo, da vida política do país, entre outros aspectos.
 
O controle das informações perpassa ora por uma filtragem dos conteúdos ora por divulgação apenas daqueles considerados válidos e importantes, segundo a ideologia do regime adotado pelo país.
 
“(...) países que ainda mantém o controle sobre os dados
que podem ficar disponíveis às pessoas,
uma medida radical para a manutenção do poder,
seguindo a velha tradição de ditaduras,
em que quando os indivíduos não possuem a informação
não possuem recursos para lutar pela própria liberdade.”

 
A iniciativa de se criar essa data comemorativa – Dia Mundial contra a Cibercensura – foi da "Repórteres Sem Fronteiras", Organização Não-Governamental (ONG) fundada em 1985, na França, tendo como principal objetivo a defesa de uma internet livre, democrática, ou seja, acessível a todas as pessoas do mundo, sem nenhuma restrição. Bandeira que carrega o ano inteiro e não apenas em um dia simbólico.
 
Além disso, ela assume a função também de proteger os jornalistas, bem como o direito à liberdade de imprensa no mundo.
 
Com relação à Internet democrática, a referida ONG divulga a chamada lista dos “Inimigos da Internet”, onde são relacionados os países e as formas pelas quais seus respectivos governos censuram, controlam e/ou restringem a liberdade de expressão on line.

 
Entre as várias justificativas de controle à rede são citados:
- Possíveis articulações terroristas;
- Sites de pornografia e de pornografia infantil;
- Conteúdo blasfemo de caráter religioso (Islamismo);
- Espionagem;
- Conteúdo opinativo sobre a situação política do país;
-  Defesa e segurança nacional, entre outras.
 
Infelizmente, eu não consegui acesso à lista mais recente dos chamados “Inimigos da Internet”. Os dados que obtive acesso são antigos e alguns, como os publicados na Revista Exame, por exemplo, constam do Relatório da ONG Freedom House (EUA), de 2015.
 
De acordo com Calendáriobr 2018, com base nos dados da ONG Repórteres Sem Fronteiras, os países que mais restringem o acesso à Internet são: China, Síria, Irã, Bahrein, Vietnã do Norte, Cuba, Venezuela, Tunísia, Egito, Arábia Saudita, Síria, Turcomenistão, Uzbequistão e Birmânia.

Quanto à liberdade de Imprensa, segundo o próprio Portal dos Repórteres Sem Fronteiras, os 10 países que mais limitaram a liberdade de Imprensa, no ano passado (2017), foram: Coreia do Norte, Eritreia, Turquemenistão, Síria, China, Vietnã, Sudão, Cuba, Djibouti e Guiné Equatorial.

Imagem capturada na Internet

Tendo interesse ao acesso ao Relatório Freedom of the Net 2015, produzido pela ONG Freedom House (EUA), clique AQUI.

 

domingo, 11 de março de 2018

Pontos de Orientação Geográfica

Imagem capturada na Internet
Fonte: Pixabay

Texto atualizado em 15/03/2018, às 10h00

Para os alunos que estão revisando essa matéria, na 1ª Série do Ensino Médio, visto que foi conteúdo do 6° Ano do Ensino Fundamental...

ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA

Qualquer atividade que façamos na rua, sem ter noção de qual direção certa a tomar, nos informamos acerca de um ponto de referência, a fim de estabelecer um trajeto mais rápido e evitar perder muito tempo na procura (risco de ficar perdido).  

Por isso, estamos sempre utilizando pontos de referência a fim de nos orientarmos em relação ao espaço geográfico, seja em deslocamentos internos entre bairros seja entre cidades e estados que não conhecemos, bem como em outras situações.
 
Até mesmo quando é realizada compras em lojas comerciais de grande porte, quando há a necessidade do serviço de entrega, um ponto de referência em relação à residência do consumidor sempre é solicitado para que o motorista de caminhão não fique perdido no dia da entrega da mercadoria.
 
E estes pontos de referências podem ser os mais variados, como nomes de vias principais (ruas e avenidas); estabelecimentos comerciais, Shopping Center, praças, clubes, rios, estádios, placas de sinalização, conjuntos residenciais, entre outros. Esses dados podem ser fornecidos oralmente ou por meio de um croqui, que é um desenho a mão livre que serve de orientação, destacando alguns pontos de referência.

Esboço de um endereço X em desenho (Croqui) 

Podemos também nos orientarmos através de alguns recursos cartográficos, como mapas temáticos (rodoviários, turísticos, entre outros), plantas ou ainda, tomando por base os pontos cardeais e colaterais, por meio da Bússola (instrumento mais antigos de orientação geográfica), pela disposição do Sol, por outros astros celestes, constelações etc.
 
Mas, nestes casos, é preciso ter noção – ao menos – dos pontos Cardeais, que são os pontos fundamentais de Orientação Geográfica. A partir da identificação destes é possível traçar as demais direções (pontos colaterais e subcolaterais).
 
Muitas pessoas, no entanto, desconhecem outras formas de sua aplicabilidade, uma vez que os pontos cardeais são muito importantes não apenas em termos de orientação quanto ao deslocamento, mas também em termos de construção (bem-estar, saúde e conforto térmico). O valor do imóvel, inclusive, pode sofrer uma depreciação em função deste estar voltado para o Sol poente, pois isso significa que a incidência solar vai ser maior, causando desconforto térmico no ambiente em razão da temperatura elevada.  Além disso, o gasto com energia vai ser maior, utilizando mais horas de ventiladores e/ou ar-condicionado ligados.
 
Daí os imóveis voltados para o Sol nascente apresentarem valores maiores do que aqueles direcionados para o Sol poente.
 
Isso também é observado durante a instalação de indústrias a fim de economizar energia, seja em termos de iluminação seja em termos de sistema de ventilação.
 
PONTOS DE ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA
O termo orientação deriva da palavra Oriente, estando associada à direção do Sol nascente (Leste ou Oriente), que sempre foi utilizada como principal guia.
 
Sendo assim, os pontos de Orientação servem para indicar uma direção. São eles: Pontos Cardeais, Colaterais e Subcolaterais.
 
. Pontos CARDEAIS (Pontos fundamentais)
             - Norte (N) ou Setentrional ou Boreal;
             - Sul (S) ou Meridional ou Austral;
            - Leste (L ) ou Este (E) ou Oriente ou Nascente;
            - Oeste (O) ou Ocidente ou Poente.
 
. Pontos COLATERAIS (localizam-se entre dois pontos Cardeais)
             - Nordeste (NE): entre o Norte e o Leste;
             - Sudeste (SE): entre Sul e o Leste;
             - Sudoeste (SO): entre o Sul e o Oeste;
             - Noroeste (NO):  entre o Norte e o Oeste.
 
. Pontos SUBCOLATERAIS (localizam-se entre um ponto Cardeal e um Colateral)
             - Norte-Nordeste (NNE): entre Norte e Nordeste;
             - Este-Nordeste (ENE): entre Este (Leste) e Nordeste;
             - Este-Sudeste (ESE): entre Este (Leste) e Sudeste;
             - Sul-Sudeste (SSE): entre Sul e Sudeste;
             - Sul-Sudoeste (SSO): entre Sul e Sudoeste;
             - Oeste-Sudoeste (OSO): entre Oeste e Sudoeste;
             - Oeste-Noroeste (ONO): entre Oeste e Noroeste;
             - Norte-Noroeste (NNO): entre Norte e Noroeste.
 
A figura ou desenho onde aparecem os pontos de Orientação Geográfica é chamada Rosa-dos-Ventos. Esta já constava, desde o Século XIV, nos mapas portulanos (criados pelos navegantes italianos).
 
 Rosa-dos-Ventos
Imagem capturada na Internet
Fonte: Wikipedia

A Bússola é o instrumento mais antigo de orientação geográfica. Acredita-se que ela foi inventada pelos chineses, mas esta ganhou maior popularidade no século XII com os árabes. Já no final do século XIII, ela era amplamente utilizada em todo o continente europeu.


Bússola - Imagem do meu acervo particular


 Fontes de Consulta

. Material didático pessoal


. Representações gráficas e cartográficas (em PDF)

sexta-feira, 9 de março de 2018

08 de Março: Dia Internacional da Mulher II


 Imagem capturada na Internet

Texto atualizado em 09/03/2018 às 20h30
 
O Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem (08 de março), sempre foi marcado por manifestações no mundo todo, inclusive no Brasil, organizados sob as bandeiras do respeito mútuo, a igualdade de direitos, o fim da violência contra a mulher, entre outras reivindicações.
 
Embora, seja uma data comemorativa conhecida e muito divulgada, anteontem e ontem, durante as minhas aulas, a maioria dos alunos do Ensino Médio não sabia origem da data (ou não quiseram se expressar). Mesmo sendo esta (origem) uma questão polêmica, pois os fatos não condizem com a data especificada (8 de março) pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975, o dia é referenciado a um grave incidente na história de Nova York (EUA) em relação a um incêndio em uma fábrica têxtil (tecidos), que resultou na morte de várias operárias.
 
 Observem a manchete do jornal The New York Herald
acerca o fatídico incêndio e a data de sua publicação
Imagem capturada na Internet
Fonte: A Chispa! 

 
Polêmica à parte, veja matéria a respeito disso clicando AQUI, o importante ao meu ver e tal como comento todos os anos é mantermos o foco na luta da mulher em ter seus direitos conquistados, respeitados e assegurados legalmente e de forma conscienciosa por ambos os sexos, bem como no combate à violência contra a mulher, cuja base conceitual faz parte da herança cultural do nosso país patriarcal e machista.
 
Quando menciono “direitos conquistados, respeitados e assegurados legalmente e de forma conscienciosa por ambos os sexos” me refiro à desigualdade de gênero que assinalam às diferenças mantidas entre a mulher e o homem tanto na sociedade quanto no mercado de trabalho e em outras esferas de abrangência. Esse legado da cultura machista é que responde pela permanência do preconceito, da discriminação e, sobretudo, da violência contra mulher, seja esta familiar ou não.
 
Em termos de mercado de trabalho, não restam dúvidas que, hoje, a mulher já conquistou espaço e reconhecimento em diferentes setores produtivos, antes nem pensáveis a sua ocupação... No entanto, o seu processo de inserção aos diferentes setores produtivos não foi nada fácil (sociedade, majoritariamente, machista e, estruturalmente, patriarcal).
 
Como é de conhecimento geral, dois marcos históricos a este processo são assinalados, mediante a necessidade de alocar a mulher em substituição ao homem, isto é, durante a I Guerra Mundial (1914-1918) e a II Guerra Mundial (1939 a 1945).
 
Embora, o Brasil não tenha participado ofensivamente do primeiro conflito, a situação emergencial na Europa (cenário tanto da primeira quanto da segunda Guerra Mundial) exerceu forte influência em nosso país, fazendo com que muitas mulheres passassem a trabalhar em repartições públicas, bem como em outras atividades.
 
Todavia, vale ressaltar aqui que, independente da conjuntura histórica, algumas mulheres já trabalhavam, sobretudo, as de classes sociais menos favorecidas, por questões estritamente econômicas, quer seja complementando a renda familiar quer seja sendo a única provedora, ou seja, na condição de chefe ou arrimo da família.
 
Mas foi, notadamente, a II Guerra Mundial que engendrou uma maior participação e inserção feminina no mercado de trabalho.
 
No entanto, podemos constatar que em ambas conjunturas (I e II Guerra Mundial), a questão do gênero e de seus papéis no mercado de trabalho tornam-se irrelevantes, tendo em vista a necessidade premente de adicionar a mão-de-obra feminina nos setores produtivos em substituição ao homem (combatente na guerra), como também dinamizar a economia. Daí a igualdade entre os sexos mediante a situação vigente e forçosa.
 
“(...) somente em períodos de guerra
a ideologia que diferencia papéis de gênero é
ligeiramente desativada,
e isto em prol de benefícios econômicos das sociedades,
ou seja, passa-se a não se diferenciar
"trabalho de homem x trabalho de mulher"
para se atender a interesses financeiros e de guerra.”  
(Lizandra Souza – Diários de uma Feminista )

 
E foi, sob este contexto histórico (II Guerra Mundial), mais precisamente em 1943, que o cartaz "We can do it" (Nós podemos fazer isso!), de autoria do artista gráfico estadunidense, J. Howard Miller (1918-2004) foi publicado como propaganda da fábrica Westinghouse Electric Corporation, com a intenção de incentivar a participação da mulher no mercado de trabalho em substituição à mão-de-obra masculina, na frente do conflito mundial.
 
 Imagem capturada na Internet
 
O seu principal foco, no entanto, era atingir as mulheres de classes sociais privilegiadas, as chamadas “donas do lar”, uma vez que – como mencionei anteriormente – as de classes menos favorecidas já exerciam trabalhos extra domésticos como renda complementar ou como arrimo de família.
 
Essas mulheres (“classe burguesa”), viviam voltadas para o lar, tanto no que diz respeito aos afazeres domésticos quanto ao controle deste realizado por terceiros (empregados) e, ainda, para ter e cuidar dos filhos, costurar, bordar etc.
 
A mulher, antigamente, não tinha nenhum direito, apenas deveres...
 
Sabe-se que até a década de 60 (Século XX), a maioria das mulheres brasileiras continuava sendo “rainha do lar”, enquanto outras eram obrigadas a largar o seu emprego por imposição do marido. Mas, muita coisa mudou... Maior conscientização, valorização e autonomia...
 
A partir dos anos 80 (Século XX), a imagem do cartaz, em questão, passou a ser veiculada aos movimentos feministas, na intenção de desconstruir ideias machistas e preconceituosas, largamente difundidas e apreendida em nossa sociedade, de que mulher é o “sexo frágil”, assim como de que ela não é capaz de exercer e/ou executar trabalhos tradicionalmente realizados pelos homens.
 
Hoje, a mulher arregaça as mangas, trabalha e estuda, tal como a mensagem da imagem do cartaz induz. Assume funções, até então, só desempenhadas pelos homens e atuam, praticamente, em todas as áreas profissionais.
 
Atualmente, ao assumirem a função de dona-de-casa, estas – na maioria dos casos - optam por vontade própria e não mais por imposição social ou por determinação de seu cônjuge.
 
Mas, ainda há muito conquistar e derrubar, sobretudo, resquícios da herança cultural machista que prega uma condição inferior às mulheres em relação ao homem nos mais diversos aspectos de sua vida e papel na sociedade.
 
A luta continua!